Paraná inverte tendência
e tem saldo positivo no
emprego em agosto

A diferença entre admissões e demissões foi positiva em 533 vagas, invertendo a sequência de seis meses de saldos negativos no Estado. O Brasil fechou o mês com a eliminação de quase 34 mil vagas. Os dados são do Ministério do Trabalho
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23/09/2016 - 18:00
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O Paraná registrou um saldo positivo de emprego em agosto, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta sexta-feira (23) pelo Ministério do Trabalho. A diferença entre admissões e demissões no mês ficou positiva em 533 vagas, invertendo a sequência de seis meses de saldos negativos no Estado.
O resultado de agosto representa também uma melhora em relação ao mesmo período do ano passado, quando as demissões haviam superado as admissões em 8.194 empregos. O desempenho do Paraná contrasta com o do Brasil, que fechou agosto com a eliminação de 33.953 postos de trabalho.
“O resultado de agosto no Estado foi puxado, sobretudo, pelos setores de serviços e comércio, o que indica uma melhora no consumo e uma recuperação da atividade no mercado interno no Paraná”, diz Julio Suzuki Júnior, diretor presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes).
COMÉRCIO E SERVIÇOS - O setor de serviços liderou a geração de vagas no Estado em agosto, com saldo de 1.102 empregos. O comércio ficou em segundo lugar, com 385 novas vagas, seguido pelos serviços de utilidade pública, com 24, e a extrativa mineral, com 20 vagas.
A agropecuária, com o fim do período da safra, foi a que mais eliminou vagas em agosto, com saldo negativo de 588 vagas, seguida pela indústria da transformação, com corte de 229 vagas. O setor de administração pública registrou saldo negativo de 151 vagas e a construção civil, de 30 empregos.
NO ANO - No acumulado do ano, o saldo de emprego ficou negativo em 21.807 vagas, mas a tendência é de melhora nos próximos meses. “Isso deve ocorrer principalmente nas atividades de comércio e serviços, por conta das contratações de fim de ano” diz Suelen Glinski Rodrigues dos Santos, economista do Observatório do Trabalho, da Secretaria da Justiça, Trabalho e Direitos Humanos.
SUBSETORES - Um outro dado que chama atenção, de acordo com a economista, é a melhora na geração de vagas de alguns subsetores da indústria da transformação. Dos 12 segmentos pesquisados, sete tiveram saldos positivos, com destaque para a indústria têxtil, do vestuário e artefatos de tecidos (848) e indústria química, de produtos farmacêuticos, veterinários e perfumaria (606). “Apesar do saldo negativo geral, é da indústria da transformação a atividade que, isoladamente, mais gerou vagas no Estado”, lembra Suelen. A atividade de confecção de peças de vestuário registrou um saldo de 777 empregos em agosto.
GRANDE CURITIBA - As contratações no setor de serviços e comércio ajudaram a recolocar Curitiba como a cidade com a maior geração de empregos no Estado.
Em agosto, a capital registrou um saldo positivo em 927 vagas, seguida por Araucária, com 732 vagas, e Apucarana, com 216. As atividades de recursos humanos e comércio varejista de supermercados puxaram o emprego na capital.
Com a recuperação, a Região Metropolitana de Curitiba somou um saldo de 1.340 novas vagas em agosto. Foi o segundo melhor resultado do País, só perdendo para Recife (3.601 empregos).

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