Ações conjuntas garantem
proteção da pessoa idosa

A secretária estadual da Família e Desenvolvimento Social, Nádia Moura, participou nesta quinta-feira (20) da abertura do Congresso Nacional de Envelhecimento Humano. O evento reúne pesquisadores de diversos estados para debater políticas públicas e valorização da pessoa idosa.
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22/11/2018 - 16:30
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A secretária estadual da Família e Desenvolvimento Social, Nádia Moura, reforçou nesta quinta-feira (22) que são necessárias ações conjuntas para garantir o envelhecimento saudável e a proteção da população idosa. Ela participou da abertura da 2ª edição do Congresso Nacional de Envelhecimento Humano, que acontece até sábado (24) em Curitiba.

“Hoje, por exemplo, o Paraná é o Estado com o maior número de conselhos municipais, proporcionalmente ao número de municípios. São eles que fazem um trabalho importantíssimo para que a política da pessoa idosa seja fortalecida em nível local”, destaca a secretária.

De acordo com Nádia, valorizar a pessoa idosa, atuar no enfrentamento da violência e buscar estratégias que garantam o envelhecimento ativo e saudável são estratégias constantes do Governo do Paraná. No Estado, a política da pessoa idosa é coordenada pela Secretaria da Família.

O encontro tem a participação de professores, pesquisadores e gestores de diversos estados que debatem sobre o envelhecimento humano no país. A proposta é valorizar os modelos de promoção de saúde e de prevenção de doenças para essa faixa etária.

NA PRÁTICA – Entre as ações voltadas a esta população, a secretária destaca o Plano Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa, lançado em 2014, que direciona as políticas de valorização desse público, conforme prevê o Estatuto do Idoso.

Ela também menciona a premiação Selo Sesi ODS, recebida pela Secretaria Família no final de outubro, por conta do lançamento da cartilha “Conhecendo os Direitos da Pessoa Idosa”. A iniciativa reconhece ações que foram desenvolvidas conforme os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2015.

Segundo Nádia, estas ações são deliberadas pelo Conselho Estadual dos Direitos do Idoso e executadas com recursos captados por meio do Fundo Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa, composto por recursos de doações dirigidas do imposto de renda de pessoas físicas e jurídicas, e também das destinações do Tesouro do Estado.

“Com isso, temos conseguido avançar com a política da Pessoa Idosa no Paraná, inclusive realizando quase 90% das deliberações das seis conferências estaduais realizadas aqui”, afirmou a secretária

SAÚDE INTEGRAL - A representante da Secretaria de Estado da Saúde, Adriane Miró, salienta que é necessária uma abordagem mais específica às características da população idosa, com enfoque na valorização humana desse público.

“É o que estamos fazendo com a implantação da Rede de Atenção Integral à Saúde do Idoso (Raise), por meio de uma abordagem centrada na pessoa e que respeita as particularidades, como a questão da fragilidade”, ressalta.

Lançada em 2017, a rede tem o objetivo de organizar e preparar o sistema de saúde estadual para o atendimento qualificado da população idosa, que exige cuidados diferenciados. Para isso, são feitas capacitações contínuas com os profissionais para que eles consigam identificar as diferentes situações de violência.

ENVELHECIMENTO – Segundo o organizador do evento, Manoel Freire, professor e coordenador da Universidade Aberta à Maturidade, na Paraíba, a proposta do congresso é dialogar com as diferentes políticas. “Muitos idosos não conhecem seus direitos. Quando falamos sobre isso, eles começam a cobrar para que tenham esses direitos na prática”, salienta.

EXPERIÊNCIA – A falta de maturidade para entender o processo de envelhecimento, na opinião de Eusébio Pereira dos Santos, de 61 anos, é um dos principais fatores para que os direitos não sejam cumpridos. Ele, que trabalha com ações para o público idoso em Jundiaí (SP), explica que é necessária uma mudança cultural.

“O país tem um olhar voltado para o novo, mas não pode ignorar o envelhecimento que vem aí. Embora eu nunca tenha sofrido preconceito, sei que ele existe. Tem muitas pessoas, principalmente o idoso sem autonomia, que sofre violência e isso precisa mudar”, afirma.

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