Uso de teleconsultoria
facilita diagnósticos da
rede pública de saúde

O programa Telessaúde fortalece a atenção básica, organiza o sistema de saúde e promove condições de trabalho para profissionais em municípios do Interior
Publicação
28/12/2015 - 10:00
Editoria

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303 municípios do Paraná já contam com o serviço do Telessaúde, uma ferramenta de apoio diagnóstico ou segunda opinião feita em parceria com a Universidade Federal do Paraná. O programa, em consonância com o Telessaúde Brasil Redes do Ministério da Saúde, utiliza tecnologias da informação e comunicação para apoiar atividades à distância como planejamento, monitoramento e avaliação nas unidades de atenção primária à saúde, sob a responsabilidade dos municípios.
“Com o Telessaúde, a tendência é reduzir o encaminhamento de pacientes para consultas especializadas, pois através da consultoria das universidades os profissionais das unidades básicas podem ter o diagnóstico com mais segurança para conduzir o tratamento”, explica o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto.
O programa Telessaúde fortalece a atenção básica, organiza o sistema de saúde e promove condições de trabalho para profissionais em municípios do Interior. A rede conta com profissionais de áreas como cardiologia, neurologia, endocrinologia, urologia, genética e odontologia para atender aos 593 pontos espalhados pelo Estado.
A central de atendimento do Paraná, que funciona no Hospital de Clínicas, em Curitiba, atualmente possui nove funcionários que realizam mais de 1200 atendimentos mensais. A maior parte desses atendimentos são laudos de eletrocardiogramas, com uma média de 600 por mês.
Evanilda Rizzo é enfermeira em uma Unidade de Saúde no município de São João, localizado no sudoeste do Estado. Nos últimos três meses, ela já recorreu ao Telessaúde 259 vezes, é a campeã em número de contatos.
“Confirmo todos os laudos de eletrocardiograma pelo Telessaúde e o atendimento deles é sempre ágil. Na maioria das vezes, em 24 horas já tenho a resposta que preciso. Isso também agiliza o tempo de retorno dos resultados para o paciente”, conta a enfermeira.
SERVIÇOS – A Secretaria da Saúde repassou computadores, impressoras, câmeras fotográficas e webcams, permitindo que os profissionais de unidades de saúde nos municípios tirem dúvidas e discutam casos clínicos com os especialistas.
O Telessaúde oferece aos profissionais das Redes de Atenção à Saúde no SUS, os serviços de Teleconsultoria, Telediagnóstico, Tele-educação e Segunda Opinião Formativa.
A Teleconsultoria serve para esclarecer dúvidas sobre procedimentos clínicos e questões relativas ao processo de trabalho. O Telediagnóstico dá apoio por meio de videoconferências ou mensagens offline para a confirmação de diagnósticos. O retorno é dado em um prazo máximo de 72 horas.
“Certa vez tive dúvidas quanto aos procedimentos que deveria realizar em uma pessoa que chegou à Unidade com queimaduras causadas por óleo quente. Confirmei todo o processo com o Telessaúde e isso me deu mais segurança na hora de realizar meu trabalho”, relembra Evanilda.
Mesmo à distância, é possível realizar conferências, aulas e cursos utilizando as tecnologias do Tele-educação. A Segunda Opinião Formativa é uma resposta construída com base em revisões bibliográficas e evidências científicas, sempre seguindo as diretrizes do SUS.
ECONOMIA – A maioria dos estudos realizados sobre os custos das ações de Telessaúde tem demonstrado economia de recursos com a implantação destes serviços, seja pela redução de custos com pessoal, com transporte dos pacientes, redução de dias de trabalho perdido, menor demora diagnóstica ou a conjunção destes fatores.
“Queremos oferecer um atendimento de qualidade cada vez mais próximo de onde o cidadão mora. Com o Telessaúde poderemos reduzir o número de deslocamentos desnecessários e melhorar as condições de atendimento nas unidades básicas”, ressaltou o secretário da Saúde.
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