A Secretaria de Estado da Justiça, Trabalho e Direitos Humanos promoveu nesta terça-feira (7), em Maringá, o 5º Seminário Regional sobre Abordagem e Enfrentamento ao Racismo Institucional. Durante o dia, especialistas debateram sobre o combate de atos de racismo nas instituições públicas e privadas.
O seminário é voltado a profissionais que integram o sistema de Justiça e debateram a desigualdade racial no país, a seletividade penal a criminalizar majoritariamente negros e negros pobres, e também sobre o racismo institucional praticado pelo próprio Estado.
Para a diretora do Departamento de Direitos Humanos e Cidadania (Dedihc), Regina Bley, o evento teve um ótimo embasamento. “Hoje vemos que o racismo é identificado como ato de discriminação racial principalmente no âmbito das instituições”, disse. “Com este seminário conseguimos chegar no ponto principal do tema. Pensamos e acordamos estratégias de criação de novas políticas públicas para que futuramente possam ser elaboradas no objetivo de combater este crime no estado”, acrescentou.
Segundo ela, o racismo hoje não é considerado um crime velado, ele é completamente manifestado por meio das práticas que ocorrem no dia a dia. “Hoje, como exemplo, uma política pública que é trabalhada mundialmente são as cotas raciais, que já asseguram parte dos direitos dessa população, combatendo assim este ato”, enfatizou Bley.
Participaram da abertura do evento o vice-prefeito de Maringá, Edson Scabora; representante da Procuradoria-Geral de Justiça do Ministério Público do Paraná, Maurício Kalache; representando a Sesp, o delegado de Polícia, André Luis de Oliveira Vilela; a chefe do Escritório Regional da Seds, Elizabeth Akemi Ueta Nishimori; a psicóloga da 15ª Regional de Saúde de Maringá, Camila Esteves; responsável pela Coordenação das Relações Étnico-Raciais do Núcleo Regional de Educação de Maringá, Sueli Aparecida Ibanes, Presidente do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial de Maringá, Rosiany Maria da Silva.