Secretaria da Saúde
do Paraná confirma
caso de microcefalia

Confirmação de microcefalia no Paraná causada por infecção congênita por zika vírus reforça alertas da Secretaria estadual da Saúde sobre os cuidados com o mosquito transmissor
Publicação
09/11/2016 - 17:00
Editoria

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A Secretaria estadual da Saúde confirmou nesta quarta-feira (9) o primeiro caso de microcefalia causada por infecção congênita por zika vírus no Paraná, registrado no município de Cascavel, na região oeste. A confirmação reforça o alerta para o controle da infestação do Aedes aegypti, mosquito que, além do zika vírus, transmite também a dengue, chikungunya, febre amarela e outras doenças.
“Desde que foi confirmada no país a correlação entre a infecção congênita por zika e a ocorrência de microcefalia em recém-natos, as equipes de vigilância vêm acompanhando gestantes com sintomas da doença no Paraná”, disse o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto. Segundo ele, foi esse monitoramento que pôde identificar o caso de Cascavel e que deu condições para a secretaria pudesse apoiar a família no acompanhamento e do desenvolvimento da criança.
O secretário destaca que há um ano foi formado na Secretaria da Saúde o Grupo Técnico para analisar a ocorrência de microcefalia no Estado. Esses profissionais avaliam casos suspeitos de microcefalia e outras mal formações congênitas notificados.
Foram investigadas as causas de microcefalia e outras alterações graves em 49 bebês do Paraná desde novembro de 2015. Nessa situação, somente o caso de Cascavel foi confirmada a microcefalia por Zika vírus. Existem ainda quatro casos em investigação.
Outro monitoramento feito pelo grupo avaliou 331 mulheres que tiveram suspeita de infecção por zika durante a gravidez e apenas 39 foram confirmados. Desse total, 34 crianças já nasceram sem apresentar microcefalia. Duas gestantes tiveram abortos espontâneos provocados pela infecção aguda por Zika, registrados em Londrina e Irati.
CASO – O bebê nasceu em agosto deste ano com 32 semanas de gestação. Durante a gravidez, o obstetra identificou retardo no crescimento fetal através de ultrassom realizado entre o 6º e 7º mês de gravidez, quando passou a fazer exames semanais para confirmar o quadro.
“A mãe havia tratado uma alergia na pele, sem suspeitar que poderia ser sintoma de Zika, o que passou a ser considerado quando foi verificado que o desenvolvimento do feto estava aquém do esperado”, relata a pediatra e infectologista do grupo técnico da secretaria, Marion Burger.
Marion afirma que as equipes da 10ª Regional de Saúde e do município de Cascavel estão acompanhando o desenvolvimento do bebê em conjunto com a pediatra da criança.
“O tratamento para essa criança é baseado fundamentalmente na estimulação precoce, tanto motora quanto visual e auditiva. Ainda não é possível dimensionar quais serão as sequelas, o que demanda um acompanhamento clínico e a realização de novos exames complementares no decorrer dos próximos meses”, diz a pediatra.

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