Richa recebe cientistas do teste
simultâneo da dengue, zika e chikungunya

Irina Riediger, Alix Mazzetto, Mayra Presibella Giacomini e Maria do Carmo Debur Rossa são do Lacen - PR e trouxeram ao Paraná a tecnologia pioneira que amplia em 20 vezes a capacidade de diagnosticar as doenças
Publicação
17/02/2016 - 18:40
Editoria

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O governador Beto Richa recebeu e homenageou nesta quarta-feira (17), no Palácio Iguaçu, as cientistas do Laboratório Central do Estado (Lacen-PR), Irina Riediger, Alix Mazzetto, Mayra Presibella Giacomini e Maria do Carmo Debur Rossa, que desenvolveram tecnologia para aplicar o teste Multiplex para diagnóstico simultâneo da dengue, zika vírus e febre chikungunya. O uso do Teste para Diagnóstico Molecular de Arboviroses Metodologia Multiplex permitiu ao Governo do Estado ampliar em 20 vezes a capacidade de realizar exames para diagnosticar estas doenças.
As farmacêuticas são especialistas e PHDs na área de arbovirologia molecular (estudo de doenças virais transmitidas por mosquitos). O teste é utilizado pela Secretaria de Estado da Saúde desde o dia 2 de fevereiro e amplia a capacidade de análise do Lacen de 60 para 1.400 exames semanais. Até agora, cerca de 1.500 exames já foram feitos pelo laboratório.
“Faço questão de homenagear o corpo técnico do Laboratório Central do Estado pelo desenvolvimento de um diagnóstico simultâneo das três doenças. A metodologia representa um pioneirismo em um momento crucial que o Brasil atravessa em termos de saúde pública com o crescimento dos casos das doenças”, afirmou Richa. “O Paraná dá um grande exemplo ao Brasil de preparo, qualificação e dedicação, superando inclusive muitos laboratórios e centros de pesquisas importantes do País”, ressaltou o governador.
Irina Riediger estudou a metodologia Multiplex no Centers for Disease Control and Prevention (CDC), em Atlanta, nos Estados Unidos, e se baseou neste protocolo para aplicar no diagnóstico simultâneo das doenças transmitidas pelo Aedes. “O mais importante que o reconhecimento é o trabalho feito em prol da sociedade”, afirmou Irina, na reunião com o governador.
“O servidor público é um profissional que trabalha para atender à população. E eu tenho isso como uma meta profissional: meu trabalho é feito para e pelo paciente”, afirmou. “Meu objetivo é poder usar meu conhecimento e os recursos que o Estado me oferece da melhor maneira possível, trazendo o melhor aparato laboratorial à população.”
O secretário de Estado da Saúde, Michele Caputo Neto, destacou que o Lacen-PR está à disposição de pesquisadores de todo o Brasil que pretendam estudar a metodologia. “Além do pioneirismo, o teste é um importante aliado no enfrentamento que o Paraná e todo o País fazem contra Aedes e as doenças transmitidas pelo mosquito. Com ele, o Estado aumentou a capacidade de confirmar os casos de doença. A metodologia também nos permite orientar os bloqueios e as ações das equipes médicas que fazem assistência ao tratamento”, explicou Caputo.
INVESTIMENTOS IMPORTANTES - O governador destacou que o desenvolvimento da metodologia pela equipe do Lacen-PR foi possível devido ao investimento contínuo do Governo do Paraná em tecnologia e na ampliação do parque tecnológico do Laboratório. O Lacen recebeu mais de R$ 1 milhão em investimentos. Para a nova pesquisa, foram aplicados cerca de R$ 500 mil em aquisição de equipamentos de pipetagem, extração e amplificação, que permitiram o desenvolvimento do Teste Multiplex.
Para a diretora do Lacen-PR, Célia Fagundes da Cruz, estes investimentos foram cruciais para que a pesquisa fosse concluída. “Nosso Estado vem investindo em equipamentos que possibilitaram o desenvolvimento desta tecnologia de forma mais rápida. Para que a metodologia seja replicada em outros lugares, além da capacitação, é também necessário que os demais estados invistam em equipamentos”, disse ela.
COMO FUNCIONA – O novo teste pesquisa simultaneamente o material genético dos vírus dengue, chikungunya e zika em amostras de soro de pacientes que tenham até cinco dias de sintomas, o chamado período de viremia. A metodologia se baseia no protocolo desenvolvido e validado pelo CDC de Atlanta e é recomendada pela Organização Mundial da Saúde. O desenvolvimento do teste se iniciou em julho do ano passado.
Anteriormente, as análises se baseavam na pesquisa direta do vírus, sendo necessário cultivá-los no laboratório para permitir sua identificação, o que levava até 40 dias. Além da agilidade no diagnóstico e a ampliação no número de pacientes atendidos, o teste também reduz em dois terços os custos da análise. Além disso, de acordo com o secretário da Saúde, os testes eram enviados à Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, para serem concluídos, o que também atrasava o diagnóstico.
A pesquisadora Irina Riediger explicou que a oferta de um número maior de testes impacta, também, nas medidas de combate ao mosquito Aedes aegypti. “Para o paciente, saber o sorotipo de dengue que ele carrega não faz diferença no tratamento, mas isso é muito importante para as medidas ambientais que podem ser tomadas para conter novas epidemias”, disse Irina.
PRESENÇAS – O diretor-geral da Secretaria da Saúde, Sezifredo Paz; a superintendente de Vigilância em Saúde, Cleide de Oliveira; e o presidente do Conselho Regional de Farmácia do Paraná, Arnaldo Zubioli, também acompanharam a homenagem.
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