Richa inaugura ponte sobre Rio das Cinzas,
entre Bandeirantes e Itambaracá

O Governo do Paraná destinou cerca de R$ 16 milhões para a obra. A ponte anterior ruiu em janeiro de 2016, após fortes chuvas
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26/05/2017 - 17:50

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O governador Beto Richa inaugurou nesta sexta-feira (26) a nova ponte sobre o Rio das Cinzas, na PR-436, que faz a ligação entre as cidades de Bandeirantes e Itambaracá, no Norte do Estado. A estrutura substitui uma antiga, que foi levada pelas fortes chuvas do início de 2016.
“Já tivemos duas pontes aqui que ruíram em momento de fortes chuvas e de inundação. Esta nova foi projetada justamente para suportar momentos mais críticos de inundações e fortes correntezas. Trazemos aqui mais segurança à população a custos mais baixos”, afirmou Richa. “Esta ponte vem para aliviar o transtorno da população que estava fazendo a travessia do rio com balsas. Nos mobilizamos para resolver a situação rapidamente e aliviar a vida muitas pessoas que se utilizam dessa passagem”, completou.
O Governo do Paraná destinou cerca de R$ 16 milhões para a construção da ponte. No entanto, estão sendo feitas medições finais e a obra deve custar menos aos cofres públicos. “Ainda não temos o valor final, mas o custo deve girar em torno de R$ 13 milhões”, afirmou o secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho.
FACILIDADES - A ponte beneficia diretamente mais de 40 mil moradores das duas cidades, além dos outros municípios da região. Diariamente, costumavam passar pela rodovia 1.300 veículos. A nova estrutura foi planejada para eliminar as possibilidades das cheias do Rio das Cinzas de invadir a rodovia.
“O Estado tem tido o cuidado de fazer obras com um bom planejamento. Se já sabemos que o regime de chuvas mudou, construímos uma ponte dentro desse novo regime Ela foi feita em uma altura que permite que ela dure algumas décadas”, explicou Richa Filho.
Para o prefeito de Bandeirantes, Lino Martins, a obra representa o cuidado do Governo do Estado com a qualidade de vida dos moradores da região. “A população estava fazendo a travessia com balsas ou por um desvio, em Andirá, com 80 quilômetros de distância, entre ida e volta. Então era muito sofrimento e muito gasto”, disse.
O prefeito de Itambaracá, Carlos César de Carvalho, destacou a rapidez na realização da obra. “Esta obra foi feita em tempo recorde: um ano e quatro meses. E ela representa a integração entre os municípios da região”, afirmou.
ESTRUTURA - A ponte tem cinco metros de altura, 210 metros de extensão e 12 metros de largura. Há duas faixas de circulação e acostamento nos dois sentidos. Ao todo há 80 estacas, com 15 metros de profundidade, e dez pilares no rio. Na obra inteira foram usadas aproximadamente 377 toneladas de ferro e aço, e 2.170 metros cúbicos de concreto.
A ponte anterior, que caiu em 2 de janeiro de 2016, era quase quatro metros mais baixa e sempre submergia com as chuvas fortes e cheias do rio. Antes disso outra ponte, construída em 1999, caiu em meados do ano 2000.
PRESENÇAS – Participaram da solenidade o diretor-geral do DER-PR, Nelson Leal Junior; o presidente da Sanepar, Mounir Chaowiche; o chefe da Casa Militar, coronel Adilson Castilho Casitas; o prefeito de Cornélio Procópio e presidente da Associação dos Municípios do Norte Pioneiro (Amunopi), Amin Hanouche, e prefeitos da região, os deputados federais Alex Canziani e Nelson Padovani; os deputados estaduais Luiz Cláudio Romanelli, Pedro Lupion, Tiago Amaral e Evandro Junior.
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Moradores afirmam que reconstrução facilita a vida
A reconstrução da ponte que liga Bandeirantes a Itambaracá vai facilitar o deslocamento dos moradores dos dois municípios. Desde janeiro de 2016, quando a antiga ponte cedeu, eles precisavam utilizar uma balsa ou desviar por Andirá, andando mais de 30 quilômetros a mais.
O caminhoneiro Gérson Coutinho mora em Bandeirantes e comemora a construção. “Amanhã eu viajo para Goiânia e já vou desviar mais ou menos uns vinte quilômetros, sem trânsito, posso até sair mais tarde”, disse. “Foi uma construção rápida que vai ajudar muito toda a população de Bandeirantes”, afirmou.
A agricultora Isabel Aparecida de Biagi, moradora de Itambaracá, estava viajando quando a ponte caiu e precisou ficar uma semana na casa de parentes em Bandeirantes porque não conseguiu voltar para casa.
“Este ano foi muito difícil para todos, principalmente para quem precisava trabalhar e tinha que dar a volta por Andirá. Agora temos uma ponte de primeiro mundo que vai facilitar para todo mundo”, disse.
Ficar sem o acesso ao município vizinho trouxe muitas dificuldades para os moradores de Bandeirantes, contou o mecânico José Carlos Azeredo. “Foi um sofrimento para todos que tinham que trafegar entre Itambaracá e Bandeirantes. A obra ficou excelente, muito melhor que a outra ponte”, destacou.

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