Richa garante investimentos para defesa da sanidade animal no Paraná

Uma das medidas do governo é a criação da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná
Publicação
16/06/2011 - 15:56
Editoria

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O governador Beto Richa garantiu nesta quinta-feira (16), em reunião com representantes da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) e da Secretaria da Agricultura e Abastecimento (Seab), que o Paraná voltará a ser reconhecido internacionalmente como área livre da aftosa sem vacinação e, com isso, possa ampliar as condições de grande exportador do setor agropecuário.
Richa recebeu da Faep um estudo sobre estratégias para garantia da sanidade animal no Paraná, de forma a assegurar que o Estado alcance, até 2014, a posição de área livre da febre aftosa sem vacinação. Por causa da falta de reconhecimento internacional, nos últimos quatro anos o setor agropecuário paranaense acumula os prejuízos que chegam a R$ 4 bilhões, principalmente em razão da queda das exportações.
Para auxiliar a recuperação do setor, Richa reforçou a importância da criação da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná, cujo projeto de lei será encaminhado pelo governo para a Assembleia Legislativa nas próximas semanas. “Há um esforço conjunto do governo com o setor privado para reposicionar o Paraná comercialmente na cadeia produtiva mundial como exportador de carne e proporcionar condições para a erradicação da febre aftosa”, disse Richa.
De acordo com o secretário da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, a Agência de Defesa Agropecuária envolverá órgãos do governo, produtores rurais e entidades ligadas ao setor agropecuário e contribuirá para o aumento de competitividade nas exportações de carnes, desenvolvimento de tecnologia nos setores de produção pecuária e industrial e aumento de empregos e renda.
“Desde 2005, a economia do Paraná perdeu em arrecadação e com a depreciação do valor da carne no mercado mundial. Temos que unir esforços para que isso não aconteça novamente e acabe tirando o Estado do mercado, como aconteceu recentemente, quando a Rússia suspendeu parcialmente a compra de carne suína e bovina do Brasil”, afirmou o presidente da Faep, Ágide Meneguette.
O estudo apresentado pela Faep foi realizado em parceria com a Universidade de Brasília (UNB). O documento sugere iniciativas para reforçar o sistema de defesa agropecuária, envolvendo os governos federal e estadual, prefeituras, institutos de pesquisa públicos e privados e produtores. Além disso, detalha os prejuízos ocorridos nos últimos anos.
Os números foram agrupados por área: produção de leite (R$ 258 mil); custo operacional de saneamento (R$ 650 mil); indenizações (R$ 6 milhões); perdas no valor bruto de produção nas cadeias produtivas de bovinos e suínos (R$ 900 milhões); perdas no Produto Interno Bruto (R$ 1,3 bilhão) e perdas com exportações de 2006 a 2010 (R$ 1,8 bilhões).

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