Profissionais de saúde
do Paraná passam por
capacitação sobre sífilis

O evento aborda o perfil epidemiológico e o manejo, discute de casos clínicos, notificação e estratégias, entre outros temas
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18/04/2017 - 17:40
Editoria

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A Secretaria estadual da Saúde oferece nesta terça e quarta-feira (18 e 19) oficinas sobre sífilis para profissionais de saúde em quatro regiões do Paraná - Curitiba, Londrina, Maringá e Pato Branco. O objetivo é formar multiplicadores para a prevenção, controle e redução da doença no Estado.
“Os números de sífilis estão cada vez mais altos e isso justifica a necessidade de abordar o tema frequentemente e de atualizar os conhecimentos. Nossos médicos precisam estar prontos para fazer o diagnóstico e tratar a sífilis. Os enfermeiros devem estar aptos a acompanhar e orientar esses pacientes”, diz a chefe do Centro estadual de Epidemiologia, Júlia Cordellini.
A programação deve reunir mais de 250 participantes, entre médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem estaduais e municipais de vigilância em saúde e atenção primária. “O curso dá base para esses profissionais proporcionarem orientação, atualização e conhecimentos indispensáveis para lidar com a sífilis”, explica a enfermeira da Divisão de DST/Aids, Mara Franzoloza.
DOENÇA – A sífilis é uma doença infecciosa dividida em três tipos: adquirida (transmissão sexual), congênita (passa da mãe para o bebê) e em gestantes. Mara explica que a sífilis costuma ser assintomática e, por isso, é importante que as pessoas procurem as unidades de saúde e façam os testes rápidos gratuitamente para verificar a possibilidade de infecção.
No Paraná, em 2016, foram registrados em torno de 4 mil novos casos de sífilis adquirida, 649 casos congênitos e 1.680 casos em mulheres grávidas. “Desde o ano passado, o Paraná foi pioneiro nessas capacitações. Nossa expectativa é fazer com que esses conhecimentos tornem nossos indicadores de sífilis cada vez menores. Queremos diminuir esses números nas três classificações da doença”, completa Júlia.
A capacitação vai abordar o perfil epidemiológico, o manejo, discussão de casos clínicos, notificação e estratégias, entre outros. “São assuntos que dizem respeito aos setores de Vigilância e também à Atenção Primária em Saúde. O trabalho integrado é essencial para reduzir cada vez mais os casos de sífilis no Estado”, destaca a coordenadora da Rede Mãe Paranaense, Débora Bilovus.

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