Policiais civis prenderam integrantes de uma quadrilha especializada em fraudar empréstimos consignados de aposentados e fecharam lojas da VC Consultoria em três Estados. O prejuízo está estimado, preliminarmente, em R$ 10 milhões. O dono da empresa, Neviton Pretti Caetano, 59 anos, foi detido em Camboriú, Santa Catarina.
A Operação Consignado foi realizada nesta quarta-feira (11) pelo Núcleo de Repressão aos Crimes Econômicos – Nurce e pela Delegacia de Crimes Contra a Economia e Proteção ao Consumidor – Delcon, com apoio do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) e da Divisão Policial do Interior (DPMI), com as subdivisões policiais das cidades onde foram fechados os estabelecimentos.
Foram cumpridos 41 mandados de prisão e de busca e apreensão, expedidos pelo juiz Pedro Luis Sanson Corat, da Vara de Inquéritos Policiais de Curitiba. Participaram a Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de Curitiba e Promotoria de Inquéritos Policiais.
No início do ano, o Ministério Público do Paraná, via Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de Curitiba, instaurou Inquérito Civil (n.º 202-4/2010) para apurar denúncias de práticas comerciais abusivas envolvendo empréstimos consignados em folha de pagamento de aposentados e pensionistas.
Dentre as providências inicialmente tomadas, requisitou-se a instauração de inquérito policial junto à Delegacia de Crimes contra a Economia Popular e Defesa do Consumidor, tendo em vista a suspeita de prática dos crimes de estelionato, propaganda enganosa e coação na contratação de empréstimos não solicitados por aposentados, pensionistas e idosos. As investigações evoluíram, culminando com a ação na terça-feira.
“Foi um grande trabalho do Nurce e da Delcon, feito de forma profissional e com inteligência, o que mostra como a Polícia Civil está atuando em todas as frentes e que os nossos núcleos especiais estão prontos para atuar contra qualquer crime. Nossas ações vão desde o combate a traficantes e ladrões de carro até empresários que tentam lesar a população”, afirma o delegado-geral Marcus Vinicius Michelotto.
Segundo o promotor Ciro Expedito Scheraiber, do Centro de Apoio Operacional da Defesa do Consumidor, o Ministério Público irá procurar o banco BMG, de Minas Gerais, principal parceiro da VC Consultorira, para verificar de que forma a instituição financeira pretende recompor o patrimônio dos lesados. “O banco é responsável solidário e nossa intenção é que as pessoas sejam ressarcidas, já que foram ludibriadas”.
GOLPE – Investigações realizadas pela Polícia Civil apuraram que o golpe funcionava da seguinte maneira: quando um interessando ligava para a VC Consultoria para fazer um empréstimo, o atendente fazia o “cadastro”, que, na verdade, tratava-se da efetiva proposta.
A aprovação do “cadastro” gerava a liberação do dinheiro para a VC Consultoria, que se apropriava dos valores, descontando a parcela diretamente do beneficio do segurado sem que a vítima soubesse.
Quando o segurado percebia a fraude e tentava cancelar o “contrato”, a empresa criava dificuldades para realizar a devolução dos valores. Com isso, Neviton ficava com a comissão do empréstimo.
Outro crime consistia na efetivação de empréstimos com margem complementar, também sem o conhecimento da vítima. Nesta modalidade, quando o segurado solicitava um empréstimo, a liberação era aprovada de acordo com uma margem.
Ocorre que, quando o salário mínimo é reajustado, surge nova margem para empréstimo. Então a VC Consultoria usava vias de contratos em branco, já assinadas pela vítima na contratação do primeiro empréstimo, e realizava novo empréstimo, apropriando-se dos valores.
No caso do beneficio de um salário mínimo, a margem complementar é pequena, de forma que o novo empréstimo (fraudulento) geralmente não é percebido pelas vítimas, pois gera parcela mensal de aproximadamente R$ 9,00. Com isso, além de receber o valor da comissão, Neviton se apropriava indevidamente dos valores dos empréstimos.
FILIAIS – A empresa VC Consultoria possuía diversas filiais espalhadas pelo Estado do Paraná e em outros Estados, sendo que no Paraná foram fechadas 13 empresas sendo cinco na Capital e oito no interior: Maringá, Cascavel, Londrina, Francisco Beltrão, Telêmaco Borba, Foz do Iguaçu, Ponta Grossa e Paranaguá.
Além do Paraná, a empresa possuía lojas em Santa Catarina (Joinville, Balneário Camboriú e São José) e no Rio de Janeiro (capital), todas fechadas pela polícia.
Juntamente com Neviton Pretti Caetano, foram presos, como suspeitos de participar do esquema, Shirlei dos Santos Ramos, 36 anos, esposa de Neviton, Letícia Justiniano dos Santos, 23, a “laranja” da quadrilha, Neide Fernandes, 43, a gerente e “braço direito” de Neviton, Arnaldo Weber Junior, 42, o “Juca”, motorista de Neviton, e Alexandre Rafael Nascimento Santana, 27, gerente da empresa.
Segundo o delegado do Nurce, Itiro Hashitani, Neviton Pretti Caetano já havia sido condenado a oito anos de prisão pelo mesmo crime. “Ele mantinha uma organização criminosa que lesava especialmente aposentados e pensionistas e foi condenado anteriormente por esse crime. Não está preso devido a um recurso judicial e, por isso, usou Letícia como ‘laranja’ responsável pela empresa”, explica.
Foram apreendidos sete veículos, sendo quatro Mercedes-Benz, dois Cherokee e um Toyota Hilux e um Jeep Wrangler, sendo todos novos e de luxo que Neviton gostava de ostentar. O resultado da operação foi o cumprimento de 27 mandados de busca e apreensão, seis mandados de prisão cumpridos, e apreensão de sete veículos.
PRESOS:
Neviton Pretti Caetano, 59 anos. (Bal. Camboriu)
Shirlei dos Santos Ramos, 36 anos. (Bal. Camboriu)
Arnaldo Weber Junior, vulgo JUCA, 42 anos. (Bal. Camboriu)
Letícia Justimiano dos Santos, 23 anos. (São José dos Pinhais).
Alexandre Rafael Nascimento Santana, 27 anos (São José dos Pinhais).
Neide Fernandes, 43 anos. (Curitiba)
Busca e apreensão na Sede da VC em São José dos Pinhais e no condomínio Vovô Caetano:
Jeep Cherokee de cor preta, ano 2011, placas AIW-1888;
Toyota Hilux de cor prata, ano 2010, placas ASM-8158;
R$3.000,00 reais em dinheiro;
05 notebook´s;
Diversos CPU´s
Um revolver calibre 38, 4 polegadas, marca Taurus;
Diversos aparelhos celulares;
Mais de 10 mil termos de adesão junto ao INSS, para descontos nos benefícios previdenciários, em branco, apenas com assinatura do titular do financiamento, escondidos no interior de um sobrado desocupado no condomínio Vovô Caetano.
Busca e apreensão nas Lojas da VC em Curitiba
02 Lojas Galeria Ritz;
01 Loja André de Barros;
01 Loja no Shopping Metropolitan;
01 Loja no Boqueirão;
Foram apreendidos diversos documentos e CPU´s, além da lacração das lojas por determinação do Juiz da Vara de Inquéritos Policiais
Busca e apreensão na Sede da VC em Balneário Camboriu, Joinville, São José e em 03 apartamentos:
Mercedes E350, de cor preta;
Mercedes E320, de cor prata;
Mercedes ML320 de cor prata;
Mercedes C200 CGI de cor preta;
Jeep Cherokee de cor prata;
Foram apreendidos diversos documentos e CPU´s, além de notebooks
A Operação Consignado foi realizada nesta quarta-feira (11) pelo Núcleo de Repressão aos Crimes Econômicos – Nurce e pela Delegacia de Crimes Contra a Economia e Proteção ao Consumidor – Delcon, com apoio do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) e da Divisão Policial do Interior (DPMI), com as subdivisões policiais das cidades onde foram fechados os estabelecimentos.
Foram cumpridos 41 mandados de prisão e de busca e apreensão, expedidos pelo juiz Pedro Luis Sanson Corat, da Vara de Inquéritos Policiais de Curitiba. Participaram a Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de Curitiba e Promotoria de Inquéritos Policiais.
No início do ano, o Ministério Público do Paraná, via Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de Curitiba, instaurou Inquérito Civil (n.º 202-4/2010) para apurar denúncias de práticas comerciais abusivas envolvendo empréstimos consignados em folha de pagamento de aposentados e pensionistas.
Dentre as providências inicialmente tomadas, requisitou-se a instauração de inquérito policial junto à Delegacia de Crimes contra a Economia Popular e Defesa do Consumidor, tendo em vista a suspeita de prática dos crimes de estelionato, propaganda enganosa e coação na contratação de empréstimos não solicitados por aposentados, pensionistas e idosos. As investigações evoluíram, culminando com a ação na terça-feira.
“Foi um grande trabalho do Nurce e da Delcon, feito de forma profissional e com inteligência, o que mostra como a Polícia Civil está atuando em todas as frentes e que os nossos núcleos especiais estão prontos para atuar contra qualquer crime. Nossas ações vão desde o combate a traficantes e ladrões de carro até empresários que tentam lesar a população”, afirma o delegado-geral Marcus Vinicius Michelotto.
Segundo o promotor Ciro Expedito Scheraiber, do Centro de Apoio Operacional da Defesa do Consumidor, o Ministério Público irá procurar o banco BMG, de Minas Gerais, principal parceiro da VC Consultorira, para verificar de que forma a instituição financeira pretende recompor o patrimônio dos lesados. “O banco é responsável solidário e nossa intenção é que as pessoas sejam ressarcidas, já que foram ludibriadas”.
GOLPE – Investigações realizadas pela Polícia Civil apuraram que o golpe funcionava da seguinte maneira: quando um interessando ligava para a VC Consultoria para fazer um empréstimo, o atendente fazia o “cadastro”, que, na verdade, tratava-se da efetiva proposta.
A aprovação do “cadastro” gerava a liberação do dinheiro para a VC Consultoria, que se apropriava dos valores, descontando a parcela diretamente do beneficio do segurado sem que a vítima soubesse.
Quando o segurado percebia a fraude e tentava cancelar o “contrato”, a empresa criava dificuldades para realizar a devolução dos valores. Com isso, Neviton ficava com a comissão do empréstimo.
Outro crime consistia na efetivação de empréstimos com margem complementar, também sem o conhecimento da vítima. Nesta modalidade, quando o segurado solicitava um empréstimo, a liberação era aprovada de acordo com uma margem.
Ocorre que, quando o salário mínimo é reajustado, surge nova margem para empréstimo. Então a VC Consultoria usava vias de contratos em branco, já assinadas pela vítima na contratação do primeiro empréstimo, e realizava novo empréstimo, apropriando-se dos valores.
No caso do beneficio de um salário mínimo, a margem complementar é pequena, de forma que o novo empréstimo (fraudulento) geralmente não é percebido pelas vítimas, pois gera parcela mensal de aproximadamente R$ 9,00. Com isso, além de receber o valor da comissão, Neviton se apropriava indevidamente dos valores dos empréstimos.
FILIAIS – A empresa VC Consultoria possuía diversas filiais espalhadas pelo Estado do Paraná e em outros Estados, sendo que no Paraná foram fechadas 13 empresas sendo cinco na Capital e oito no interior: Maringá, Cascavel, Londrina, Francisco Beltrão, Telêmaco Borba, Foz do Iguaçu, Ponta Grossa e Paranaguá.
Além do Paraná, a empresa possuía lojas em Santa Catarina (Joinville, Balneário Camboriú e São José) e no Rio de Janeiro (capital), todas fechadas pela polícia.
Juntamente com Neviton Pretti Caetano, foram presos, como suspeitos de participar do esquema, Shirlei dos Santos Ramos, 36 anos, esposa de Neviton, Letícia Justiniano dos Santos, 23, a “laranja” da quadrilha, Neide Fernandes, 43, a gerente e “braço direito” de Neviton, Arnaldo Weber Junior, 42, o “Juca”, motorista de Neviton, e Alexandre Rafael Nascimento Santana, 27, gerente da empresa.
Segundo o delegado do Nurce, Itiro Hashitani, Neviton Pretti Caetano já havia sido condenado a oito anos de prisão pelo mesmo crime. “Ele mantinha uma organização criminosa que lesava especialmente aposentados e pensionistas e foi condenado anteriormente por esse crime. Não está preso devido a um recurso judicial e, por isso, usou Letícia como ‘laranja’ responsável pela empresa”, explica.
Foram apreendidos sete veículos, sendo quatro Mercedes-Benz, dois Cherokee e um Toyota Hilux e um Jeep Wrangler, sendo todos novos e de luxo que Neviton gostava de ostentar. O resultado da operação foi o cumprimento de 27 mandados de busca e apreensão, seis mandados de prisão cumpridos, e apreensão de sete veículos.
PRESOS:
Neviton Pretti Caetano, 59 anos. (Bal. Camboriu)
Shirlei dos Santos Ramos, 36 anos. (Bal. Camboriu)
Arnaldo Weber Junior, vulgo JUCA, 42 anos. (Bal. Camboriu)
Letícia Justimiano dos Santos, 23 anos. (São José dos Pinhais).
Alexandre Rafael Nascimento Santana, 27 anos (São José dos Pinhais).
Neide Fernandes, 43 anos. (Curitiba)
Busca e apreensão na Sede da VC em São José dos Pinhais e no condomínio Vovô Caetano:
Jeep Cherokee de cor preta, ano 2011, placas AIW-1888;
Toyota Hilux de cor prata, ano 2010, placas ASM-8158;
R$3.000,00 reais em dinheiro;
05 notebook´s;
Diversos CPU´s
Um revolver calibre 38, 4 polegadas, marca Taurus;
Diversos aparelhos celulares;
Mais de 10 mil termos de adesão junto ao INSS, para descontos nos benefícios previdenciários, em branco, apenas com assinatura do titular do financiamento, escondidos no interior de um sobrado desocupado no condomínio Vovô Caetano.
Busca e apreensão nas Lojas da VC em Curitiba
02 Lojas Galeria Ritz;
01 Loja André de Barros;
01 Loja no Shopping Metropolitan;
01 Loja no Boqueirão;
Foram apreendidos diversos documentos e CPU´s, além da lacração das lojas por determinação do Juiz da Vara de Inquéritos Policiais
Busca e apreensão na Sede da VC em Balneário Camboriu, Joinville, São José e em 03 apartamentos:
Mercedes E350, de cor preta;
Mercedes E320, de cor prata;
Mercedes ML320 de cor prata;
Mercedes C200 CGI de cor preta;
Jeep Cherokee de cor prata;
Foram apreendidos diversos documentos e CPU´s, além de notebooks