O Banco do Brasil lançou nesta segunda-feira (4) o Plano Safra 2018/19 para a agropecuária brasileira, que está disponibilizando R$ 103 bilhões em crédito rural para custeio, comercialização e investimento. Esse volume de recursos representa um aumento de 20% em relação aos recursos disponíveis pelo banco no ano passado. Desse total, R$ 13,6 bilhões estarão à disposição do Paraná.
O plano foi lançado em Brasília, com transmissão simultânea e oficial nos Estados. Este ano, o Banco do Brasil apresentou como novidade a redução nas taxas de juros de até 1,5 ponto percentual e inovação em tecnologia que permite ao produtor fazer seu crédito na propriedade, sem ter que se deslocar para ir a uma agência.
No Paraná, o lançamento do Plano Safra contou com a presença do secretário estadual da Agricultura e Abastecimento, George Hiraiwa.
O secretário recebeu bem o anúncio de recursos aos agricultores e de mais inovação tecnológica para facilitar a vida do produtor rural. Segundo ele, a solução de impacto hoje no campo para vencer os desafios que se apresentam está na inovação. “Precisamos ampliar o público que trabalha com tecnologia para olhar para o Agronegócio para buscar mais produtividade”, disse Hiraiwa.
Ele lembrou que setores que antes nem olhavam para o campo, como as faculdades de engenharia, de tecnologia da informação, já estão se dedicando a desenvolver soluções para o Agronegócio. É o caso de Londrina, que está sendo considerada o berço das start-ups do País, com cerca de 1.250 empresas de tecnologia, disse.
O secretário destacou, que ao lado do crédito rural, que está sendo disponibilizado pelo banco, e a iniciativa do produtor rural em aderir as novas tecnologias, certamente serão as soluções digitais que estão sendo pensadas para o setor que farão o grande avanço no Agronegócio daqui para frente. “E certamente o Banco do Brasil está capitaneando essas mudanças com sua linguagem de inovação”, afirmou.
PLANO SAFRA - Os recursos disponibilizados pelo Banco do Brasil representam 60% do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2018/2019 no País. Na safra 2018/19, os juros disponíveis para a Agricultura Familiar em custeio e investimentos vão variar de 2,5% a 4,6% ao ano e para os demais produtores vão variar de 6 a 7,5% ao ano.
Na safra anterior, os juros para custeio e investimentos variavam de 2,5% a 5,5% ao ano. A novidade é que os encargos financeiros com as taxas de juros serão pós-fixados, uma opção que está sendo dada ao produtor pela primeira vez.
Dos R$ 103 bilhões disponíveis, R$ 91,5 bilhões poderão ser acessados diretamente pelos produtores rurais e cooperativas; R$ 11,5 bilhões por empresas do Agronegócio, dos quais R$ 72,8 bilhões serão direcionados para custeio e comercialização e R$ 18,7 bilhões para investimentos agropecuários.
Dos R$ 13,6 bilhões disponíveis ao Paraná, R$ 2,3 bilhões serão aplicados na Agricultura Familiar, R$ 3 bilhões vão atender os médios produtores e R$ 8,3 bilhões para atender a agricultura empresarial. Ainda sobre esse total, R$ 11,7 bilhões serão direcionados para custeio e comercialização e R$ 1,9 bilhão em investimentos.
As linhas de crédito disponíveis vão priorizar projetos de sustentabilidade e aumento de produtividade no campo.
Outra novidade é a digitalização do crédito rural. Os produtores poderão fazer a simulação de financiamento para custeio e investimentos pelo celular. O objetivo é proporcionar comodidade e conforto ao produtor rural ao encaminhar sua proposta sem que precise se deslocar a uma agência.
Participaram da apresentação, Cleiston Oldoni, superintendente Regional do Banco do Brasil em São José dos Pinhais; Elias Zeglin, superintendente da Unidade de Negócios de Varejo do Paraná; e o diretor-presidente do Instituto Emater, Richard Golba.