Paraná oferta
atendimento diferenciado
para hipertensos

Centros de Especialidades oferecem atendimento multiprofissional em 10 regiões do Estado. O paciente passa por uma série de atendimentos e exames no mesmo dia e tem um plano de cuidados exclusivos
Publicação
26/04/2017 - 18:10
Editoria

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No Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão, celebrado nesta quarta-feira (26), a Secretaria de Estado da Saúde destaca o trabalho diferenciado para o tratamento da doença desenvolvido em 10 regiões do Estado. É o Modelo de Atenção às Condições Crônicas (MACC), que tem o objetivo de organizar o atendimento a pacientes hipertensos e diabéticos nas Unidades Básicas de Saúde e nos Centros de Especialidades.
Com o modelo, os Centros de Especialidade deixam de oferecer consultas convencionais e passam a ofertar um atendimento multiprofissional. O paciente – que chega ao local por meio de encaminhamento dos serviços de atenção primária (unidades de saúde) – passa por uma série de atendimentos e exames no mesmo dia.
São médicos, enfermeiros, nutricionistas, assistentes sociais, fisioterapeutas, psicólogos e farmacêuticos que atuam no atendimento integrado para construir um plano de cuidado desenvolvido exclusivamente para aquela pessoa. Todas essas orientações deverão ser aplicadas pela equipe da unidade de saúde em um trabalho conjunto.
Este modelo assistencial é uma das estratégias do programa estadual de apoio aos Consórcios Intermunicipais de Saúde (ComSUS), responsáveis pelo gerenciamento dos Centros de Especialidades.
De acordo com a técnica da Divisão de Risco Cardiovascular da Secretaria estadual da Saúde, Angelica Koerich, a estreita relação entre as equipes da Atenção Primária e da Atenção Secundária é um dos pilares do MACC, pois esses níveis de atenção se influenciam, são interdependentes e o usuário transita entre eles durante o acompanhamento da sua condição crônica de saúde.
Isso acontece devido à aplicação da estratificação de risco, que classifica os doentes crônicos em baixo, médio e alto risco. Sendo que apenas as classificações de alto risco devem ser encaminhadas aos ambulatórios de especialidades de cada região.
HIPERTENSÃO – A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é um problema grave de saúde pública no Brasil e no mundo. Ela é um dos mais importantes fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, cerebrovasculares e renais, sendo responsável por, pelo menos, 40% das mortes por Acidente Vascular Cerebral (AVC), por 25% das mortes por doença arterial coronariana e, em combinação com o diabetes, 50% dos casos de insuficiência renal terminal.
A Hipertensão Arterial (HA), muitas vezes, pode não apresentar sintomas, o que implica na dificuldade de diagnóstico. Os profissionais das Unidades Básicas de Saúde têm papel fundamental nas ações individuais e coletivas de controle da HA, como identificação do grupo de risco, diagnóstico precoce, conduta terapêutica e educação em Saúde.
Segundo o médico cardiologista da Secretaria Estadual da Saúde, André Ribeiro Langowiski, o tratamento da hipertensão arterial demanda uma mudança de hábitos no dia a dia do paciente. “A hipertensão é fácil de ser diagnosticada, o problema é chegar no paciente, principalmente nos homens que não têm a cultura de prevenção, e de buscar os serviços de saúde para realizar um check-up”, explica.
MODELO – O Modelo de Atenção às Condições Crônicas já trouxe resultados positivos para as regionais de saúde de Maringá (15ª) e Toledo (20ª), que utilizam o MACC desde 2014. Atualmente, também é aplicado pelos consórcios da 3ª Regional de Saúde (RS) - Ponta Grossa, 4ª RS - Irati, 5ª RS - Guarapuava, 11ª RS - Campo Mourão, 13ª RS - Cianorte, 14ª RS - Paranavaí, 17ª RS - Londrina, 19ª RS - Jacarezinho e 22ª RS – Ivaiporã.

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