Paraná lidera
geração de vagas
em grandes empresas

De acordo com dados do Caged, companhias com mais de mil funcionários registraram um saldo positivo no Estado de 4.659 vagas de janeiro a março
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29/04/2017 - 09:00
Editoria

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As empresas de grande porte – com mais de mil funcionários – foram destaque na geração de vagas no primeiro trimestre no Paraná. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho mostram que essas companhias registraram um saldo positivo de 4.659 vagas de janeiro a março, dez vezes maior do que o número do mesmo período do ano passado. De janeiro a março de 2016, o saldo havia sido de apenas 467 vagas. Com o resultado, o Paraná liderou a geração formal de emprego entre as grandes companhias do País. Ficou à frente de Goiás (3.340) e Santa Catarina (2.966).
“O resultado é animador e foi impulsionado pela indústria de alimentos, as obras de infraestrutura no Interior e pelo polo automotivo na Região Metropolitana de Curitiba” diz Julio Suzuki Júnior, diretor-presidente do Ipardes – Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social.
Entre os setores, a indústria foi responsável por um saldo positivo de 3.172 vagas. A construção civil ficou em segundo lugar, com 1.015, e o setor de serviços ficou em terceiro, com 513 vagas.
Capanema, na região Sudoeste, foi o município com o maior saldo de emprego formal entre as empresas de grande porte, com 943 vagas. Na sequência vem São José dos Pinhais, com 641, Palotina (612) e Medianeira (521).
De acordo com Suzuki Júnior, a geração de empregos vem se recuperando gradualmente no Paraná e contrasta com o desempenho no Brasil.
“O aumento do ritmo de contratação das empresas grandes confirma a firmeza dessa tendência no Paraná porque as companhias costumam planejar muito bem a abertura de novas vagas. Se esse movimento acontece é porque elas já apostam em alguma retomada”, diz ele. “Trata-se também de um emprego, em geral, com mais qualificação e com mais benefícios do que em empresas de menor porte”, completa diretor-presidente do Ipardes.
A retomada do emprego no Paraná já era esperada, de acordo com Suzuki Júnior. O Estado tem um índice de desemprego de 8,1%, de acordo com o dado mais recente disponível (do último trimestre do ano passado). O percentual está abaixo do registrado no Brasil, que teve uma taxa de desocupação de 13,7% no primeiro trimestre de 2016. “O que se observa é que os números do Brasil estão descolados do Paraná, onde já há uma recuperação”, afirma.
De acordo com dados do Caged, as empresas menores, com até nove empregados, também tiveram saldo positivo, com 13.265 vagas no primeiro trimestre. As companhias que têm entre 100 e 999 empregados, por sua vez, tiveram saldo de 1.324 vagas. O único segmento com balanço negativo foi o das companhias que empregam de dez a 99 pessoas, com um balanço negativo de 2.720 vagas.
No total, incluindo todos os portes de empresas e setores, o Paraná fechou o trimestre com um saldo positivo de 16.518 vagas, de acordo com o Caged. Os grandes destaques foram a indústria, com 7.640 novos empregos, e o setor de serviços (8.715 vagas). O Paraná foi o terceiro Estado com maior saldo de emprego formal no primeiro trimestre, atrás de Santa Catarina, com 22.361, e Rio Grande do Sul, 24.643 vagas.

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