Nova unidade vai triplicar
produção de medicamentos

O governador Beto Richa anunciou nesta segunda-feira (26) a construção de uma nova unidade do Centro de Produção e Pesquisa de Imunobiológicos (CPPI). Com a estrutura será possível aumentar de 20 mil para 60 mil frascos por ano a produção do soro necessário nos acidentes com aranhas-marrom.

 
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26/02/2018 - 18:20
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O Paraná vai triplicar a capacidade da produção de medicamentos biológicos com a construção de uma nova unidade do Centro de Produção e Pesquisa de Imunobiológicos (CPPI). A construção da nova planta foi anunciada pelo governador Beto Richa nesta segunda-feira (26), no Palácio do Iguaçu. A unidade, que será no mesmo terreno que o CPPI, em Piraquara, tem investimento previsto de R$ 46 milhões, recursos a fundo perdido do Ministério da Saúde e repassados pela Caixa Econômica Federal.

Na mesma solenidade o governador assinou com o banco federal o repasse de R$ 2 milhões para o Hospital do Trabalhador para o Anexo da Mulher e ampliação em 10 leitos de Unidade de Terapia Intensiva.

Richa destacou que o CPPI é uma unidade do Governo do Paraná referência nacional na produção de soros antipeçonhentos, entre eles o soro antiloxoscélico, utilizado no tratamento de acidentes com aranhas-marrom. Desde o ano de 2000, o CPPI é o principal produtor de soro antiloxoscélico do país e responsável por suprir a demanda de todos os estados brasileiros.

“Mais uma vez o Paraná avança e se destaca no Brasil com a construção de uma nova unidade do CPPI. Com ela vamos triplicar a produção de medicamentos como o soro antiloxoscélico, passando de 20 mil para 60 mil frascos por ano”, afirmou o governador.

Richa destacou que nos últimos sete anos foram investidos R$ 19 bilhões para melhoria da saúde pública no Estado, enquanto nos 10 anos anteriores outros governos, juntos, investiram R$ 6,7 bilhões na área. “Com muito planejamento e trabalho intenso o Paraná tem garantido meios e condições para salvar vidas”, disse o governador.

O ministro da Saúde Ricardo Barros ressaltou que os recursos fazem parte do conjunto de investimentos do Ministério ao Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e que, além do repasse para a obra, haverá uma transferência de R$ 30 milhões em equipamentos quando a construção estiver mais avançada. “Estamos ampliando a capacidade produtiva do Tecpar para que ele se consolide como referência, especialmente na produção de biológicos”, disse. O ministro salientou que o pacote de investimentos do governo federal no Tecpar contempla R$ 30 milhões para unidade de Ponta Grossa e R$ 170 milhões para a unidade de Maringá.

CICLO COMPLETO - O secretário de Estado da Saúde, Michelle Caputo Neto, disse que a fábrica, com 6 mil metros quadrados, terá uma estrutura completa, possibilitando desde a produção inicial dos medicamentos até o envase final do produto, que atualmente é feito pelo Instituto Butantan. “Com essa nova planta vamos ter o ciclo completo, do início da produção até o envase, e criar uma linha de produtos impactante para a saúde pública”, afirmou.

Também poderão ser produzidos novos soros hiperimunes, medicamentos que contém anticorpos elaborados a partir do plasma de animais imunizados e são utilizados para o tratamento de acidentes com serpentes, escorpiões e aranhas.

O próximo passo será a licitação projeto básico da unidade, que deve ser enviado à Caixa Econômica até novembro de 2018. O prazo da obra é de 48 meses. A Caixa será responsável pelas contratações, acompanhamento das obras e finalização dos contratos.

PRESENÇAS - Também participaram do evento a vice-governadora Cida Borghetti,; o secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Carlos Gomes; o presidente da Sanepar, Mounir Chaowiche; o deputado federal Alex Canziani; o superintendente regional da Caixa Econômica Federal, Arielson Bitencourt; o diretor geral do Hospital do Trabalhador, Geci Labres de Souza Júnior; e o prefeito de Piraquara, Marcus Tesserolli.

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