Jayme Canet Júnior
deixa legado de
transformação do Paraná

Ao assumir o Estado disse que o grande desafio era sustentar o processo de transformação da economia, que deixaria de ser “essencialmente agrícola” para ser “predominantemente agroindustrial”.
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31/08/2016 - 17:10
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O ex-governador Jayme Canet Júnior, que faleceu nesta quarta-feira (31), em Curitiba, foi um dos grandes responsáveis pela diversificação econômica do Paraná. Atuante na vida pública desde a década de 1960, ele ocupou importantes cargos na administração estadual. Foi presidente da Café do Paraná, do Banco do Estado do Paraná e vice-governador no período de 1973-1975.
Confirmado no cargo de governador pela Assembleia Legislativa em 03 de outubro de 1974, tomou posse em 15 de março do ano seguinte. Ao assumir, deu o tom da gestão e do caminho a ser seguido pelo Estado ao expressar que o grande desafio era dar sustentação ao processo de transformação da economia paranaense, que deixaria “a condição secular de essencialmente agrícola” para ser “predominantemente agroindustrial”.
Uma das áreas que recebeu maior atenção ao longo da administração de Canet foi a malha rodoviária estadual. Em quatro anos de gestão, ele pavimentou cerca de 4 mil quilômetros de estradas, integrando o Estado e facilitando a comunicação entre todas as regiões econômicas paranaenses.
EDUCAÇÃO - A educação foi outro setor tratado como prioridade, com importantes avanços. Canet aumentou em 50% a oferta de vagas nas unidades educacionais do Estado. Como reconhecimento pelo trabalho ganhou o título de “Doutor Honoris Causa” pela Universidade Federal do Paraná. Canet também promoveu uma reforma administrativa, defendendo a racionalidade e eficiência da máquina pública. Outra marca da administração foi a modernização e mecanização da agricultura, com o suporte de órgãos de pesquisa como o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) e outros centros técnicos e científicos.
Também promoveu ações de combate à erosão e investiu na ampliação do sistema de armazenagem da produção agrícola do Paraná. A eletrificação rural alcançou 4.350 quilômetros de extensão. As redes de transmissão e distribuição de energia praticamente dobraram, acompanhando a evolução do consumo da indústria paranaense.
Canet implantou importantes programas de saneamento. Os serviços de abastecimento de água chegaram a 242 municípios. A Telepar, companhia estadual de telecomunicações, levou suas redes e linhas para 415 localidades, inclusive na zona rural, e implantou o sistema DDD em 139 cidades.
Nascido em Ourinhos (SP), em 19 de Janeiro de 1925, cursou engenharia, mas na vida privada dedicou-se ao comércio e a agricultura, como cafeicultor e pecuarista.
LIVRO - Neste ano, a história da administração de Jayme Canet Junior virou livro. A publicação No Tempo do Canet - a História do Paraná na Década de 1970 foi escrita por Belmiro Valverde Jobim Castor, Adherbal Fortes de Sá Jr. e Antonio Luiz de Freitas.
SEPULTAMENTO - O velório será realizado nesta quinta-feira (1), partir das 8 horas, no Palácio Iguaçu, e o sepultamento acontece às 16 horas, no Cemitério Municipal.

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