As inscrições para o vestibular indígena encerram nesta segunda-feira (31). São 52 vagas, seis em cada universidade estadual e 10 na Universidade Federal do Paraná (UFPR). A estimativa é que 600 índios, de diversas etnias, se inscrevam no processo seletivo.
Por meio desta ação afirmativa, 52 indígenas já conquistaram o diploma em diversas áreas, como medicina, direito, pedagogia, odontologia.
O Vestibular Indígena é organizado no sistema de rodízio, entre as universidades estaduais e a UFPR. Na edição deste ano, a Universidade Estadual de Maringá (UEM) será a responsável pelo processo seletivo. Essa é a terceira vez que a universidade coordena o vestibular.
Para os aprovados há uma bolsa-auxílio de R$ 900,00, que pode ter acréscimo de 50% caso o candidato tenha filho. Atualmente, há quase 200 alunos indígenas nas universidades estaduais, que ingressaram por meio do vestibular.
Em sua XVII edição, a ação afirmativa está ganhando a confiança das tribos, como uma ação de efeito vantajoso para ambas as partes e uma política estável, explica o presidente da Comissão Universidade para Índios (Cuia), Wagner Amaral. “A primeira edição do Vestibular Indígena, no ano de 2002, contou com 54 candidatos para 15 vagas e a última edição deste vestibular teve 753 inscritos para 42 vagas”.
A seleção é feita em duas etapas, primeiro uma prova oral, no 1º dia de outubro. Depois uma prova de redação e conhecimentos gerais, com tópicos como Língua Portuguesa, Matemática, Biologia, História, Geografia e Língua Estrangeira ou Língua Indígena (guarani ou caingangue), no dia 2 de outubro.