Infecção simultânea por
tuberculose e HIV é tema
de capacitação no Paraná

Objetivo do curso é reduzir o número de mortes de pacientes com infecção simultânea. O curso reuniu cerca de 300 profissionais da área de todo o Estado, nesta terça-feira (22), em Curitiba
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22/03/2016 - 16:30
Editoria

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Com o objetivo de reduzir o número de mortes em pacientes com infecção simultânea por tuberculose (TB) e HIV, a Secretaria de Estado da Saúde promoveu uma capacitação voltada ao manejo dos doentes coinfeccionados. O evento reuniu mais de 300 profissionais da área de todo o Estado, nesta terça-feira (22), em Curitiba. O curso foi organizado na semana do Dia Mundial de Combate a Tuberculose, que será quinta-feira (24).
“Queremos que os nossos profissionais estejam sensibilizados com essa questão para que possamos reduzir cada vez mais a quantidade de óbitos em casos de coinfecção TB/HIV no Paraná”, afirma a superintendente de Vigilância em Saúde, Cleide de Oliveira.
Dados levantados no Estado apontam que as taxas de óbito na tuberculose em pacientes HIV positivo chegam a ser quatro vezes maiores do que o número de mortes em pacientes negativos para infecção pelo vírus da Aids.
A coordenadora do Programa Estadual de Tuberculose, Betina Alcântara Gabardo, explica que o principal motivo desses óbitos está relacionado à demora no diagnóstico das doenças, seja a Tuberculose ou o HIV. Entretanto, no Paraná, quase 90% dos pacientes com tuberculose são testados para Aids/HIV.
Segundo ela, a ideia é, com a utilização dos testes rápidos, chegar a quase 100% de pacientes com TB testados nos próximos anos. Em 2015, foram diagnosticados 2.177 novos casos de tuberculose no Estado – 274 apresentaram HIV positivo, ou seja, quase 13%.
EXPERIÊNCIAS – Além dos protocolos para tratamento, os participantes do I Fórum de Manejo Clínico de Coinfecção TB/HIV também acompanharam apresentações de experiências bem-sucedidas no Estado. Em Cascavel, regional com menor taxa de óbito nos pacientes coinfectados, o tratamento envolve uma equipe multidisciplinar. “Nosso paciente é acolhido por diversos profissionais. Ele não passa apenas pelo tratamento médico, mas também por farmacêuticos, para entender os efeitos da medicação, e por psicólogos, que auxiliam no enfrentamento daquele momento”, fala a coordenadora do programa municipal de DTS e Aids de Cascavel, Josana Dranka.
Paranaguá realiza o Tratamento Diretamente Observado (TDO), em que supervisiona a medicação tanto do tratamento da TB, quando do HIV. Desde 2014, quando o projeto foi implantado, o município conseguiu aumentar a adesão aos medicamentos e a cura da tuberculose.
“O paciente percebe que está sendo cuidado com o objetivo de melhorar a qualidade de vida e acaba mantendo o tratamento da Aids mesmo após receber alta da TB”, conta a coordenadora do Programa municipal de Tuberculose e Hanseníase de Paranaguá, Patrícia Scacalossi.
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