Indústria do Paraná reage em agosto, mas
ainda produz menos do que em 2011

Produção do setor em agosto foi 3% superior à de julho. Em relação a agosto de 2011, porém, houve queda de 10,8%
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09/10/2012 - 11:40
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A produção industrial do Paraná deu sinais de reação em agosto, voltando a subir depois de dois meses de queda. A alta em relação ao mês anterior foi de 3%. A indústria nacional também aumentou a produção, mas em menor proporção (1,5%). O ritmo do setor, porém, continua inferior ao do ano passado: na comparação com agosto de 2011, a produção da indústria paranaense caiu 10,8%, enquanto na média nacional a redução foi de 2%. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física – Regional (PIM-PF), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 13 estados.
Um dado que chama a atenção na análise desse desempenho negativo é que ele ficou concentrado em apenas seis dos 14 ramos acompanhados, com destaque para edição e impressão (-67,4%) e veículos automotores (-12,6%). O presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Gilmar Mendes Lourenço, lembra que a queda de produção nesses segmentos deve-se, em boa parte, ao fato de a comparação se dar com um período (agosto/2011) em que a atividade estava bastante aquecida, principalmente no segmento gráfico.
Outros ramos tiveram performances bastante positivas: madeira (15,9%), mobiliário (12,1%), alimentos (7,6%), celulose e papel (5,5%), máquinas e equipamentos (4,9%), refino de petróleo e álcool (4,7%), bebidas (4,1%) e minerais não metálicos (3,9%).
ACUMULADO – De janeiro a agosto de 2012, a produção da indústria acumula alta de 0,2%, ancorada no comportamento de oito atividades, principalmente madeira (17,6%), edição e impressão (11,1%), mobiliário (6,0%), refino de petróleo e álcool (4,7%) e alimentos (1,9%). Foi a quarta maior alta dentre os estados pesquisados. Na média nacional, o acumulado do ano é negativo (–3,4%),
No acumulado de doze meses findos em agosto de 2012, houve aumento de 3,9%, o segundo maior do País, atrás apenas de Goiás (7,0%). Na média nacional houve retração de 2,9%. Dez ramos foram responsáveis pelo desempenho positivoe do parque fabril do Estado neste período, particularmente madeira (17,5%), edição e impressão (13,4%), refino de petróleo e álcool (7,1%), veículos automotores (5,3%) e produtos de metal (3,9%).
ANÁLISE – Para Lourenço, “os resultados de agosto de 2012 atestam a recuperação da produção industrial estadual e a superação da situação recessiva vivida pelo setor no País, especialmente no primeiro semestre”. “Isso reflete os impactos iniciais das medidas fiscais e monetárias, embora pontuais, implementadas pelo governo federal, em uma atmosfera de aprofundamento da crise internacional, capitaneada pela Europa”, afirma.
Também contribuíram para o desempenho da indústria, segundo ele, o dinamismo da construção civil e do mercado de trabalho regional e os efeitos da política de incentivo à industrialização adotada pelo governo do Estado, por meio do programa Paraná Competitivo. O programa já atraiu para o Estado R$ 19,0 bilhões de investimentos em empreendimentos industriais, com potencial de criação de mais de 114,0 mil vagas de trabalho, entre diretos e indiretos.

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