IAP detectou provável
chegada das cinzas do
vulcão chileno em Curitiba

Estações de medição operadas pelo IAP e o Lactec detectaram o aumento de suspensão de partículas na atmosfera durante a madrugada de terça para quarta-feira (18 e 19)
Publicação
21/10/2011 - 16:35

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As estações de medição da qualidade do ar operadas pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e o Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (Lactec) detectaram a provável presença de cinzas do vulcão chileno Puyehue na atmosfera da região metropolitana de Curitiba. De acordo com o boletim semanal da qualidade do ar divulgado nesta sexta-feira (21), o aumento dos índices de partículas em suspensão foi registrado na madrugada de terça para quarta-feira (18 e 19), mas não prejudicou a qualidade do ar.
“Constatamos o aumento de suspensão das partículas nas estações do Boqueirão, Ouvidor Pardinho e em Araucária”, explica o diretor de Padrões Ambientais do IAP, Alberto Baccarim.
As estações, que medem a quantidade de partículas suspensas no ar a cada três segundos,
apontaram que a dispersão do material particulado (provavelmente, cinzas) começou a chegar na capital a partir das 21 horas do dia 18, atingindo o nível máximo de precipitação entre a meia-noite e as 3 horas do dia seguinte. Os gráficos também mostram que os índices foram diminuindo até às 15 horas do dia 19, porque as cinzas se depositaram no solo da região.
“A chegada dessas partículas foi percebida porque se observou um aumento significativo e rápido dos índices, principalmente durante as horas de pico”, diz o presidente do IAP, Luiz Tarcísio Mossato Pinto.
A chefe do Departamento de Tecnologia Ambiental e Emissões Atmosféricas do IAP, Dirlene Cavalcanti, afirma que o aumento dos índices de suspensão das partículas não prejudicou a qualidade do ar na região de Curitiba durante os dois dias. Segundo ela, os níveis se mantiveram aceitáveis (entre bom e regular) e seguiram os padrões recomendados pela legislação nacional. “Somente as pessoas mais sensíveis sentiram algum efeito das partículas no ar ao respirar”, diz.

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