Foi instituído nesta terça-feira (06) o grupo de trabalho para o Programa Paranaense de Energias Renováveis. A Resolução que estabelece oficialmente o grupo foi assinada pelo secretário do Planejamento e Coordenação Geral, Juraci Barbosa Sobrinho.
O governador Beto Richa assinou no mês passado o decreto que estabelece a Secretaria de Estado do Planejamento como coordenadora do programa que promove e incentiva a produção e o consumo de energias renováveis, principalmente a eólica, solar e biomassa.
“Com responsabilidade e serenidade iniciamos hoje uma segunda etapa com a instalação oficial dos trabalhos sobre este tema que fará parte da cultura de todos os paranaenses e será pauta dos próximos governos”, disse o secretário.
Além da pasta do Planejamento, participam do grupo de trabalho as secretarias de Estado da Fazenda, da Agricultura e do Abastecimento, da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, além do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e Copel.
A prioridade do grupo é a definição do marco regulatório de energias renováveis. Entre outras ações, a agenda do grupo prevê a identificação de fontes de financiamento, a integração ao programa Paraná Competitivo, a criação de uma agenda de eventos voltados às energias renováveis, a articulação do Estado com instituições representativas e a busca e o aprofundamento de cooperação internacional.
METAS - O programa propõe a união de forças do Paraná na área de pesquisa, de universidades, dos setores produtivo e empresarial para trabalhar no incentivo à produção de energia renovável. Um dos principais temas a ser tratado é o uso de dejetos animais, como suínos e bovinos, para a geração de energia.
O Estado tem o maior rebanho de suínos do País, com 7,13 milhões de cabeças, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Precisamos dar um fim para os resíduos produzidos pelos animais e um deles poderia ser a destinação para a produção de energia renovável”, disse o secretário.
AÇÕES – O Governo do Paraná tem outros projetos voltados à produção de energia renovável, todos alinhados com a política energética nacional, que prevê redução da participação da hidroeletricidade de 81% para 73% até 2020 e a ampliação da geração de energia proveniente de biomassa de 5% para 10% e da energia eólica de 0,4% para 4%.
A Fomento Paraná e o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) oferecem linhas de financiamento para empreendimentos de geração, transporte, transmissão e consumo de energia elétrica. Já a Copel criou a Coordenação de Energias Renováveis focada no desenvolvimento de um modelo de geração de energia renovável não agressiva ao patrimônio natural do Estado.
Outro projeto é o Smart Energy Paraná, da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. O programa busca a adequação da rede de energia elétrica convencional em rede inteligente e a disseminação da geração distribuída por fontes de energias renováveis.