Governo promove reuniões para definir políticas públicas para povos indígenas

Na abertura da 4ª e 5ª Reuniões Técnicas sobre Propostas do Ensino Médio para Indígenas, o vice-governador e secretário de Estado da Educação, Flávio Arns, ressaltou a importância de políticas públicas para os povos indígenas
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26/04/2011 - 19:10
Editoria

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Começaram nesta terça-feira (26), em Curitiba, a 4ª e 5ª Reuniões Técnicas sobre Propostas do Ensino Médio Integrado Agropecuário para Indígenas. Solicitados pelo Conselho Regional de Caciques e pela Articulação dos Povos Indígenas da Região Sul (Arpinsul), os encontros têm como objetivo diagnosticar, discutir e levantar propostas das comunidades indígenas do Estado do Paraná.
Na abertura do evento, o vice-governador e secretário de Estado da Educação, Flávio Arns, ressaltou a importância de políticas públicas para os povos indígenas. “Temos que pensar em uma política pública consistente para os povos indígenas em todas as áreas, indo além do que a educação pode oferecer e fortalecendo a cidadania”, disse. Segundo ele, o objetivo principal da reunião é discutir em conjunto os desafios e caminhos que podem ser construídos para o bem do povo indígena. “Queremos que toda a comunidade paranaense conheça e valorize a cultura indígena”, afirmou.
De acordo com o secretário de Relações com a Comunidade, Wilson Quinteiro, o evento é resultado da intenção do governo estadual de promover o desenvolvimento das comunidades indígenas. “Estamos seguindo a determinação do governador Beto Richa de buscar a integração entre as secretarias, articulando políticas públicas que promovam o desenvolvimento das comunidades, sempre por meio do diálogo pleno”, ressaltou.
Os 42 caciques das Comunidades Escolares Indígenas participantes da reunião discutem questões ligadas à educação, como avaliação dos cursos, avanços e desafios para o atendimento escolar nas comunidades (merenda, construções, reformas, contratação de funcionários, o processo agrícola e produção de material).
As lideranças indígenas querem que as estratégias de atuação, elaboração, viabilização dos projetos e demais ações levem em consideração o diagnóstico da situação de cada aldeia, respeitando os aspectos culturais e a realidade de cada região. “Nós, como caciques, queremos voltar para as nossas comunidades com respostas e acreditamos que o governo vai avançar no diálogo com o povo indígena”, disse o cacique Mario Paulino Sampaio, representante dos Guaranis.
Para a professora Gilda Kuita, representante dos caingangues, a educação indígena é um desafio e necessita de alguns avanços. “Esperamos construir em conjunto com a secretaria um sistema de educação indígena que estabeleça uma política pública de educação para o nosso povo”, afirmou.
O evento também é uma concretização do diálogo existente entre o governo e os indígenas. “Para nós é um prazer sermos ouvidos de perto pelo governo. Estamos tendo avanços e esperamos avançar ainda mais para garantir nossos direitos e mostrar nossa cultura para todos os paranaenses”, disse o cacique Márcio Lourenço, da terra indígena de Laranjinhas.
Na sexta-feira (29), as lideranças indígenas se reunião com a Secretaraia de Relações com a Comunidade para uma avaliação da situação e das dificuldades das aldeias no Paraná. A secretaria propõe a realização de um seminário com todas as comunidades indígenas do Estado para discutir as necessidades e elaborar projetos para o desenvolvimento das aldeias.

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