Governo estuda ampliar parceria para
formação profissional de jovens agricultores

O governador em exercício Flávio Arns recebeu representantes da entidade responsável pelas Casas Familiares Rurais, que no Paraná atendem 2.365 jovens
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22/07/2011 - 12:30
Editoria

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O governador em exercício Flávio Arns determinou a criação de um grupo técnico, envolvendo as secretarias da Agricultura, Educação e Planejamento, para estudar um projeto que garanta recursos para a ampliação no Paraná da rede de Casas Familiares Rurais – iniciativa que visa oferecer formação técnica a jovens do meio rural e pesqueiro, incentivando a permanência dos alunos em suas próprias regiões e criando alternativas de trabalho e renda.
Arns recebeu nesta sexta-feira (22) representantes da Associação Regional das Casas Familiares Rurais do Sul (Arcafar Sul), responsável pelo programa, que no Paraná atende 2.365 jovens, em 43 unidades que abrangem 118 municípios. O grupo solicitou ao governador a elaboração de um projeto de lei que oficialize o programa – desenvolvido no Estado em parceria com a Secretaria de Educação – e garanta recursos no Plano Plurianual (PPA) para a construção de 24 novas casas.
“Reconheço o importante trabalho realizado pelo grupo, com um projeto de vida profissional que muda a realidade dos jovens do interior. Vamos analisar as propostas para ampliar essa parceria que tem contribuído para melhorar a renda de muitos paranaenses”, disse Arns. O governador em exercício sugeriu ainda a construção de uma casa familiar para atender os jovens que residem nas ilhas do Litoral.
A proposta de Arns vai ao encontro dos princípios do grupo, que prevê que as unidades sejam estabelecidas em municípios com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O presidente da Arcafar Sul, Nilo Jacob Bender, explica que a intenção é promover a cidadania nas regiões mais pobres do Estado e ampliar o projeto para áreas indígenas e quilombolas.
“O agricultor que tem formação técnica sabe planejar e crescer profissionalmente. O pequeno produtor precisa desse atendimento e o governo estadual tem sido receptivo às nossas propostas”, disse Bender, que é pequeno agricultor e tem dois filhos que fizeram cursos técnicos ofertados pelo programa.
A matriz curricular adaptada às características de cada município e a integração com a família são fatores que Bender defende como primordiais para a permanência no jovem no meio rural. Segundo ele, a taxa de alunos que permanecem no campo após o curso é de 87%. “Somos um agente transformador e que contribui no combate da pobreza rural”, afirmou. O curso tem duração de três anos em regime de internato e atende jovens pequenos agricultores com idade de 16 a 26 anos.
As Casas Familiares Rurais surgiram na França em 1937 e hoje existem em mais de 30 países, nos cinco continentes.
EMATER – A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) ofereceu a possibilidade de uma complementação da formação técnica dos alunos. A ideia é destacar extensionistas para acompanhar e dar formação complementar para os alunos que estão no último ano do curso.
“As casas estão em cidades onde temos dificuldades de atuar. Com a parceria com esse grupo, esperamos ampliar o trabalho e melhorar o futuro do agricultor paranaense”, disse o diretor-presidente da Emater, Rubens Ernesto Niederheitmann. Ele afirmou que será analisada ainda a proposta de ceder 10 veículos para utilização pelas casas.

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