Governo e BB assinam contrato para
operação da folha do funcionalismo

Pelo contrato, assinado nesta segunda-feira (11) pelo governador Beto Richa e dirigentes do Banco do Brasil, a instituição pagará R$ 500 milhões para operar a folha nos próximos cinco anos
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11/07/2011 - 17:00
Editoria

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O governador Beto Richa e o presidente em exercício do Banco do Brasil, Alexandre Abreu, assinaram nesta segunda-feira (11) o contrato que atribui à instituição financeira a responsabilidade pela operação da folha de pagamento dos salários de 151 mil servidores públicos ativos durante os próximos cinco anos. O banco pagará ao Estado o valor de R$ 500 milhões, equivalente a R$ 3.301,65 por conta – o maior valor per capita obtido entre todos os governos estaduais, mesmo os que fizeram licitações com bancos privados.
O volume de recursos é cinco vezes maior do que o recebido pelo governo do Paraná em 2006, quando foi firmado o primeiro contrato com o Banco do Brasil, no valor de R$ 100 milhões (um valor per capita de R$ 882,67, considerando que o Estado tinha na época 120 mil servidores).
“O sucesso da negociação é resultado desse novo momento do Paraná, de retomada do desenvolvimento econômico e de confiança nas instituições, graças a uma gestão pública austera e responsável, cumpridora de seus compromissos”, disse o governador.
Os servidores estaduais terão uma série de benefícios, como isenção total de tarifas pelo prazo de 12 meses a partir de agosto, além de descontos especiais em produtos financeiros, como seguros pessoais e patrimoniais. “Nos últimos cinco anos, nos especializamos em atender o servidor do Paraná, e vamos atender ainda melhor”, afirmou Alexandre Abreu, que participou da solenidade acompanhado pelo superintendente estadual do BB, Paulo Roberto Meinerz, e por representantes da diretoria do banco. Também participaram da assinatura do contrato representantes da Procuradoria Geral do Estado, além do deputado federal Alfredo Kaefer.
A opção do Paraná por manter a contratação direta do banco – ao contrário de estados que fizeram licitações com bancos privados – teve o objetivo de privilegiar uma instituição pública e evitar qualquer tipo de transtorno aos servidores que já recebem os pagamentos e utilizam os serviços do banco há cinco anos.
O governador determinou que os recursos do novo contrato, quando forem recebidos pelo tesouro estadual, sejam investidos em obras e serviços públicos, para garantir novas melhorias em áreas como saúde, educação, segurança e infraestrutura. “O cidadão paranaense é o maior beneficiário dessa conquista”, afirmou Richa, que também destacou as vantagens do novo contrato para o servidor: manutenção dos mesmos números de conta, cheques e cartões, além da possibilidade de expansão do número de agências e postos de atendimento.
O secretário da Administração e Previdência, Luiz Eduardo Sebastiani, explicou que buscará mais benefícios para os servidores. “O detalhamento do contrato começa agora. Podemos garantir que, além da significativa ampliação do valor para o Estado do Paraná, os serviços terão, no mínimo, as mesmas condições, com a perspectiva de melhorias”, disse ele.
A folha de pagamento do governo do Paraná inclui 151 mil servidores, com um volume mensal de R$ 500 milhões em salários. O pagamento dos 75 mil servidores aposentados e 25 mil pensionistas é feito pela Paraná Previdência, por meio da Caixa Econômica Federal, e não está incluído no contrato com o Banco do Brasil.
MAIS INVESTIMENTOS – Pelo novo contrato, o Banco do Brasil também colocará à disposição do Paraná um volume de recursos para operações de crédito quase quatro vezes maior do que no contrato passado. O compromisso do BB é alocar R$ 32 bilhões para programas especiais do governo paranaense no período de 2011 a 2016, enquanto o valor nos últimos cinco anos foi de R$ 6,3 bilhões.
“A nossa parceria não se restringe à operação da folha de pagamento, mas se estende para ações voltadas para o desenvolvimento econômico e social do Paraná”, disse Alexandre Abreu.
Os principais programas que terão financiamento garantido pelo BB são o Programa de Agricultura Familiar, com recursos de R$ 6 bilhões já garantidos; Programa de Desenvolvimento Regional Sustentável, com R$ 1,5 bilhão, programas de geração de emprego e renda, com R$ 400 milhões, e o programa Arenito Caiuá, com R$ 2,5 bilhões até 2016.
O primeiro convênio entre o governo estadual e o BB para o Arenito Caiuá foi assinado no dia 27 de maio, no valor de R$ 500 milhões. Com os recursos, governo vai prestar apoio aos produtores para que possam investir nas cadeias produtivas da região, com assistência técnica adequada para manejar o maquinário e o solo. O BB vai treinar agricultores para que operem adequadamente determinadas culturas, incentivar o cooperativismo, recuperar Áreas de Preservação Permanente (APP) e inserir tecnologia no campo para possibilitar aos produtores ganhos com produtividade, qualidade e renda.

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