Os vencedores do 30º Prêmio Paranaense de Ciência e Tecnologia José Richa foram homenageados nesta terça-feira (3) em Curitiba. Eles receberam o prêmio do governador Beto Richa e do secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Carlos Gomes, em cerimônia no Palácio Iguaçu.
Além dos premiados e seus familiares, participaram os pesquisadores vencedores da primeira edição do prêmio (1986), representantes das universidades estaduais, institutos de pesquisa e secretarias de Estado. A partir desta edição, o prêmio passar a ser nominado José Richa, que era governador do Estado quando a iniciativa foi instituída.
Beto Richa destacou o trabalho dos profissionais e a contribuição deles para o desenvolvimento do Estado. “Agradeço a todos os que se dedicam e contribuem para o desenvolvimento sustentável e vigoroso do Estado do Paraná”.
Richa afirmou que o Governo do Paraná tem investindo fortemente na área de inovação, pesquisa e tecnologia. Ele lembrou que, quando assumiu, em 2011, as universidades tinham um orçamento de cerca de R$ 700 milhões e que, hoje, o orçamento gira em torno de R$ 2,5 bilhões.
“Fortalecemos as nossas universidades e as transformamos em centros irradiadores de conhecimento. Temos uma universidade em cada canto do Estado, contribuindo para um desenvolvimento regionalizado”, enfatizou.
VENCEDORES - Os vencedores receberam certificado e premiação em dinheiro, de acordo com cada categoria. No total, são cerca de R$ 190 mil em prêmios. Foram premiados nesta edição, da área de Ciências Humanas e Sociais, Jandir Ferrera de Lima, da Unioeste (categoria pesquisador); a professora da Universidade Estadual de Ponta Grossa, Rita de Cássia da Silva Oliveira (extensionista), a estudante de graduação Caroline Andressa Welter, da Unioeste, e Mie Francince Fukushigue Chiba, da Folha de Londrina (jornalismo).
Na área de Ciências Agrárias são vencedores das categorias pesquisador e pesquisador extensionista Carlos Alberto Scapim e Ednaldo Michellon, ambos da Universidade Estadual de Maringá; o estudante de graduação João Pedro Mariano dos Santos, da UEM, e a jornalista Gislene Maria Bastos, da RICTV Record.
VALORIZAÇÃO – O secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Carlos Gomes, afirmou que o prêmio é uma das ações do Governo do Estado de valorização da pesquisa e extensão. “Nesta edição, é também uma homenagem ao ex-governador José Richa que, há 30 anos, já priorizava a Ciência, a Tecnologia e a Inovação. O Paraná é um dos Estados que mais cresce nessa área e esse prêmio é mais um incetivo aos pesquisadores paranaenses”, afirmou Gomes.
O prêmio contempla as categorias pesquisador, extensionista, estudante de graduação, inventor independente e jornalista. Duas áreas são premiadas a cada ano em um sistema de rodízio. Neste ano, foram Ciências Humanas e Sociais e Ciências Agrárias.
RECONHECIMENTO - Para o reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e presidente da Associação Paranaense das Instituições de Ensino Superior, o prêmio é importante para estimular a pesquisa e os avanços tecnológicos e, acima de tudo, promover o desenvolvimento regional. “A inovação e o avanço da ciência faz com que ocorra o desenvolvimento da região no qual os trabalhos de extensão são realizados. Esse prêmio representa o reconhecimento da sociedade, por meio do Governo do Paraná, de um esforço coletivo”, ressaltou.
31ª EDIÇÃO – Nos próximos dias serão abertas as inscrições para o 31º edição do prêmio, que contemplará as áreas de Engenharias e de Ciências Biológicas. As informações estarão disponíveis no site da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior www.seti.pr.gov.br
PRESENÇAS - Acompanharam a solenidade os deputados estaduais Guto Silva e Missionário Ricardo Arruda; os reitores das universidades estaduais Aldo Nelson Bona (Unicentro); Mauro Luciano Baeso (UEM); Berenice Quinzani Jordão (UEL); Paulo Sergio Wolf (Unioeste); Carlos Aleixo (Unespar); o vice-reitor da UENP, Fabiano Costa; os secretários Fernanda Richa (Família e Desenvolvimento Social); José Richa Filho (Infraestrutura e Logística); Antonio Carlos Bonetti (Meio Ambiente e REcursos Hídricos); o presidente do Tecpar, Júlio Félix; o diretor do Simepar, Eduardo Alvim Leite; e o membro do Conselho Estadual de Educação, Mario Pederneiras.
BOX
Vencedores enfatizam a valorização propiciada pelo prêmio
O pesquisador da Unioeste, vencedor da área de Ciências Humanas e Sociais, Jandir Ferrera de Lima, destacou a rede de Ciência e Tecnologia como uma política pública de sucesso no Estado. “Vivemos um novo momento, de valorização da área científica e tecnológica, não só pelo setor público como também pelo privado. Uma oportunidade tanto no sentido de avanço profissional dos pesquisadores quanto na sua contribuição para ajudar no desenvolvimento da sociedade paranaense”.
Para a professora Rita de Cássia, com 26 anos dedicados ao trabalho na Universidade Aberta à Terceira Idade da UEPG, a iniciativa é uma importante valorização da extensão. “Hoje vemos que a extensão ocupa o mesmo patamar que a pesquisa e o ensino”, disse ela. “Atuo nas três linhas de ação e considero as três importantes”, afirmou.
“Tenho 22 anos de pesquisa na UEM e não há como comparar o apoio e incentivo que temos hoje com a estrutura que tínhamos no início da minha carreira como pesquisador”, afirmou o pesquisador Carlos Alberto Scapim, da UEM.
Ednaldo Michellon, também pesquisador da UEM, lembrou que a extensão é a área em que as pesquisas produzidas pelas universidades são disseminadas para a sociedade. “Receber o Prêmio José Richa é o coroamento de uma carreira, que começou justamente quando ele era governador, em 1985.”
ESTUDANTES - Os estudantes de graduação premiados Caroline Andressa Welter, da Unioeste, e João Pedro Mariano dos Santos, da UEM, comemoraram o resultado considerando um incentivo à iniciação científica. “Durante todo o curso de Ciências Econômicas eu tive o incentivo dos meus professores, o que me fez decidir pela docência”, disse Caroline. João Pedro, que já está no segundo curso de graduação, agora de Agronomia, visa fazer o mestrado com foco em extensão rural para seguir a carreira como professor e pesquisador.
JORNALISMO - A jornalista da Folha de Londrina, Mie Francine Fukushigue Chiba, concorreu na área de Ciências Humanas e Sociais com a reportagem sobre o projeto de pesquisa desenvolvido pelo Departamento de Psicologia Geral e Análise do Comportamento da Universidade Estadual de Londrina (UEL) - que utiliza o Óculos Rift e um simulador para o tratamento de diferentes fobias. “Vejo como um dever do jornalista divulgar as pesquisas realizadas para que a população esteja atualizada e também valorize o que é pesquisado na região”, disse ela.
Com a reportagem sobre um filtro natural de algas, desenvolvido pelos Institutos Lactec, para a redução da emissão de poluentes pela Usina Elétrica de Gás de Araucária, a jornalista da RICTV Record, Gislene Bastos, conquistou o prêmio na área de Ciências Agrárias. “Acredito que a contribuição para a popularização da Ciência é um papel importante do jornalista”, disse ela.
BOX 2
Confira a premiação, por categoria
Pesquisador – R$ 34.704,88
Extensionista – R$ 34.704,88
Jornalista – R$ 13.881,95
Estudante de Graduação – R$ 11.568,29