Foz do Iguaçu, Cascavel
e Campo Mourão conhecem
inovações para safra 2017

A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina apresentou os investimentos para reduzir gargalos e garantir agilidade no escoamento da safra. Cerca de 3,5 mil pessoas participaram
Publicação
24/11/2016 - 15:10

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A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) apresentou nesta semana em Foz do Iguaçu, Cascavel e Campo Mourão os investimentos públicos em infraestrutura, que totalizam cerca de R$ 600 milhões, para reduzir os gargalos e possibilitar maior agilidade e economia no escoamento da safra 2017.
Cerca de 3,5 mil pessoas, entre empresários, produtores rurais, representantes de cooperativas, de federações, das indústrias, das Associações Comerciais e público em geral participaram nas três cidades da região Oeste do Paraná, na segunda, terça e quarta-feira (21, 22 e 23), do 12o Ciclo Paranaense de Palestras.
Além do ganho de produtividade e redução nos custos para importação e exportação, os maiores investimentos públicos realizados nos portos paranaenses nas últimas décadas permitiram investimentos privados nos portos, que totalizam R$5,1 até 2030.
RECONHECIMENTO - A Coamo Agroindustrial Cooperativa é uma das empresas que está ampliando seus investimentos no Porto de Paranaguá. O superintendente Industrial da cooperativa em Campo Mourão, Divaldo Correia, presente no Ciclo de Palestras, disse que a Coamo está em Paranaguá há 26 anos e que os avanços são notáveis.
“A atual gestão mudou o porto de Paranaguá. Os investimentos públicos feitos recentemente nos dão mais segurança para investir no terminal, já que a Appa está eliminando os gargalos logísticos e pensando no futuro. Este pensamento vem ao encontro com o que a Coamo acredita: investir mais no Paraná para usufruirmos das estruturas existentes aqui”, declarou Divaldo Correia.
Ele destacou ainda, a importância do fim das filas de caminhões para os produtores rurais, cooperativas e empresas de transporte que operam no Porto de Paranaguá. “A implantação do programa carga online acabou com as filas de caminhões e hoje é um exemplo para todos os portos do país”, reforçou Divaldo.
PRÓXIMOS DOIS ANOS - Em Foz do Iguaçu, o diretor-presidente da Appa, Luiz Henrique Dividino, falou sobre os gargalos da logística no Brasil e sobre os avanços obtidos nos portos do Paraná. “Temos ainda R$ 423 milhões que serão aplicados nos próximos dois anos para projetos de infraestrutura e ações contínuas de manutenção e dragagem. Hoje, o campo e a indústria já estão colhendo os frutos dos avanços nos portos do Paraná”, ressaltou Dividino.
Já o diretor Comercial da Appa, Lourenço Fregonese, falou para produtores, empresários e interessados no cenário logístico nas cidades de Cascavel e Campo Mourão.
Ele mostrou a importância das campanhas de dragagem, a primeira reforma do cais do Porto de Paranaguá, melhorias viárias, a modernização do sistema de conferência de cargas e a aquisição de equipamentos como os quatro novos shiploaders, dez novos guindastes, novas balanças para pesagem de caminhões, tombadores, scanners e a construção de novas guaritas e novos acessos ao pátio de triagem de caminhões.
AMBIENTAL - Na área de meio ambiente, a APPA concluiu o Centro de Proteção Ambiental das Baias de Paranaguá e Antonina (CPA) - primeira base do Brasil, localizada em porto público, e que integra o atendimento à fauna petrolizada com o atendimento a emergências ambientais envolvendo derramamentos químicos e de óleo.
Somando-se a isso, já foram licitados R$183 milhões para modernização dos berços 201 e 202 e ampliação em 100 metros do cais do berço 201 - sentido Oeste. Os projetos dos novos píeres já estão prontos, além da ampliação do pátio de triagem.
“O Porto hoje é o grande indutor de investimento do Estado e, justamente por isso, estamos ampliando as discussões sobre a modernização de ferrovias e rodovias”, declarou Fregonese.
PERSPECTIVAS DA ECONOMIA - O economista Gustavo Loyola foi o palestrante do 12o Ciclo Paranaense de Palestras. Ele abordou as perspectivas da economia brasileira e o cenário econômico internacional.
Para Loyola, que é doutor em Economia pela Fundação Getúlio Vargas e foi presidente do Banco Central (BC) em duas ocasiões, a crise econômica do Brasil tem origem política. No entanto, a avaliação do economista é otimista. Entre seus apontamentos, ele acredita que o país precisa expandir a sua capacidade produtiva para atrair novos investimentos e oportunidades.
”Os sinais vitais da economia brasileira estão melhorando. Todos estão mais otimistas. A produção industrial e a produção de veículos estão mudando e temos indicadores da retomada moderada do crescimento do PIB em 2017 e 2018”, mencionou Loyola.
CICLO - Na próxima semana, o 12o Ciclo Paranaense de Palestras será em Maringá (28 de novembro) e, em Londrina (29 de novembro).

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