Exposição interativa chega ao Palacete dos Leões, o Espaço Cultural do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), em Curitiba, nesta quinta-feira (18). Com abertura às 19h, a mostra “Moeda de Círculo-Ação”, do grupo Magma Terras, traz o conceito da moeda a partir da troca de experiências e de percepções individuais, possibilitando a intermediação de valores entre o grupo e o público. São centenas de moedas de diferentes tamanhos, valores e significados, que partem da cerâmica como material principal. A exposição fica aberta até 15 de agosto, de segunda a sexta-feira, das 12h30 às 18h30. A entrada é gratuita.
O Magma Terras formou-se em 2010, no curso de cerâmica do atelier do Museu Alfredo Andersen, em Curitiba. Andréa Caselli, Arlinda Fernandes, Isabelle Catucci, Joyce Fernandes e Vanessa Amaral se aliaram para explorar técnicas em cerâmica e outros materiais. Segundo Isabelle Catucci, o princípio da exposição é mostrar que a moeda não representa apenas trocas econômicas.
“Pesquisamos a história da moeda e descobrimos que existem moedas de diversos materiais, como por exemplo, a cerâmica e a porcelana. Estudamos também como funciona a troca e transformamos esse conceito como estratégia de pensamento plástico”, explicou Isabelle.
O grupo concebeu um espaço para a troca das moedas. “A pessoa que chega, além de ver a exposição e interagir, pode trazer uma moeda pronta de qualquer material ou escrever um valor, conceito, ou significado num papel em branco e trocar por uma das moedas do grupo. Ela leva para casa a nossa arte e nós levamos as moedas do público para outras exposições itinerantes”, ressaltou.
CONCEITOS – Andréa Casseli, que é administradora, traz ao Palacete dos Leões, o princípio as palavras amáveis. “Inicialmente, a ideia era um jogo de dominó das palavras amáveis, então eu escrevi em moedas grandes palavras, como por exemplo, a bondade. Nessa exposição fiz uma moeda gigante em formato de labirinto. Então, os visitantes vão interagir com a obra e vão ajudar a completar o labirinto com as palavras amáveis que preferirem”, explicou a artista.
O intuito de Arlinda Fernandes, formada em Escultura pela Escola de Belas Artes do Paraná, é apresentar a linha como ponto de partida. “A minha proposta é a troca de linhas que parece ser simples, mas é bastante complexa. Trato a linha dentro das moedas através de conexões com pontos. A linha sai do espaço bidimensional da moeda e vira tridimensional”, esclareceu.
Isabelle Catucci, escultora e mestre em Antropologia Social pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), trabalha com o conceito do jogo ideológico. “Quando jogamos uma moeda para cima e apostamos alguma coisa pensamos no que é ‘meu’ e no que é ‘seu’. Mas, esquecemos que a moeda é tridimensional, então não existem só os dois lados da moeda, tem um terceiro lado que é a parte limítrofe, ou seja, é o lado intermediário que, na minha poética, representa o ‘nosso’. Portanto, a ideia é passar de um jogo ideológico de deterioração individual para um jogo de comum acordo”, esclareceu a artista.
Joyce Fernandes usa a ilusão e beleza como conceito de troca nas suas moedas. Ela trabalha com o vidro dentro da porcelana. “É a troca dos valores utópicos. A primeira ideia é baseada naquela lenda do pote de ouro no final do arco-íris. Deste modo, o conceito traz o que as pessoas buscam, mas na verdade não alcançam. Num segundo momento, falo do caminho para alcançar essas utopias, é o que a pessoa guarda para si e vai desenvolvendo durante a vida”, afirmou, Joyce que é engenheira civil e trabalha com design de interiores.
Por fim, Vanessa Amaral, usa a sua profissão para explicar a poética das moedas. “Sou psicóloga e transferi os meus conhecimentos para a arte. A minha proposta são dois símbolos, o primeiro é o símbolo da psicologia, a Psi, que é a vigésima terceira letra do alfabeto grego e significa estudo a alma. O segundo símbolo é a espiral”. Segundo ela, a base do processo é inspirada na jornada de Dante, que no livro Divina Comédia vai do céu ao inferno. “A minha proposta a identificação das pessoas com o espiral, que significa o desenvolvimento. Pode ser para cima, no caso para o céu, ou seja, o alcance dos objetivos, ou para baixo, que não significa exatamente o inferno, mas um processo de aprofundamento que é necessário para o alcance do desenvolvimento pessoal”, ressalvou Venessa.
PALACETE - Considerado por artistas e críticos um dos espaços culturais mais nobres da capital paranaense, o Palacete dos Leões, por si só, é uma obra de arte. Construído em 1902, o espaço é tombado pelo patrimônio histórico e é testemunho do ciclo da erva-mate, um dos períodos mais prósperos da economia paranaense. Inaugurado em junho de 2005 como Espaço Cultural BRDE, o casarão já recebeu artistas de muitos segmentos. Além do incentivo a exposições, o espaço também é propício para apresentações musicais e lançamentos de livros.
Serviço
Exposição: “Moeda de Círculo-Ação” - grupo Magma Terras.
Abertura: 18 de julho, às 19h.
Visitação: de 19 de julho a 15 de agosto, de segunda a sexta-feira, das 12h30 às 18h30.
Entrada: gratuita.
Endereço: Palacete dos Leões - Avenida João Gualberto, nº 570, Alto da Glória, Curitiba.
Estacionamento: próprio e gratuito.
Saiba mais sobre o trabalho do governo do Estado em:
www.facebook.com/governopr e www.pr.gov.br
O Magma Terras formou-se em 2010, no curso de cerâmica do atelier do Museu Alfredo Andersen, em Curitiba. Andréa Caselli, Arlinda Fernandes, Isabelle Catucci, Joyce Fernandes e Vanessa Amaral se aliaram para explorar técnicas em cerâmica e outros materiais. Segundo Isabelle Catucci, o princípio da exposição é mostrar que a moeda não representa apenas trocas econômicas.
“Pesquisamos a história da moeda e descobrimos que existem moedas de diversos materiais, como por exemplo, a cerâmica e a porcelana. Estudamos também como funciona a troca e transformamos esse conceito como estratégia de pensamento plástico”, explicou Isabelle.
O grupo concebeu um espaço para a troca das moedas. “A pessoa que chega, além de ver a exposição e interagir, pode trazer uma moeda pronta de qualquer material ou escrever um valor, conceito, ou significado num papel em branco e trocar por uma das moedas do grupo. Ela leva para casa a nossa arte e nós levamos as moedas do público para outras exposições itinerantes”, ressaltou.
CONCEITOS – Andréa Casseli, que é administradora, traz ao Palacete dos Leões, o princípio as palavras amáveis. “Inicialmente, a ideia era um jogo de dominó das palavras amáveis, então eu escrevi em moedas grandes palavras, como por exemplo, a bondade. Nessa exposição fiz uma moeda gigante em formato de labirinto. Então, os visitantes vão interagir com a obra e vão ajudar a completar o labirinto com as palavras amáveis que preferirem”, explicou a artista.
O intuito de Arlinda Fernandes, formada em Escultura pela Escola de Belas Artes do Paraná, é apresentar a linha como ponto de partida. “A minha proposta é a troca de linhas que parece ser simples, mas é bastante complexa. Trato a linha dentro das moedas através de conexões com pontos. A linha sai do espaço bidimensional da moeda e vira tridimensional”, esclareceu.
Isabelle Catucci, escultora e mestre em Antropologia Social pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), trabalha com o conceito do jogo ideológico. “Quando jogamos uma moeda para cima e apostamos alguma coisa pensamos no que é ‘meu’ e no que é ‘seu’. Mas, esquecemos que a moeda é tridimensional, então não existem só os dois lados da moeda, tem um terceiro lado que é a parte limítrofe, ou seja, é o lado intermediário que, na minha poética, representa o ‘nosso’. Portanto, a ideia é passar de um jogo ideológico de deterioração individual para um jogo de comum acordo”, esclareceu a artista.
Joyce Fernandes usa a ilusão e beleza como conceito de troca nas suas moedas. Ela trabalha com o vidro dentro da porcelana. “É a troca dos valores utópicos. A primeira ideia é baseada naquela lenda do pote de ouro no final do arco-íris. Deste modo, o conceito traz o que as pessoas buscam, mas na verdade não alcançam. Num segundo momento, falo do caminho para alcançar essas utopias, é o que a pessoa guarda para si e vai desenvolvendo durante a vida”, afirmou, Joyce que é engenheira civil e trabalha com design de interiores.
Por fim, Vanessa Amaral, usa a sua profissão para explicar a poética das moedas. “Sou psicóloga e transferi os meus conhecimentos para a arte. A minha proposta são dois símbolos, o primeiro é o símbolo da psicologia, a Psi, que é a vigésima terceira letra do alfabeto grego e significa estudo a alma. O segundo símbolo é a espiral”. Segundo ela, a base do processo é inspirada na jornada de Dante, que no livro Divina Comédia vai do céu ao inferno. “A minha proposta a identificação das pessoas com o espiral, que significa o desenvolvimento. Pode ser para cima, no caso para o céu, ou seja, o alcance dos objetivos, ou para baixo, que não significa exatamente o inferno, mas um processo de aprofundamento que é necessário para o alcance do desenvolvimento pessoal”, ressalvou Venessa.
PALACETE - Considerado por artistas e críticos um dos espaços culturais mais nobres da capital paranaense, o Palacete dos Leões, por si só, é uma obra de arte. Construído em 1902, o espaço é tombado pelo patrimônio histórico e é testemunho do ciclo da erva-mate, um dos períodos mais prósperos da economia paranaense. Inaugurado em junho de 2005 como Espaço Cultural BRDE, o casarão já recebeu artistas de muitos segmentos. Além do incentivo a exposições, o espaço também é propício para apresentações musicais e lançamentos de livros.
Serviço
Exposição: “Moeda de Círculo-Ação” - grupo Magma Terras.
Abertura: 18 de julho, às 19h.
Visitação: de 19 de julho a 15 de agosto, de segunda a sexta-feira, das 12h30 às 18h30.
Entrada: gratuita.
Endereço: Palacete dos Leões - Avenida João Gualberto, nº 570, Alto da Glória, Curitiba.
Estacionamento: próprio e gratuito.
Saiba mais sobre o trabalho do governo do Estado em:
www.facebook.com/governopr e www.pr.gov.br