Exportações cresceram
14% de janeiro a
maio no Paraná

Impulsionadas pela soja, carnes, açúcar, automóveis e caminhões, as vendas passaram de US$ 6,37 bilhões, no ano passado, para US$ 7,28 bilhões em 2017
Publicação
29/06/2017 - 10:50
Editoria

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As exportações do Paraná aumentaram 14,2% nos primeiros cinco meses do ano, passando de US$ 6,37 bilhões, no ano passado, para US$ 7,28 bilhões em 2017. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) ligada ao Ministério do Desenvolvimento, da Indústria e do Comércio (MDIC). Os embarques foram impulsionados pelas exportações de soja, carnes, açúcar, automóveis e caminhões.
A supersafra desse ano vem ajudando a manter a soja em grão no topo da pauta de exportações do Estado. A receita de embarques de janeiro a maio aumentou 10,2%, de US$ 1,81 bilhão para US$ 1,99 bilhão. “A produção excedente com a supersafra está sendo escoada para o exterior, movimento que se beneficia dos preços relativamente bons no mercado internacional e do câmbio”, diz Julio Suzuki Júnior, diretor presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes).
Mesmo com as restrições de mercados importadores depois da Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal em 17 de março, as exportações de carne de frango e suína seguiram em alta no Estado. A receita dos embarques de frango in natura aumentou 13,3%, de US$ 826,8 milhões para US$ 936,96 milhões. As exportações de carne suína in natura, por sua vez, aumentaram 32,5%, de US$ 59,9 milhões para US$ 79,34 milhões.
MATERIAL DE TRANSPORTE - As vendas de automóveis, principalmente para a Argentina, tiveram alta de 72,7%, passando de US$ 224,19 milhões para US$ 387,16 milhões. Os embarques de veículos de carga, principalmente caminhões, tiveram incremento de 93,9%, de US$ 87,35 milhões para US$ 169,4 milhões. A Argentina é o segundo maior mercado comprador de produtos do Estado, responsável por 11% dos embarques. O maior mercado é a China, com 31% de participação.
CELULOSE - O início da produção da nova fábrica de celulose da Klabin, em Ortigueira, nos Campos Gerais, provocou um salto de 942,3% nas exportações do produto, que passou de US$ 19,15 milhões para US$ 199,59 milhões. A celulose já é o sétimo produto em participação (2,7%) na pauta de exportações do Estado. Os embarques de açúcar bruto, por sua vez, foram outro destaque, com alta de 41,6%, de US$ 183,6 milhões para US$ 259,9 milhões.
PIB - Para Suzuki Júnior, as exportações devem ter peso na retomada da economia estadual em 2017. De janeiro a março, as vendas externas ajudaram a impulsionar o Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná, que cresceu 2,5%, interrompendo uma trajetória de oito trimestres de queda. “Isso pode ser explicado, em parte, porque a economia do Paraná é mais influenciada pelas exportações do que a média brasileira. Pelo menos 12% do PIB vem das exportações, contra um índice de 9% a 10% no Brasil”, diz.
IMPORTAÇÕES - As importações também tiveram alta de janeiro a maio, quando passaram de US$ 4,11 bilhões em 2016, para US$ 4,61 bilhões no mesmo período de 2017. O avanço foi de 11,9%. Os destaques ficaram por conta de produtos vinculados à retomada da economia, como óleos e combustíveis, com aumento de 232,4%, de US$ 177,3 milhões para US$ 589,4 milhões.
As importações de derivados de petróleo diversos tiveram aumento de 469,2%, de US$ 33,73 milhões para US$ 192 milhões, e as de veículos de carga aumentaram 79,3%, de US$ 83,5 milhões para US$ 149,7 milhões.

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