As fortes chuvas que atingiram o Litoral do Paraná no início de 2011 foram o estopim para que o Governo do Estado mudasse sua política de prevenção e resposta a desastres. Desde então, foram investidos R$ 25 milhões na área e outros R$ 44 milhões serão destinados até o final de 2017 para a modernização da infraestrutura de monitoramento e previsão hidrometeorológica, o mapeamento das áreas de risco, obras de infraestrutura nos municípios e desenvolvimento de sistemas de gestão e redução dos riscos de desastres.
Os investimentos do governo estadual fazem parte do programa de Fortalecimento e Gestão de Risco de Desastres, criado logo após o desastre de 2011. O programa é coordenado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos e integra órgãos como a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil, Simepar, Instituto das Águas do Paraná, Serviço Geológico do Paraná (Mineropar) e o Instituto de Terras, Cartografia e Geociências do Paraná (ITCG).
São três eixos de atuação: fortalecimento da infraestrutura de prevenção, com aquisição de radares, bases meteorológicas e equipamentos; investimento em conhecimento, que inclui o mapeamento das áreas de risco e revisão cartográfica do Estado; e a articulação institucional, com a ampliação das políticas de Proteção e Defesa Civil e a criação do Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres (Ceped).
“O Paraná se posicionou frente aos desafios das mudanças climáticas e elaborou o mais ambicioso programa de gestão de desastres do Brasil”, afirmou o coordenador do programa, José Rubel, que também coordena o setor de Mudanças Climáticas da Secretaria do Meio Ambiente. “Além de tratar dos desastres presentes, o programa prepara o Paraná para o futuro. A previsão é de que tenhamos, nos próximos anos, uma maior frequência dos eventos atmosféricos extremos”, salientou.
Para Rupel, além da preparação do Estado, a ocupação das áreas urbanas e os cuidados com os solos e rios também devem ser uma preocupação dos municípios. “Quando há chuvas intensas, os prefeitos não devem olhar para o céu e culpar São Pedro, mas observar se há drenagem do solo e uma infraestrutura adequada nas cidades”, salientou. “Grande parte dos desastres ocorre devido à ocupação inadequada do solo, à falta de cobertura florestal e à destruição das matas ciliares dos rios”, explicou.
PREVENÇÃO E RESPOSTA – Com a ampliação das ações de prevenção e resposta a desastres, o Paraná se tornou o primeiro e único estado brasileiro em que 100% dos municípios têm um Plano Municipal de Contingência de Proteção e Defesa Civil. O plano conta com o mapeamento das áreas de risco e todas as informações necessárias para garantir a resposta em casos de desastres, como os locais designados para receber as pessoas desabrigadas e os recursos existentes para o atendimento à população.
“Atuamos em conjunto com os municípios, as instituições governamentais, universidades e sociedade civil para prevenir e dar respostas rápidas em caso de desastres”, explicou o coordenador executivo da Defesa Civil Estadual, tenente-coronel Edemilson de Barros. “Nosso maior objetivo é preservar a vida e tornar o Paraná um estado resiliente e seguro para todos que vivem aqui”, ressaltou.
Todos os municípios paranaenses têm acesso ao Sistema Informatizado da Defesa Civil do Estado, que facilita a construção do plano de contingência e o preenchimento dos documentos necessários para buscar recursos de outras esferas de governo. O sistema de gestão de riscos foi premiado pela Organização das Nações Unidas (ONU), além de ser apresentado na Conferência Mundial das Nações Unidas sobre a Redução do Risco de Desastres, em 2015.
METEOROLOGIA – Um dos principais focos do programa de Fortalecimento e Gestão de Risco de Desastres é o investimento na área de monitoramento hidrometeorológico.
Em 2014, o Governo do Estado destinou R$ 10 milhões para a instalação de um radar no município de Cascavel, que permite identificar as tempestades severas e quantificar a chuva em todo o Oeste do Estado. O equipamento complementa o monitoramento feito por outro radar do Simepar, localizado em Teixeira Soares, na região Central.
Mais cinco radares Banda X serão instalados neste ano na Região Metropolitana de Curitiba, Litoral, Londrina e Maringá. “Isso vai permitir um monitoramento de todas as regiões Estado. O Paraná será o estado com a melhor cobertura meteorológica do Brasil”, afirmou o diretor do Simepar, Eduardo Alvim.
Também já foram investidos R$ 4,5 milhões para a instalação de 137 estações hidrológicas, que permitem o monitoramento das chuvas em todas as regiões do Paraná. O governo também adquiriu um computador de alto desempenho para melhorar as previsões meteorológicas e permitir simulações matemáticas de cenários climáticos do Estado, além de estações móveis e fixas para o monitorar a atmosfera urbana.
Para Alvim, o fortalecimento do sistema de prevenção é importante para preparar os municípios e minimizar os efeitos dos fenômenos climáticos. “As mudanças climáticas são uma realidade e os fenômenos extremos só tendem a aumentar nos próximos anos”, explicou. “Por isso, é necessário conhecer esses fenômenos e tornar as cidades mais resilientes, com planejamento urbano e estruturas permanentes de estudo. Assim, evitamos as perdas humanas e materiais”, ressaltou.
COOPERAÇÃO INTERNACIONAL – A instalação dos radares Banda X é resultado de uma parceria entre o Governo do Paraná, por meio da Defesa Civil e do Simepar, a Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) e empresa japonesa JRC.
A tecnologia dos radares inclui um Sistema de Previsão de Deslizamentos, que coleta as informações pluviométricas que são cruzadas com as informações dos deslizamentos já ocorridos nesta região. Isso possibilitará a indicação de prováveis ocorrências, permitindo a emissão de alertas antecipados de desastres.
Ao todo serão instalados cinco radares no Litoral, Região Metropolitana de Curitiba e nas cidades no entorno de Londrina e Maringá. Foram investidos R$ 16 milhões nos equipamentos.
PARA 2017 – Para este ano, estão previstos investimentos de R$ 44 milhões para o programa de Fortalecimento e Gestão de Riscos e Desastres.
Serão adquiridos novos sensores hidrometeorológicos, no valor de R$ 2,5 milhões, para expandir o monitoramento nos municípios com histórico de desastres. Outros R$ 2,5 milhões serão destinados para a operação de uma rede de monitoramento e estudos de alerta de inundações.
Está prevista, ainda, a expansão do sistema de detecção de descargas atmosféricas, para evitar acidentes com raios no Estado, além do mapeamento das áreas de risco de deslizamentos.
A sede da Defesa Civil Estadual, em Curitiba, está recebendo investimentos para a implantação do Centro Estadual de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cegerd), que vai congregar informações de diversos órgãos para fazer o alerta de desastre aos municípios, além de centralizar a gestão em caso de eventos climáticos. As 16 coordenadorias também serão equipadas para funcionarem como centros regionais de gestão de desastres.
Os investimentos do governo estadual fazem parte do programa de Fortalecimento e Gestão de Risco de Desastres, criado logo após o desastre de 2011. O programa é coordenado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos e integra órgãos como a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil, Simepar, Instituto das Águas do Paraná, Serviço Geológico do Paraná (Mineropar) e o Instituto de Terras, Cartografia e Geociências do Paraná (ITCG).
São três eixos de atuação: fortalecimento da infraestrutura de prevenção, com aquisição de radares, bases meteorológicas e equipamentos; investimento em conhecimento, que inclui o mapeamento das áreas de risco e revisão cartográfica do Estado; e a articulação institucional, com a ampliação das políticas de Proteção e Defesa Civil e a criação do Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres (Ceped).
“O Paraná se posicionou frente aos desafios das mudanças climáticas e elaborou o mais ambicioso programa de gestão de desastres do Brasil”, afirmou o coordenador do programa, José Rubel, que também coordena o setor de Mudanças Climáticas da Secretaria do Meio Ambiente. “Além de tratar dos desastres presentes, o programa prepara o Paraná para o futuro. A previsão é de que tenhamos, nos próximos anos, uma maior frequência dos eventos atmosféricos extremos”, salientou.
Para Rupel, além da preparação do Estado, a ocupação das áreas urbanas e os cuidados com os solos e rios também devem ser uma preocupação dos municípios. “Quando há chuvas intensas, os prefeitos não devem olhar para o céu e culpar São Pedro, mas observar se há drenagem do solo e uma infraestrutura adequada nas cidades”, salientou. “Grande parte dos desastres ocorre devido à ocupação inadequada do solo, à falta de cobertura florestal e à destruição das matas ciliares dos rios”, explicou.
PREVENÇÃO E RESPOSTA – Com a ampliação das ações de prevenção e resposta a desastres, o Paraná se tornou o primeiro e único estado brasileiro em que 100% dos municípios têm um Plano Municipal de Contingência de Proteção e Defesa Civil. O plano conta com o mapeamento das áreas de risco e todas as informações necessárias para garantir a resposta em casos de desastres, como os locais designados para receber as pessoas desabrigadas e os recursos existentes para o atendimento à população.
“Atuamos em conjunto com os municípios, as instituições governamentais, universidades e sociedade civil para prevenir e dar respostas rápidas em caso de desastres”, explicou o coordenador executivo da Defesa Civil Estadual, tenente-coronel Edemilson de Barros. “Nosso maior objetivo é preservar a vida e tornar o Paraná um estado resiliente e seguro para todos que vivem aqui”, ressaltou.
Todos os municípios paranaenses têm acesso ao Sistema Informatizado da Defesa Civil do Estado, que facilita a construção do plano de contingência e o preenchimento dos documentos necessários para buscar recursos de outras esferas de governo. O sistema de gestão de riscos foi premiado pela Organização das Nações Unidas (ONU), além de ser apresentado na Conferência Mundial das Nações Unidas sobre a Redução do Risco de Desastres, em 2015.
METEOROLOGIA – Um dos principais focos do programa de Fortalecimento e Gestão de Risco de Desastres é o investimento na área de monitoramento hidrometeorológico.
Em 2014, o Governo do Estado destinou R$ 10 milhões para a instalação de um radar no município de Cascavel, que permite identificar as tempestades severas e quantificar a chuva em todo o Oeste do Estado. O equipamento complementa o monitoramento feito por outro radar do Simepar, localizado em Teixeira Soares, na região Central.
Mais cinco radares Banda X serão instalados neste ano na Região Metropolitana de Curitiba, Litoral, Londrina e Maringá. “Isso vai permitir um monitoramento de todas as regiões Estado. O Paraná será o estado com a melhor cobertura meteorológica do Brasil”, afirmou o diretor do Simepar, Eduardo Alvim.
Também já foram investidos R$ 4,5 milhões para a instalação de 137 estações hidrológicas, que permitem o monitoramento das chuvas em todas as regiões do Paraná. O governo também adquiriu um computador de alto desempenho para melhorar as previsões meteorológicas e permitir simulações matemáticas de cenários climáticos do Estado, além de estações móveis e fixas para o monitorar a atmosfera urbana.
Para Alvim, o fortalecimento do sistema de prevenção é importante para preparar os municípios e minimizar os efeitos dos fenômenos climáticos. “As mudanças climáticas são uma realidade e os fenômenos extremos só tendem a aumentar nos próximos anos”, explicou. “Por isso, é necessário conhecer esses fenômenos e tornar as cidades mais resilientes, com planejamento urbano e estruturas permanentes de estudo. Assim, evitamos as perdas humanas e materiais”, ressaltou.
COOPERAÇÃO INTERNACIONAL – A instalação dos radares Banda X é resultado de uma parceria entre o Governo do Paraná, por meio da Defesa Civil e do Simepar, a Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) e empresa japonesa JRC.
A tecnologia dos radares inclui um Sistema de Previsão de Deslizamentos, que coleta as informações pluviométricas que são cruzadas com as informações dos deslizamentos já ocorridos nesta região. Isso possibilitará a indicação de prováveis ocorrências, permitindo a emissão de alertas antecipados de desastres.
Ao todo serão instalados cinco radares no Litoral, Região Metropolitana de Curitiba e nas cidades no entorno de Londrina e Maringá. Foram investidos R$ 16 milhões nos equipamentos.
PARA 2017 – Para este ano, estão previstos investimentos de R$ 44 milhões para o programa de Fortalecimento e Gestão de Riscos e Desastres.
Serão adquiridos novos sensores hidrometeorológicos, no valor de R$ 2,5 milhões, para expandir o monitoramento nos municípios com histórico de desastres. Outros R$ 2,5 milhões serão destinados para a operação de uma rede de monitoramento e estudos de alerta de inundações.
Está prevista, ainda, a expansão do sistema de detecção de descargas atmosféricas, para evitar acidentes com raios no Estado, além do mapeamento das áreas de risco de deslizamentos.
A sede da Defesa Civil Estadual, em Curitiba, está recebendo investimentos para a implantação do Centro Estadual de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cegerd), que vai congregar informações de diversos órgãos para fazer o alerta de desastre aos municípios, além de centralizar a gestão em caso de eventos climáticos. As 16 coordenadorias também serão equipadas para funcionarem como centros regionais de gestão de desastres.