O Colégio Estadual do Campo Professor Luiz Andrade, localizado na comunidade rural Passa Quatro, no município de Turvo (região central do Estado) desenvolve há um ano o projeto “Reciclar é Arte” com estudantes, funcionários e comunidade. A atividade consiste no reaproveitamento de latas de alumínio e embalagens de vidro, com o objetivo incentivar a reciclagem e combater focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika vírus e chikungunya.
O trabalho funciona no turno complementar com a intenção de diminuir do acúmulo de lixo na escola e no entorno, difundir e valorizar a prática artística e o artesanato, além de aproximar a comunidade do cotidiano escolar.
“O resultado do trabalho feito pelos alunos foi tão grande que as pessoas começaram a procurar a escola para comprar o material reciclado”, contou a diretora Gismeire Hamann Andrade. A venda e administração dos recursos obtidos são feitas pela Associação de Pais e Mestres e Funcionários (APMF). Com o dinheiro a escola comprou mais de 100 títulos literários para a biblioteca e utensílios para atividades pedagógicas.
O colégio atende 103 estudantes do ensino fundamental e do médio. Inicialmente a oficina era ofertada apenas aos alunos do ensino médio. “No começo participavam até 40 estudantes dependendo da série. Agora ampliamos as atividades para os pais”, disse Gismeire. Segundo ela, a expansão do projeto tem como objetivo difundir o hábito da reciclagem na comunidade e incentivar a participação dos pais nas atividades desenvolvidas pela escola.
MÃO NA MASSA – Na oficina, latinhas de alumínio viram porta-lápis e para alunos e pais, e porta-chá para professores e funcionários. Em um ano já foram recicladas mais de mil latas de alumínio e 90 frascos de vidros arrecadados pelos estudantes, doados por escolas da região e pela comunidade. Além das doações, materiais como tintas, pincéis e estampas são adquiridos pela APMF com as vendas do artesanato.
“Aprendemos muitas coisas como técnicas de pintura, mas o mais importante é proteger o meio ambiente”, disse o aluno Gabriel de Oliveira, 15 anos, do 1° ano o ensino médio, que participa do projeto desde o início.
Durante as aulas os alunos aprendem a pintar e confeccionar os artesanatos. O material é tratado, pintado, estampado e finalizado com tinta verniz. “Sempre gostei de desenhar e pintar e o projeto chamou minha atenção, por estar em um lugar que eu gosto e fazer algo criativo e prazeroso”, contou a aluna Samira Pereira Tluscika, 15 anos, do 2° ano do ensino médio.