Empresariado pede
retomada da discussão
sobre duplicação e tarifas

Grupo defende extensão dos atuais contratos desde que a negociação assegure as obras no Anel de Integração e a redução dos preços do pedágio
Publicação
14/05/2015 - 15:24
Editoria

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Um grupo formado pelas principais instituições de representação empresarial do Paraná encaminhou ofício ao governador Beto Richa solicitando a abertura de negociações com as empresas que administram as rodovias que formam o Anel de Integração. Os empresários pedem a redução das tarifas e a duplicação das estradas pedagiadas. No documento, as entidades sustentam que é possível chegar a uma solução para a questão, mesmo “se for necessário ampliar o prazo das (atuais) concessões”. “O Paraná não pode esperar mais longos anos para que seja dada uma solução aos problemas de infraestrutura viária”, anota o ofício.
“Sabemos que o Estado já fez várias ações para renegociar os contratos. Agora é hora da sociedade se mobilizar. Não dá para esperar pelo fim das atuais concessões para tentar baixar as tarifas. É preciso uma solução mais rápida e definitiva”, defende o presidente da Federação da Agricultura do Paraná (Faep) Ágide Meneguette.
O secretário-chefe da Casa Civil, Eduardo Sciarra, explica que a maior parte das rodovias que formam o Anel de Integração é federal, e os trechos estão delegados ao Estado do Paraná até 2022. Com base nos atuais contratos, qualquer mudança precisa da anuência da União.
“É uma demanda da sociedade que o Estado tem que avaliar para dar o melhor encaminhamento. Mas já informamos de antemão que qualquer medida que implique em alteração no tempo dos contratos envolve o governo federal, em função da delegação”, disse Sciarra.
“O pedido enviado ao governo passa agora por uma avaliação técnica e jurídica da comissão estadual formada exclusivamente para cuidar das concessões”, informa o secretário da Infraestrutura e Logística, José Richa Filho.
Segundo ele, o diálogo com as concessionárias já permitiu a antecipação de obras importantes, que somam R$ 1,5 bilhão. Entre elas está a duplicação da Rodovia do Café, entre Ponta Grossa e Apucarana. “A relação com as empresas melhorou, ampliamos os investimentos, mas tudo respaldado no contrato em vigor”, afirma.
ECONOMIA - Os empresários sustentam que o momento econômico exige a retomada das negociações com as concessionárias para ampliação do volume de obras e redução dos preços das tarifas. Para as empresas é necessário buscar novas alternativas já que o pedágio “envolve o custo no transporte da produção agrícola e de mercadorias em geral, com consequentes reflexos no comércio, indústria e serviços”.
O documento enviado para o Governo do Estado foi assinado pelos presidentes da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Ágide Meneguette; Federação do Comércio do Estado do Paraná (Fecomércio), Darci Piana; Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap), Guido Bresolin; Associação Comercial do Paraná (ACP), Antonio Miguel Espolador Neto; e Sérgio Malucelli, da Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar).
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