Os programas e ações do Governo do Paraná voltados ao crescimento da economia estadual foram detalhados pelo secretário da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Ricardo Barros, na noite desta terça-feira (26), ao conselho político da Associação Comercial do Paraná (ACP).
O secretário reforçou que o Governo do Paraná trabalha para fortalecer o setor produtivo paranaense e atrair o maior número de investimentos, sejam nacionais ou estrangeiros. “O capital é amigo do Estado. É a determinação do governador Beto Richa. Queremos empreendimentos que gerem empregos e aumentem a renda da nossa população”, disse.
Ricardo falou sobre o Paraná Competitivo e os ramos de atuação do programa; explicou o projeto “Pontal do Pré-sal”, que pretende atrair para o Litoral do Estado fornecedores de bens e serviços para a exploração do pré-sal; e reiterou o objetivo de interiorizar os investimentos industriais com a qualificação de mão de obra e a construção de barracões industriais.
Segundo ele, o interesse político do governo em aproximar os setores público e privado se refletiu na criação do programa Paraná Competitivo. “É um programa que nasce de diálogos com diversas áreas do setor produtivo. Temos a obrigação de melhorar a competitividade do Paraná frente a outros estados e países. Estamos disputando indústrias que somam milhões e milhões em investimentos”, ressaltou, ao lembrar que o Estado está sendo sondando por mais de 70 grupos empresariais que estudam se instalar aqui ou ampliar as suas plantas industriais.
O secretário explicou que o Paraná Competitivo é dividido em câmaras temáticas: fiscal, infraestrutura, internacionalização, desburocratização, crédito e de mão de obra. “A política fiscal do Estado foi modernizada e flexibilizada. Hoje podemos analisar caso a caso os pleitos e efetivamente brigar por empreendimentos”.
A Câmara de Internacionalização, que foca no aumento da representatividade do Paraná nos mercados internacionais, deve ser concluída em breve com a criação da Agência de Internacionalização do Paraná. As discussões sobre como melhorar a infraestrutura existente no Estado estão em andamento.
De acordo com Ricardo, o próximo foco do programa é a qualificação da mão de obra. Como nas outras câmaras, serão reunidos diferentes agentes. “ Vamos abrir o diálogo com o sistema S, com as secretarias estaduais do Trabalho, da Educação, da Ciência e Tecnologia, com as federações, sindicatos e com o setor produtivo. Discutiremos a eficiência dos cursos existentes e a criação de novos”.
PRÉ-SAL – O secretário também explicou que o governo articula com os setores público e privado a criação do “Pontal do Pré-sal”, um programa para incentivar as empresas paranaenses a se tornarem fornecedores de bens e serviços para a Petrobras nos próximos anos.
“O Paraná não vai perder essa oportunidade de desenvolvimento. Com o Pontal do Pré-sal vamos dar condições para as empresas se instalarem em outras cidades, como Paranaguá e Antonina”, ressaltou.
Ricardo Barros afirmou ainda que já existem diversos empreendimentos em fase de licenciamento ambiental para se instalarem no Litoral do Estado. A previsão é de que geram mais de seis mil empregos diretos. “Serão produzidos dutos que são utilizados para a comunicação entre os poços e as plataformas, partes de plataformas, navios e embarcações, entre outras atividades”, informou.
APOIO – A mudança de postura do Governo do Paraná em relação ao setor produtivo foi elogiada pelos dirigentes da Associação Comercial do Paraná. O presidente da entidade, Edson José Ramon, lembrou que a ACP e a classe empresarial do Estado há muito tempo não participavam de discussões e decisões relativas à economia do Estado. “Queremos e vamos colaborar com o O vice-presidente da ACP, Sinval Lobato Machado, disse que a classe empresarial já sente as mudanças de postura do governo: “Estávamos há oito anos com dificuldades de diálogo. Agora temos uma situação oposta, e essa parceria com o governo já está sendo reativada”.
O coordenador do conselho político, Marco Antonio Peixoto, destacou a presença do secretário Ricardo Barros e o interesse do governo em ouvir o setor. “Estamos abertos e dispostos a auxiliar”.