Em 2015, vendas do varejo
recuaram em 3,2% no Paraná
e 4,3% no Brasil

(ATUALIZADA) Móveis, livros e jornais, calçados e eletrodomésticos estão entre os que mais sofreram queda. Em dezembro houve queda de 9% nas vendas no Estado e de 7,1% na média nacional
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16/02/2016 - 10:40
Editoria

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As vendas do comércio varejista paranaense registraram queda de 3,2% em 2015, ante decréscimo de 4,3% na média nacional, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta terça-feira (16). O resultado é da pesquisa restrita, que não considera os ramos de veículos, motos e material de construção.
As principais contribuições negativas vieram dos ramos de móveis (-17,2%), livros, jornais, revistas e papelaria (-12,8%), tecidos, vestuário e calçados (-10%) e eletrodomésticos (-7,9%).
Segundo a pesquisa, em dezembro, as vendas do varejo paranaense recuaram 9% em relação ao mesmo mês de 2014. Na média nacional, o recuo foi de 7,1% no último mês do ano.
Os principais responsáveis por esse resultado foram os setores de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-26,6%), móveis (-21,6%), artigos de uso pessoal e doméstico (-15,2%), combustíveis e lubrificantes (-12,7%), livros, jornais revistas e papelaria (-12,7%), eletrodomésticos (-12,3%), tecidos, vestuário e calçados (-9,4%) e hipermercados e supermercados (-6,6%).
AMPLIADA - Na definição ampliada da pesquisa, que contempla, além do varejo, as atividades de veículos, motos, partes e peças e de materiais de construção, foi identificada queda de 12,3% no mês de dezembro e de 9,3% no acumulado do ano de 2015 no Paraná. No Brasil, o volume de vendas comercial mostrou variação negativa de 11% no mês e redução de 8,6% no acumulado do ano.
Para o economista Francisco José Gouveia de Castro, diretor do Centro Estadual de Estatísticas do Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social), o resultado do comércio varejista é reflexo do agravamento das condições macroeconômicas nacional, que vem influenciando negativamente todos os Estados.
“A redução da renda líquida dos consumidores, devido ao aumento do desemprego, do crescente endividamento da população e a aceleração da inflação, combinado com as expectativas negativas quanto ao futuro da economia, contribuiu para a redução do volume de vendas do comércio”, afirma o economista.
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