A Secretaria de Estado da Educação, por meio da Coordenação de Educação do Campo, Indígena e Cigana regulamentará a oferta da Língua Indígena nas comunidades que não possuem escola regular. Os alunos terão suas matrículas e históricos escolares registrados em uma escola base indígena próxima à comunidade em que vivem. O projeto foi aprovado pelo Conselho Estadual de Educação por meio do Parecer nº 28/18.
A regulamentação vai beneficiar 603 estudantes matriculados em escolas estaduais e municipais não indígenas (523 da etnia caingangue e 80 da etnia guarani) de 14 comunidades de Toledo (Oeste), Londrina (Norte) e Curitiba que terão quatro horas/aulas semanais em suas línguas maternas ministradas por professores indígenas.
“Mais uma conquista importante que representa o respeito e cuidado do Governo do Estado com a educação e cultura dos povos indígenas que vivem no Paraná garantindo a esses estudantes o ensino bilíngue e a continuidade de suas línguas maternas”, disse a chefe do Departamento da Diversidade, Marise Ritzmann Loures.
AVANÇOS – Desde 2011, o Governo do Paraná construiu 13 novas escolas indígenas em diferentes regiões do Estado, que oferecem ensino bilíngue para manter viva a língua indígena e a cultura dentro dessas comunidades. Atualmente a rede estadual de ensino do Paraná conta com 38 escolas indígenas que ofertam desde a Educação Infantil até o Ensino Médio. Elas atendem cerca de 5 mil estudantes matriculados.
A Secretaria de Estado da Educação também ampliou o número de professores indígenas que atuam em suas línguas maternas. Em 2011, o número de professores indígenas na rede estadual de ensino era de apenas 31 docentes. Hoje são 257 profissionais capacitados para lecionar na educação infantil.
No início do mês a Secretaria da Educação promoveu a aula inaugural do Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental na Modalidade Normal Bilíngue Caingangue/Guarani – Aproveitamento de Estudos.
O curso é ofertado no Centro Estadual de Educação Profissional (Ceep) de Manoel Ribas (no Centro do Estado), onde estão matriculados 45 alunos caingangues e 43 guaranis.