Economia do Paraná cresceu 2,5% - mais que o dobro do Brasil

Desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) foi mais que o dobro da média brasileira e consolida retomada da economia, de acordo com o Ipardes. Destaques para o agronegócio e a indústria. Evolução reflete a melhoria do ambiente de negócios no Estado, diz o governador Beto Richa.

 
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09/03/2018 - 12:00
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A economia do Paraná fechou 2017 com crescimento de 2,5%, de acordo com dados do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes), divulgados nesta sexta-feira (9). O desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) foi mais que o dobro da média brasileira. Segundo o IBGE, que divulgou o resultado nacional há nove dias, a economia do Brasil cresceu 1% em 2017. O Estado encerrou 2017 com um PIB de R$ 415,8 bilhões, o equivalente a 6,35% da economia nacional. Em 2010, o Paraná detinha 5,8% de participação.

Pelas redes sociais, o governador Beto Richa comentou o desempenho. “É uma alta expressiva, muito acima da média brasileira. A evolução reflete a melhoria do ambiente de negócios, com respeito ao setor produtivo, e demonstra a efetividade das políticas de desenvolvimento implementadas na nossa gestão”, afirmou Richa. “Para os paranaenses, a expansão da economia se traduz em novas oportunidades de emprego e renda, com consequente melhoria do bem-estar social.”

O diretor-presidente do Ipardes, Julio Suzuki Junior, ressalta que o desempenho do ano passado configura a recuperação da economia do Estado, após dois anos de retração. “Com isso podemos dizer que não estamos mais em recessão”, afirma.

SETORES - O resultado no ano foi puxado pela agropecuária, que cresceu 11,5% em relação a 2016, graças à safra recorde e as elevadas produções de soja , milho, café, feijão e fumo.

Outro fator positivo veio da indústria, que depois de encolher na crise econômica, voltou a crescer. Em 2017, a atividade industrial teve expansão de 1,8%, graças aos bons desempenhos dos ramos de máquinas e equipamentos, material de transporte e autopeças.

O setor de serviços registrou alta de 1,5%, influenciado pelo resultado do comércio e do ramo de alojamento e alimentação. Os setores que não foram tão bem em 2017 foram a construção civil, influenciada pela redução do programa Minha Casa, Minha Vida, e a produção de energia elétrica, afetada por questões climáticas.

O setor de serviços fechou 2017 com um PIB de R$ 237,3 bilhões, a indústria com R$ 92,8 bilhões e a agropecuária com R$ 35,9 bilhões.

A renda per capita em 2017 no Estado chegou a R$ 36.728 - 16,3% superior a do Brasil (R$ 31.590). A renda per capita cresceu bastante nos últimos sete anos. Em 2010, era de R$ 21.572 contra R$ 20.372 do Brasil.

VIGOROSA - De acordo com Suzuki Júnior, a crise foi menos intensa no Paraná e a recuperação mais prematura e vigorosa que o do Brasil. “A agropecuária foi o grande vetor do crescimento em 2017, mas o que fez a diferença em relação ao Brasil foi o bom desempenho tanto da indústria quanto dos serviços”, afirmou.

Desde o início do ano passado o Estado já registrava resultados positivos enquanto a economia brasileira ainda lutava para sair da crise. Os desempenhos foram bons em todos os trimestres do ano.

Na comparação com igual período do ano anterior, a economia do Estado cresceu 3,3% no primeiro trimestre, 1,4% no segundo, 3% no terceiro e 2,2% no quarto. No quarto trimestre de 2017, os destaques foram a indústria (2,2%) e os serviços (2,3%). A agropecuária registrou queda de 0,5%, em função da menor produção de trigo e da redução no abate de aves.

Suzuki Júnior lembra também que o impacto maior da agropecuária no Estado se dá tradicionalmente no primeiro semestre, com a colheita da soja. O resultado da indústria no quarto trimestre foi puxado pela fabricação de material de transporte, autopeças e móveis. Já os serviços ganharam fôlego com a recuperação do comércio e do bom desempenho do segmento de alojamento e alimentação.

PREVISÃO 2018 - Na avaliação do presidente do Ipardes, o comportamento da atividade econômica no quarto trimestre deve se repetir ao longo de 2018. “Esse deve ser o desenho para esse ano, com uma retomada mais forte da indústria e dos serviços. Por outro lado, com a previsão de safra menor, a contribuição da agropecuária também deve se reduzir. Deveremos ter um ano, em termos de crescimento, similar ao de 2017”, afirma.

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