Copel inicia retirada das torres
da Avenida Comendador Franco

A obra começará pelo bairro Uberaba e vai acontecer de forma gradativa. Conforme as torres forem sendo desligadas, o fluxo de energia será desviado para outras linhas. Desta forma, os moradores não serão prejudicados.
Publicação
09/11/2017 - 14:00
Editoria

Confira o áudio desta notícia

O governador Beto Richa acompanhou nesta quinta-feira (9) o início da retirada das torres de energia da Avenida Comendador Franco, que liga Curitiba a São José dos Pinhais. Em substituição às torres, a Copel vai implantar uma linha subterrânea na avenida, com investimento de R$ 157 milhões.

A nova linha subterrânea terá oito quilômetros de extensão e vai ampliar a capacidade de operação de 69 kv para 230 kv, conectando a já existente subestação Uberaba à subestação Curitiba Centro, que será construída ao lado do viaduto do Capanema.

A linha aérea existente será desativada, com a retirada de 25 torres, 20 superpostes e 42 km de cabos condutores instalados ao longo do canteiro central da Av. Comendador Franco.

O governador destacou que a retirada das torres, além de contribuir para a melhoria da qualidade do fornecimento de energia de toda a Região Metropolitana de Curitiba, é uma obra de solução de mobilidade. “A retirada das torres e substituição pela linha subterrânea vai melhorar a infraestrutura da capital e a ligação de Curitiba com São José dos Pinhais. Não é uma obra estética, é mais segurança e qualidade da energia fornecida”, disse, frisando que a retirada das torres começou a ser discutida no Plano de Mobilidade para a Copa, mas que por falta de apoio federal e municipal não pôde ser executada.

Além dos ganhos em qualidade em energia e mobilidade urbana, a obra impactará a economia da capital e do Estado. A estimativa é que, com o investimento de R$ 157 milhões, a Copel repasse à Curitiba cerca de R$ 4 milhões em ISS e ao Estado cerca de R$ 11 milhões em ICMS.

INVESTIMENTOS - Com a obra na Av. Comendador Franco, o investimento da Copel em Curitiba chegará a R$ 550 milhões de 2011 a 2018. É o maior investimento já feito na cidade para melhoria do fornecimento de energia. Foram construídas as subestações Novo Mundo, Bairro Alto, Bom Retiro, Hauer, Jardim das Américas e Capanema. A subestação Sítio Cercado fica pronta até o fim do ano e o Água Verde terá uma nova subestação até abril de 2018.

Richa ressaltou que os investimentos da Copel em Curitiba são reflexos da governança implantada pelo Governo do Estado nas empresas públicas. “A gestão eficiente e moderna tornaram as empresas públicas estratégicas para o desenvolvimento vigoroso e sustentável do Paraná”, afirmou.

O presidente da Copel, Antonio Guetter, ressaltou que o investimento na região Leste faz parte do plano de expansão da Copel para adaptar a rede elétrica da capital e atender a demanda das próximas décadas.

“Esse investimento torna a rede elétrica de Curitiba mais robusta, confiável”, disse. “A construção de uma nova linha em 230 kV torna o sistema menos vulnerável a desligamentos acidentais e mais adequado ao crescimento da cidade”, acrescentou

Ele explicou que este projeto é possível graças ao leilão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vencido pela Copel e que concedeu à companhia 230 km de linhas de transmissão em diversos pontos do Estado. “Este traçado é o que mais beneficia a cidade. Curitiba estará mais preparada para atração de empresas com tecnologia que dependem de uma rede de alta-tensão elétrica”, declarou.

O prefeito de Curitiba Rafael Greca afirmou que a prefeitura, responsável pela urbanização da via, planejará o novo uso do canteiro central da avenida.” Uma das possibilidades é a criação de um corredor de transporte que pode ser com um novo modal. Para isso faremos um estudo de origem e destino para verificar a viabilidade de uma linha aqui”, disse

RETIRADA - A obra de retirada começará pelo bairro Uberaba e vai acontecer de forma gradativa. Conforme as torres forem sendo desligadas, o fluxo de energia será desviado para outras linhas. Desta forma, os moradores não serão prejudicados. O prazo para a retirada é de três meses e, neste período, a Secretaria Municipal de Trânsito de Curitiba (Setran) dará suporte aos motoristas. A implantação da nova linha subterrânea acontece simultaneamente à retirada das torres. E a estimativa da Copel é que toda a obra esteja concluída em um ano e meio.

PRESENÇAS - Também acompanharam a retirada das torres a secretária estadual da Família e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa; o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho; o prefeito de São José dos Pinhais, Antônio Fenelon; o vice-prefeito de Curitiba Eduardo Pimentel;

o presidente da Câmara de Vereadores de Curitiba, Sérgio Renato Bueno Balaguer (Serginho do Posto); o diretor do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul, Orlando Pessuti e os diretores da Fomento Paraná Emília Belinatti e Omar Sabbag Filho.

GALERIA DE IMAGENS