Copel anuncia compra de participação em quatro parques eólicos no Nordeste

A operação atende à determinação do governo para que a Copel expanda seus negócios em bases sustentáveis
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16/06/2011 - 18:30
Editoria

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A Copel informou ao mercado financeiro nesta quinta-feira (16) que seu Conselho de Administração aprovou a compra de participação em quatro parques eólicos que estão sendo instalados no interior do Rio Grande do Norte, no Nordeste brasileiro. Quando concluídas, essas centrais, que gerarão energia elétrica a partir da força dos ventos, terão potência instalada conjunta de 94 MW (megawatts), o suficiente para o atendimento do consumo de uma cidade com 200 mil habitantes, aproximadamente.
Segundo o comunicado emitido pela Companhia, ela está adquirindo participação de 49,9% nos parques eólicos Farol (com 20 MW), Olho d’Água (30 MW), São Bento do Norte (30 MW) e Boa Vista (14 MW) da Dreen Brasil Investimentos e Participações, empresa vinculada ao Grupo Galvão Energia. A participação remanescente de 50,1% permanecerá com a própria Dreen.
Os empreendimentos entram em operação em 2013 e sua produção já foi comercializada por meio de contratos com 20 anos de duração no 2o leilão de fontes alternativas realizado em agosto passado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). A instalação dos quatro parques eólicos tem previsão de contar com financiamentos e de ser enquadrada no Reidi (Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura). O faturamento dos empreendimentos deverá girar em torno de R$ 50 milhões anuais.
MARCO – Embora a anunciada negociação dependa de aprovação da Aneel, ela já é saudada pelo presidente da Copel, Lindolfo Zimmer, como “um marco significativo” na gestão sustentável da empresa. “O desfecho dessa operação materializa o cumprimento da orientação que nos foi dada pelo governador Beto Richa de expandir os negócios da Copel dentro de bases sustentáveis, capazes de agregar valor à Companhia e contribuir para o bem estar da coletividade”, disse Zimmer.
A operação de compra desses ativos pela Copel é fruto do edital de chamada pública lançado pela empresa no início do ano, visando identificar e estabelecer negociação com empreendedores interessados em estabelecer parcerias na área da geração eólica. E como este, há outros projetos sob avaliação e análise da Companhia que podem resultar em novas sociedades, conforme disse o seu presidente. “Acredito que este seja apenas o primeiro de uma série de negócios que serão concretizados nos próximos meses”, afirmou.
GRANDE POTENCIAL – Há cerca de um mês, em conferência com analistas e investidores, o presidente da Copel revelou que a empresa já tinha em mãos e estudava “mais de uma centena de proposições” para constituir parcerias em novos projetos de usinas hidrelétricas, PCHs, aproveitamentos eólicos e termelétricas a biomassa. Em relação às usinas eólicas, Zimmer foi especialmente enfático ao dizer que o Brasil possui um potencial aproveitável estimado em 300 mil megawatts, ou o equivalente a 20 usinas como Itaipu, e que “a Copel não pode deixar de estar presente nesse enorme nicho de mercado”.
No seu entendimento, a orientação dada à condução dos novos negócios da Copel obedece aos princípios de gestão e compromissos assumidos no âmbito do Pacto Global da ONU e em outros fôros em favor da sustentabilidade e do equilíbrio ambiental. “Creio que a opção pelo uso de fontes naturais, limpas e renováveis na produção de eletricidade está se transformando – a cada dia e no mundo inteiro – cada vez menos numa opção e mais numa forma imperiosa e inadiável de preservação da vida”.
A Copel foi pioneira ao colocar em operação, em janeiro de 1999, a primeira usina eólica da Região Sul do país. A Usina Eólica de Palmas, com 2,5 MW de potência instalada, tem capacidade para produzir eletricidade suficiente ao atendimento de 4 mil residências de padrão médio de consumo.

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