Ciganos terão atenção à saúde e educação do Governo

Os povos ciganos têm costumes e língua próprios e sua cultura é baseada no nomadismo, e por essa distinção que pedem inclusão nas políticas públicas do Governo do Estado
Publicação
03/06/2011 - 16:00

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O secretário de Relações com a Comunidade, Wilson Quinteiro, reuniu-se nesta quinta-feira (02) com membros do Conselho Nacional dos Povos e Comunidades Tradicionais e com a Coordenação da Educação das Relações da Diversidade Étnico Racial (Cerde) da Secretaria de Estado da Educação para debater assuntos ligados aos povos tradicionais ciganos.
Os povos ciganos têm costumes e língua próprios e sua cultura é baseada no nomadismo. É justamente em razão dessa distinção que eles pedem sua inclusão nas políticas públicas do Governo do Estado, como saúde, educação, inclusão social e cidadania.
Na área de educação, eles discutiram a possibilidade de a Secretaria da Educação implantar um curso de educação à distância, com capacitação de professores dos próprios acampamentos e produção de material didático abordando a cultura cigana. Também pediram a liberação de cotas nas universidades estaduais do Paraná.
Eles também reivindicam atendimento nas unidades de saúde do Estado. Por serem nômades, os cigganos não possuem comprovante de residência e nem Registro de Nascimento e CPF, documentos que são essenciais para o atendimento. A solução, segundo o Conselho dos Povos Ciganos, é o cadastramento dos ciganos por meio da Associação de Moradores dos Acampamentos nas Unidades de Saúde do Estado.
DEMOGRAFIA - A Secretaria de Estado da Educação está realizando um levantamento demográfico nos acampamentos dos povos ciganos do Paraná. “Com essas informações e com a identificação dos municípios onde transitam ou acampam, poderemos emitir os documentos nas edições do programa Paraná em Ação, que é realizado em vários municípios”, disse o secretário.
Quinteiro também se comprometeu a levar as demais reivindicações a outros órgãos do governo do Estado. “Vamos levar ao governador Beto Richa a proposta de regulamentação desses povos, seja por meio de lei ou de decreto governamental, para promovermos a inclusão social e o acesso às políticas públicas desenvolvidas pelo governo do Paraná”, disse o secretário.
Participaram da reunião Tatiane Iovanovitchi, membro do Conselho Nacional dos Povos e Comunidades Tradicionais, o coordenador e equipe pedagógica do Cerde, Adir Simão de Souza, Denise Carvalho e Marcelo Nogueira.

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