Central de Transplantes precisa ampliar doação de órgãos

A Central está preocupada em incentivar as doações de órgãos, pois em 2010 houve redução do número de ofertas em comparação com 2009
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18/03/2011 - 18:40
Editoria

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A Central Estadual de Transplantes intermediou nesta sexta-feira (18) uma doação de coração, fígado, rins, pâncreas e córneas. A Central está preocupada em incentivar as doações de órgãos, pois em 2010 houve redução do número de ofertas em comparação com 2009. Nos três primeiros meses deste ano, o número de doações também caiu.
O doador  do processo intermediado nesta sexta-feira foi um homem de 31 anos, vítima de atropelamento, internado há três dias, e que teve diagnóstico de morte encefálica confirmado após realização do protocolo exigido pelo Conselho Federal de Medicina. O coração e o fígado já foram encaminhados para transplantes em Curitiba.
O processo cirúrgico para retirada dos órgãos foi realizado no Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul, onde o coração foi transplantado imediatamente. O paciente que recebe o órgão é do Litoral do Paraná e esperava pela doação desde agosto de 2010. O fígado foi transplantado no Hospital São Vicente. O paciente aguardava a cirurgia desde novembro de 2007.
Para a diretora da Central de Transplantes, Arlene Badoch, é essencial que as famílias se sensibilizem para salvar vidas. “Sabemos que a perda de um ente querido é muito dolorosa, mas a doação é um ato de solidariedade e de amor ao próximo”, analisa.
Hoje, o Paraná tem mais de 3 mil pessoas na espera por um transplante, dos quais 2.300 aguardam um rim. Em 2009, a central intermediou a doação de 1.344 órgãos, entre coração, fígado, rim, pâncreas e córneas. Em 2010, foram 1.204 transplantes. Nos três primeiros meses deste ano, 185 doações foram efetivadas, a maioria de córneas.
“Nossa preocupação é que temos tido muitas negativas familiares, o que demonstra a necessidade de conscientizarmos as pessoas para a seriedade do trabalho desenvolvido pela Central de Transplantes”, relatou a diretora.
As pessoas que desejam ser doadoras de órgãos devem comunicar os familiares. Quando uma pessoa internada em alguma Unidade de Terapia Intensiva é declarada em estado de morte encefálica, a Central de Transplantes do Paraná é notificada e a Comissão Intrahospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes entra em contato com a família para saber da possibilidade de doação.

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