O governador Beto Richa autorizou nesta sexta-feira (4) o repasse de R$ 1,1 milhão para a reforma do Hospital Municipal de Ipiranga, na região dos Campos Gerais. A obra vai permitir a reabertura do serviço, interditado há dois meses devido aos estragos causados pela forte chuva de granizo que atingiu a cidade no dia 8 de outubro.
Segundo Richa, trata-se de uma medida emergencial para garantir o resgate do hospital, referência para toda a população de Ipiranga. "Queremos que este hospital volte a funcionar o mais rápido possível. Sabemos da importância desta estrutura para os moradores, salvando vidas e oferecendo atendimento de qualidade mais perto da casa das pessoas", ressaltou.
O temporal de outubro destruiu o telhado, alagou enfermarias, danificou equipamentos e comprometeu toda a rede elétrica do prédio, o que impossibilitou a continuidade do atendimento à população. As instalações tiveram que ser evacuadas às pressas e parte dos serviços foram transferidos para um hospital de campanha, disponibilizado pelo Governo do Estado.
Foi necessário ainda montar uma estrutura improvisada para centralizar os atendimentos do município, visto que toda a rede pública de saúde havia sido atingida. O local funciona até hoje com seis leitos de observação, consultório médico, farmácia e um mini pronto-socorro.
"Assim que soubemos da situação, organizamos todo um esquema para não deixar a população desassistida, inclusive agilizando a transferência de pacientes, quando necessário. Além disso, fizemos um repasse emergencial de R$ 500 mil para ajudar o município neste período mais crítico", explicou o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto.
O recurso destinado pelo Estado foi utilizado para compra de medicamentos, equipamentos, materiais e outras despesas com o custeio de serviços emergenciais. Uma semana depois do temporal, o governo estadual também repassou à prefeitura R$ 280 mil para reforma de duas unidades de saúde danificadas pelo granizo.
As obras devem começar a partir desta segunda-feira (7) e vão beneficiar a US do bairro Ulisses Guimarães e a US Central, que hoje está funcionando no ginásio de esportes da cidade. "Só temos a agradecer a sensibilidade do governador Beto Richa e de toda a sua equipe que prontamente têm nos atendido nessa situação difícil que passamos. Agora, com a reforma do hospital, a tendência é que tudo volte ao normal ainda no primeiro semestre do ano que vem", destacou o prefeito de Ipiranga, Roger Selski.
Antes da interdição, a unidade realizava em média 1,2 mil consultas, 20 partos e 360 internações por mês. O prédio mantinha 31 leitos gerais, pronto-socorro, maternidade, centro cirúrgico e sala de exames.
De acordo com o diretor-geral do hospital, Rondinelly dos Santos, o projeto de reforma prevê ainda algumas adequações de infraestrutura, com vistas às exigências da vigilância sanitária e à política de acessibilidade e humanização. "Além de sanar os problemas causados pelo temporal, vamos aproveitar para fazer algumas melhorias que vão impactar na qualidade do atendimento prestado", ressaltou.
Quem está ansiosa para a reabertura do hospital é a dona de casa Ivanilde Silva, mãe da pequena Thayssa, de um ano e dez meses de idade. Nesta sexta, Ivanilde levou sua filha para uma consulta no hospital improvisado devido a uma suspeita de virose. "A gente que tem filho pequeno sabe o quanto é importante ter um hospital por perto. Graças a Deus não era nada, mas se fosse algo mais grave ela teria que ser transferida, o que dificulta nossa vida", declarou.
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