Depois de um ano bastante produtivo em 2017, que teve fechamento com uma turnê por oito cidades alemãs, o Balé Teatro Guaíra (BTG) deu início às atividades de 2018 no dia 2 de fevereiro, com os ensaios para o novo espetáculo da companhia. Desta vez a equipe do BTG está trabalhando em uma releitura de O Lago dos Cisnes, considerada uma das peças mais marcantes do balé clássico mundial, que será apresentada com a Orquestra Sinfônica do Paraná de 27 a 30 de junho.
A estreia do espetáculo foi em 1877, no Teatro Bolshoi, em Moscou (Rússia), com coreografia elaborada por Julius Reisinger a partir de uma composição encomendada a Tchaikovsky, autor de outras obras, como o balé O Quebra Nozes (1892).
Uma das razões do sucesso é a capacidade da montagem em articular a fantástica melodia elaborada pelo autor com dança e interpretação dos bailarinos em um nível de excelência excepcional.
Para o coreógrafo Luiz Fernando Bongiovanni, a ideia de revisitar essa obra é presentear a plateia que comparece às apresentações. “Eu acho fabuloso que o público da cidade de Curitiba tenha a oportunidade de ver em cena o Balé Teatro Guaíra apresentando um clássico do balé mundial numa versão contemporânea acompanhado pela orquestra, o que é inédito no Brasil”.
É a terceira vez que essa parceria entre o BTG e o coreógrafo se repete. A primeira foi com o espetáculo Romeu e Julieta e a segunda, no ano passado, com o balé Carmen. Bongiovanni garante que a marca característica da coreografia dele estará impressa neste novo trabalho. “É muito importante revisitar o balé tradicional. Estas obras lidam com arquétipos que fazem parte do inconsciente coletivo e esse diálogo da tradição com o clássico precisa existir”.
Desde que Cíntia Napoli assumiu o BTG em 2012, uma de suas linhas de direção é a formação de plateia para o trabalho contemporâneo. “Todo trabalho de releitura do clássico aproxima o público de uma linguagem nova, na qual todos os elementos cênicos fazem parte”, diz Cíntia. “O clássico muitas vezes é visto como perfeito, inalcançável e inatingível, e a releitura não dispensa os códigos tradicionais, mas traz com ela o humano, alma dentro do corpo do bailarino”, acrescenta.
“Temos muito orgulho do nosso Balé Teatro Guaíra e estamos muito felizes em poder apresentar o Lago dos Cisnes!”, afirma a diretora-presidente do Centro Cultural Teatro Guaíra, Monica Rischbieter.
“A produção desse espetáculo vai trazer novas perspectivas sobre o clássico”, argumenta Bongiovanni. Além dele, fazem parte da produção Edson Bueno como diretor cênico e roteirista, William Pereira na direção de arte e Luís Gustavo Petri como maestro convidado.
SERVIÇO: O Lagos dos Cisnes.
Data: 27 a 30 de junho.
Balé Teatro Guaíra e Orquestra Sinfônica do Paraná – no Auditório Bento Munhoz da Rocha Netto.