Alunos paranaenses
participam da gestão
de escolas estaduais

Eles participam de audiências públicas junto com professores, pais e funcionários para determinar onde devem ser aplicados os recursos do programa Escola 1000
Publicação
21/09/2016 - 10:20
Editoria

Confira o áudio desta notícia

Escola arrumada, merenda nutritiva, professores, funcionários e estudantes comprometidos com o rendimento escolar. Essa é a receita de uma escola boa e eficiente, de acordo com os próprios estudantes da rede pública estadual que participam das decisões do programa Escola 1000. Por meio dele, o Governo do Estado vai destinar R$ 100 milhões para melhorias em mil escolas. A própria comunidade define o que será feito com os recursos em cada unidade, que receberá R$ 100 mil para investir.
Além de solucionar problemas emergenciais, o programa aproxima a comunidade das decisões escolares e reforça a participação estudantil. “A participação de toda a comunidade escolar é fundamental, tanto pela escolha da intervenção quanto pela transparência e controle da aplicação do dinheiro”, explicou o chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni.
“Trabalhamos por uma educação cada vez melhor, não só com foco no aspecto pedagógico, mas oferecendo também alimentação variada e de qualidade e investindo em infraestrutura, como é o caso do programa Escola 1000”, destacou a secretária da Educação, professora Ana Seres.
Para as alunas do 9° ano do ensino fundamental do Colégio Estadual Guido Straube, de Curitiba, Maria Luiza Santos e Ana Carolina Ramos, uma escola ideal precisa contar com bons professores, funcionários dedicados e com uma boa estrutura física. “A escola precisa ser acolhedora”, disse Ana, de 15 anos.
Segundo Maria, a educação abre infinitas possibilidades para o sucesso na vida pessoal e profissional, mas para isso é necessário que o espaço físico atenda às necessidades dos estudantes. “Os alunos precisam ser motivados a permanecer na escola. Então, o colégio tem que ter uma merenda de qualidade, uma boa pintura, salas e corredores limpos”, disse Maria, que tem a mesma idade da colega.
O envolvimento de toda a comunidade foi fundamental, na avaliação dos alunos. “Incluir a opinião dos estudantes e da comunidade torna os investimentos mais eficientes porque os reparos serão feitos onde a escola mais precisa. Antes, o dinheiro era repassado para a escola, mas os alunos não participavam da decisão sobre onde e como seria usado”, comentou a aluna Beatriz Mendes de Izidoro Teixeira, do 1° período do curso técnico em enfermagem.
Sua colega de curso, a estudante Daiara Correia Portela, explica que a participação dos estudantes é muito importante. “Somos nós que vivenciamos diariamente as necessidades da escola. Por isso, a nossa opinião é fundamental para a aplicação desses recursos”, disse Daiara.
No Colégio Estadual Guido Straube, aproximadamente 500 pessoas participaram da audiência que definiu quais setores da escola receberiam os recursos. O colégio tem cerca de 800 estudantes, entre ensino fundamental, médio e técnico.
Foi decidido pela comunidade que o dinheiro será destinado para reforma geral dos banheiros masculino e feminino e do muro, além de pintura externa do prédio e das salas de aula, instalação de sensores elétricos e a troca da rede elétrica.
Novas adaptações sugeridas pelo Corpo de Bombeiros e pela Defesa Civil em relação a normas de segurança estão entre as melhorias. “Esse programa veio em boa hora porque com as reformas a escola vai ficar mais segura para os alunos, professores, funcionários e também para a comunidade”, disse a diretora do Guido Straube, Rosália de Mello.

GALERIA DE IMAGENS