Veranistas devem ficar alertas para as bandeiras nas praias

O afogamento é uma das grandes preocupações do Corpo de Bombeiros, pois desde o dia 21 (início da temporada de verão) até esta segunda-feira (31) foram cinco mortes por afogamento, contra três no mesmo período da temporada anterior, um aumento em torno de 66,6%.
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31/12/2018 - 16:00
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O maior atrativo de turistas ao Litoral nesta época do ano, o mar, pode esconder diversos perigos aos banhistas, principalmente aos inexperientes, jovens e crianças. O afogamento, por exemplo, é uma das grandes preocupações do Corpo de Bombeiros, pois desde o dia 21 (início da temporada de verão) até esta segunda-feira (31) foram cinco mortes por afogamento, contra três no mesmo período da temporada anterior, um aumento em torno de 66,6%.

A beleza das ondas esconde riscos que somente podem ser identificados pelo banhista por meio das bandeiras de sinalização distribuídas na areia, indicando os pontos seguros para o banho.

O Corpo de Bombeiros do Paraná utiliza esse recurso em consonância com os padrões internacionais para que o significado das bandeiras seja entendido até mesmo por pessoas estrangeiras ou com deficiências. São seis bandeiras (vermelho sobre amarelo, preta, verde, amarela, vermelho e duplo vermelho) que possuem significados distintos.

De acordo com o comandante do 8º Grupamento de Bombeiros e coordenador operacional das atividades do Corpo de Bombeiros na Costa Leste, tenente-coronel Gerson Gross, somente é seguro para o veranista nadar entre duas bandeiras de cores vermelho sobre amarelo (com estas duas cores na mesma bandeira), que sinalizam a área protegida por guarda-vidas.
É importante, segundo ele, que o veranista fique dentro da área delimitada pelas bandeiras, pois se estiver de um dos lados da área protegida (para fora delas), caso haja uma ocorrência o atendimento rápido pode ficar prejudicado. “Os banhistas devem nadar entre as bandeiras e procurar locais com a presença dos guarda-vidas, pois caso aconteça algum acidente ou afogamento, o profissional poderá dar o atendimento mais rapidamente e com eficiência”, disse.

O coronel salienta ainda que além de apontar para o cidadão se o local é seguro para banho ou não, as bandeiras também informam outras peculiaridades, como condições do mar, pontos de risco, interdição e condições climáticas, por exemplo tempestades que estejam para acontecer.

As bandeiras verde, amarelo e vermelho ficam no Posto de Guarda-Vidas e são colocadas na areia para sinalizar as condições do tempo e do mar. A bandeira verde significa que naquele ponto as condições para banho são boas e o risco de incidentes é mínimo; a bandeira amarela indica que o local possui fatores de risco ao banhista, como ondas mais fortes, correntes e outras condições que podem ocasionar acidentes (a maioria dos postos está com bandeiras amarelas desde o início desta temporada); a bandeira vermelha sinaliza o local onde não é adequado para banho, ou seja, possui alto risco de afogamentos.

Há também a bandeira preta, colocada em locais que orientam a população de que naquela área não há um Posto de Guarda-Vidas permanente. Portanto, não possui um profissional no local e não é indicado para o banho. Em vários locais, mesmo sem a presença física constante de bandeiras, o Corpo de Bombeiros possui equipes de patrulhamento na areia (com quadriciclo) e no mar (com embarcação) para supervisionar a área e advertir pessoas que estejam na água.

“É importante frisar às pessoas para que não acessem as áreas com bandeira preta, pois não possuem um bombeiro militar no local para fazer o resgate caso alguém necessite”, alerta o coronel Gross. “É importante que a população contribua sempre cuidando um do outro e caso necessário chame um bombeiro”, acrescentou.

EXTREMA NECESSIDADE - Por fim, a bandeira duplo vermelha é utilizada em situações de extrema necessidade e significa que a praia está interditada devido a fatores de segurança como chuva forte, ressaca, raios, entre outras situações.

Quando essa bandeira é colocada, todas as outras são retiradas para garantir a segurança de todos. “Neste caso não haverá mais áreas protegidas ou não protegidas e tanto os banhistas como os próprios guarda-vidas precisam sair da praia para se resguardarem de acidentes”, diz o coronel.

PLACA - O Corpo de Bombeiros possui ainda mais um recurso para conscientizar as pessoas sobre os riscos de afogamento, que é a placa de metal, fixada nos locais onde o risco para esse acidente é grande. Além dos materiais de sinalização, a população pode tirar dúvidas pessoalmente com os guarda-vidas para entender mais sobre as bandeiras e como evitar situações desagradáveis no mar.

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