No período de 2010 a 2017, as sete universidades estaduais do Paraná criaram 113 cursos de mestrado acadêmico, profissional e doutorado, ou seja, registraram um aumento de 57% de novas áreas de conhecimento do ensino superior no Paraná. Além disso, as instituições também avançaram na oferta de cursos de especializações, somando 143 neste ano. No total, são mais de 400 cursos de pós-graduação disponibilizados pelas universidades estaduais do Paraná.
QUALIDADE - Só no último triênio (2015, 2016 e 2017) foram 55 novos cursos, sendo 17 mestrados acadêmicos, 14 mestrados profissionais e 24 doutorados. Segundo o secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Carlos Gomes, as universidades aumentaram consideravelmente a qualidade na formação profissional e nas pesquisas produzidas.
“Em 2010 eram 110 cursos de mestrado e 41 doutorados, hoje são 184 e 81, respectivamente. Aumentamos 60% dos mestrados e 50% dos doutorados. São novas áreas que possibilitam a formação de qualidade dos docentes e dos acadêmicos”, diz o secretário. “Tenho certeza que esse número ainda vai aumentar e ampliar o conhecimento produzido no Estado do Paraná”.
MAIS CRIARAM - A Universidade Estadual de Maringá (UEM) e a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) foram as instituições que mais criaram cursos nesse período de 8 anos.
A UEM passou de 30 mestrados em 2010 para 52 em 2017. No doutorado, foram oito novas possibilidades de formação em áreas como Biotecnologia Ambiental, História, Psicologia Integrada, Letras, Educação, entre outras. A universidade é a que mais oferta de cursos de pós-graduação entre as estaduais do Paraná.
Já a Unioeste, terceira instituição com mais cursos de pós-graduação, dobrou a quantidade ofertada de mestrados, de 17 para 36, e criou 10 cursos novos de doutorado.
Para o Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da Unioeste, Silvio César Sampaio o material humano foi essencial na evolução da universidade. “Nossa meta no começo da gestão era criar sete novos programas de pós-graduação, conseguimos criar dez. Era uma meta ambiciosa mas, graças ao trabalho conjunto superamos a expectativa. Nossa universidade possui docentes e técnicos de alto nível que ajudam a projetar nossas instituições cada vez mais”. A universidade espera que, até o ano que vem, mais quatro doutorados e três mestrados sejam criados.
MAIS OFERTA - A UEL, universidade que mais oferta especializações entre as estaduais (51 áreas diferentes), também obteve um crescimento significativo na pós-graduação. Foram 8 novos mestrados e 10 doutorados entre 2010 e 2017. A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) aprovou em 2017 na UEL, o mestrado em Psicologia, Ciências Farmacêuticas e o doutorado em Enfermagem.
A UEPG e a Unicentro acompanharam o crescimento das outras universidades e mantiveram a porcentagem de criação de cursos. Na UEPG, os mestrados foram de 15 para 25 cursos e, os doutorados, aumentaram de 4 para 10.
No Centro-Oeste do Paraná, a Unicentro também dobrou a oferta de mestrados, de 8 para 16, além de ser autorizada pela CAPES para ofertar 4 novos doutorados.
MAIS JOVENS - Mesmo nas universidades mais jovens do Paraná, UENP e UNESPAR, a pós-graduação mostrou avanços importantes. As universidades somaram a criação de 7 mestrados e do doutorado em Direito na UENP.
Segundo a Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da UENP, Teresinha Esteves da Silveira Reis o planejamento até 2019 prevê a criação de, pelo menos, mais 3 pós-graduações. “Possuímos o primeiro doutorado do país em Ciência Jurídica, fato histórico para a universidade e para o Estado do Paraná. Avançamos muito nos últimos anos, totalizando 5 cursos de pós-graduação, além de sempre produzir novas pesquisas e projetos”.
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Governo investiu também em bolsas e só em 2017 foram 4 mil
Além de novas áreas de conhecimento que possibilitam o desenvolvimento de pesquisas e projetos de extensão, o Governo do Estado, também investiu em bolsas para mestrado e doutorado. Por meio da Fundação Araucária foram disponibilizadas, neste ano, 4 mil bolsas.
Entre os anos de 2011 e 2016, a Fundação investiu mais de R$360 milhões (incluindo parcerias federais e privadas e recursos estaduais do Fundo Paraná); lançou 120 chamadas públicas e financiou aproximadamente 20 mil bolsas de estudo e quatro mil projetos.
Em 2017 foram disponibilizadas pela Fundação Araucária aproximadamente três mil bolsas de estudo, sendo que algumas chamadas públicas ainda encontram-se em processo de avaliação.
A FA financia projetos, programas e oferece bolsas de estudos nas modalidades de iniciação científica, iniciação científica júnior, tecnológica, inclusão social e de projetos de extensão. Estas modalidades têm o principal objetivo de fazer com que os estudantes da graduação já conheçam, desde cedo, a importância que a pesquisa, a ciência e a tecnologia possuem em suas vidas.
Também oferece bolsas de pós-doutorado em empresas que une a realidade do mercado de trabalho com a academia. Por fim, existem as bolsas de pós-doutorado, de doutorado, de mestrado e de capacitação docente que têm como principal finalidade auxiliar na melhoria da qualidade dos programas de pós-graduação das universidades, dentre outras.