Universidades atendem pessoas com deficiência

Entidades estaduais ofertam diferentes serviços que estão disponíveis para um universo estimado em 2,2 milhões de pessoas que têm algum tipo de deficiência.
Publicação
22/09/2017 - 15:40

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Em comemoração ao Dia Nacional da Luta das Pessoas com Deficiência a Secretaria da Família realizou, no Auditório Mario Lobo no Palácio das Araucárias, o 2.º Encontro da Transversalidade na Política de Garantia dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Representantes da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) e das universidades estaduais debateram a rede de atendimento e as políticas de inclusão.

O Censo 2010 apontou que o Paraná possui 2,2 milhões de pessoas com três milhões de deficiências, indicando quantidade expressiva de indivíduos com mais de um tipo de deficiência. Em comemoração ao Dia Nacional da Luta das Pessoas com Deficiência a Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior listou os principais serviços ofertados para este público nas universidades estaduais.

O Centro de Atendimento e Estudos em Musicoterapia da Universidade Estadual do Paraná (Unespar) é referência nacional no atendimento a pessoas com deficiência. Segundo a diretora do Centro, Clara Márcia Piazzetta, o curso de Musicoterapia é essencial para os pacientes do Centro de Atenção Psicossocial - Transtorno Mental (CAPS-TM), em Curitiba. “O curso da Unespar é o primeiro curso do país a oferecer esse tipo de atendimento em uma instituição pública. O nosso curso tem papel importante na melhora da qualidade de vida dos participantes”. Os encontros duram cerca de uma hora e auxiliam na relação entre os pacientes e seus familiares.

Outro atendimento gratuito e de qualidade é realizado pela Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) com o projeto “Projeto de Órteses e Próteses”, resultado de uma parceria entre a universidade e o Consórcio Público Intermunicipal de Saúde do Norte Pioneiro (Cisnorpi), que atende a 18ª e 19ª Regionais de Saúde do Paraná.

A equipe técnica é formada por um fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, assistente social e enfermeira que visam o serviço integralizado e orientações quanto ao uso e adaptação das órteses e próteses. São realizados cerca de 100 atendimentos diários por alunos do curso de Fisioterapia, orientados pelos professores.

ACESSIBILIDADE – Outra preocupação da Secretaria é aumentar a acessibilidade de estudantes com deficiência. Segundo o Instituto de Pesquisa Anísio Teixeira, em levantamento realizado no ano de 2015, as universidades estaduais do Paraná possuem mais de 500 alunos com algum tipo de deficiência. “Nossa meta é melhorar as condições estruturais das nossas universidades para atender de forma adequada as pessoas com necessidades especiais”, afirma a coordenadora de saúde da Seti, Denise Xavier Messias .

ENCONTRO – Representantes da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e das universidades estaduais debateram a rede de atendimento e as políticas de inclusão no 2.º Encontro da Transversalidade na Política de Garantia dos Direitos da Pessoa com Deficiência, promovido pela Secretaria de Estado da Família em Curitiba e que terminou nesta sexta-feira (22).

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