UEPG receberá R$ 4 milhões
para construção de moderno biotério

Anúncio foi feito durante entrega dos equipamentos de ressonância magnética e da inauguração do Laboratório de Análises Clínicas do Hospital Universitário dos Campos Gerais, vinculado à Universidade Estadual de Ponta Grossa
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11/07/2015 - 13:10
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A Universidade Estadual de Ponta Grossa terá R$ 4 milhões para a construção do Biotério Central do Setor de Ciências Biológicas e da Saúde (Sebisa). O repasse dos recursos foi garantido pelo secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Carlos Gomes, nesta sexta-feira (10), durante solenidade de entrega do equipamento de ressonância magnética do Centro de Diagnóstico e Imagem e da inauguração do Laboratório de Análises Clínicas do Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais (HURCG), que contou também com a participação do secretário estadual de Saúde, Michele Caputo Neto.
O projeto do novo biotério da UEPG foi entregue ao secretário pela diretora do Sebisa, Fabiana Postiglione Mansani. De acordo com a professora do Departamento de Medicina, o projeto foi elaborado a partir de estudos que se iniciaram nos primeiros meses deste ano, incluindo visitas a modernos biotérios do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e da Universidade Positivo, em Curitiba. “Uma comissão interna foi nomeada para organizar a documentação, discutir a ampliação do plantel e elaborar o projeto do novo biotério, que se destina à criação controlada de cobaias para experimentação científica”, afirmou.
Conforme a professora Fabiana Mansani, o Biotério Central Sebisa será construído em parceria com o Tecpar, com foco na produção de medicamentos imunobiológicos. Atualmente, o Tecpar possui dois biotérios, um em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, e outro na cidade de Jacarezinho, na região norte do Estado. “A ideia é termos um novo e moderno biotério, para dar suporte às atividades de pesquisa e de inovação tecnológica na graduação e pós-graduação”, disse a diretora do Sebisa. Hoje, o Biotério da UEPG está sob responsabilidade técnica do médico veterinário e professor do curso de Medicina, Leandro Lipiniski.
Ao garantir o repasse dos recursos para o novo Biotério Central da UEPG, o secretário João Carlos Gomes reiterou o compromisso do governo do Estado com a qualidade na formação profissional e avanços na inovação tecnológica. “Sabemos que se trata realmente de um projeto inovador e que terá a parceria com o Tecpar, instituto que está vinculado à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, com a missão de realizar pesquisas, desenvolvimento e inovação, contribuindo dessa forma para a sustentabilidade tecnológica e social do nosso país”, acentuou. A UEPG e o Tecpar já mantêm parceria, a partir da incorporação pelo instituto do Laboratório de Produção de Medicamentos da universidade, localizado no Campus Universitário de Uvaranas.
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO - Ao inaugurar o equipamento de ressonância magnética e o Laboratório de Análises Clínicas do Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais, o secretário da Saúde, Michele Caputo Neto, falou sobre o momento de crise econômica no país, com cortes nos orçamentos da saúde e educação, além de outras áreas, que afetam diretamente a população. Nesse cenário, disse que o Paraná goza de situação diferenciada dos demais estados brasileiros, promovendo investimentos nas mais diversas áreas.
“Na saúde, em junho, tivemos o nosso melhor mês, com a liberação de quase R$ 300 milhões para pagamento de fornecedores e repasses aos municípios para aplicação em ações de vigilância”, disse. Ele garantiu que, no Paraná, o orçamento da saúde não terá cortes. “Já temos assegurado pelo governo o maior orçamento da nossa história”.
Sobre os novos equipamentos do Hospital Regional Universitário, Caputo Neto registrou que ele foi entregue à comunidade dos Campos Gerais, em 2010, sem as mínimas condições de funcionamento e com erros de projeto, denunciando a falta de fiscalização da vigilância sanitária do Estado. “Assumimos em 2011 e encontramos esse hospital com um monte de problemas que foram sanados, com investimentos em equipamentos, obras e oferta de serviços que o colocam hoje como referência em atendimento aos pacientes do SUS”, disse. O secretário ressaltou que da meta é de, em no máximo oito meses, acabar com a fila de espera por exames de ressonância na 3ª Regional da Saúde, a exemplo do que já ocorreu em relação aos exames de tomografia computadorizada, zerando uma fila de mais de mil pacientes.
O reitor Calos Luciano Sant’Ana Vargas destacou a inauguração do Laboratório de Análises Clínicas e a instalação do aparelho de ressonância magnética, pela ampliação de espaços para a formação profissional dos acadêmicos dos cursos da área da saúde e afins, além do desenvolvimento de pesquisas. “Reafirmamos o nosso compromisso histórico com a qualidade no ensino, somando-se agora o compromisso com o atendimento de qualidade no Sistema Único de Saúde”, disse. Ele ressaltou como fundamental a parceria com a Secretaria de Estado da Saúde, que vem atendendo às necessidades de investimentos no Hospital Universitário e reforçando o compromisso de melhorar e qualificar o atendimento à saúde nos Campos Gerais.
O diretor geral do Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais, Everson Augusto Krum, afirmou que, com o início da operação dos equipamentos de ressonância magnética e do Laboratório de Análises Clínicas, a instituição sobe de patamar, de qualidade e complexidade, consolidando-se como referência no atendimento aos pacientes SUS no Estado. “Inicialmente podem ser realizados cerca de 250 atendimentos por mês, com a meta de reduzir a fila de espera por esse procedimento na região”, disse. Segundo ele, o HU está planejando a oferta de exames em horários extras, à noite e aos sábados pela manhã e à tarde.
O equipamento de última geração custou R$ 2,7 milhões, sendo adquirido em processo de licitação da Secretaria de Estado da Saúde. Somam-se ainda R$ 300 mil para a adequação das instalações físicas do Hospital Universitário e R$ 160 mil na compra de materiais e insumos especiais, que precisam ser usados durante o procedimento, devido ao campo magnético do aparelho.
O Laboratório de Análises Clínicas, em atividade desde 1º de junho, também recebeu investimento significativo da Secretaria da Saúde, para aquisição de equipamentos e qualificação profissional. Além de absorver a demanda de exames do hospital, que antes eram terceirizados, tornou-se importante campo de atuação para alunos do curso de Farmácia e desenvolvimento de pesquisas. “Os aparelhos foram adquiridos em regime de comodato, com recursos da ordem de R$ 1,2 milhão anuais, liberados pela Secretaria da Saúde”, comentou Everson Krum. Segundo ele, esse modelo possibilita a troca periódica por equipamentos mais modernos.

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