UEPG e Caixa vão restaurar Museu Campos Gerais

Nesta primeira etapa, a UEPG vai executar serviços básicos no canteiro de obras, a troca de toda a cobertura do prédio construído no início do século passado
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17/02/2011 - 18:30

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A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) assina no dia 28 convênio com a Caixa Econômica Federal para a liberação de R$ 1 milhão, através da Lei Rouanet, destinado à primeira etapa da obra de restauração do Museu Campos Gerais, que integra a estrutura da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Culturais (Proex).
A data de assinatura do convênio foi definida nesta quinta-feira (17), em Brasília, em audiência mantida pelo reitor João Carlos Gomes com a direção nacional da Caixa.
A liberação dos recursos é resultado de uma série de contatos realizados pelo reitor da UEPG, na capital federal, no final do ano passado. “A Caixa Econômica Federal, que este ano completa 150 anos de fundação, entendeu a importância desse projeto de restauração do Museu Campos Gerais, para a preservação da memória e da cultura de Ponta Grossa”, afirma João Carlos Gomes, ao destacar o empenho do superintendente nacional de Comunicação e Marketing, Clauir Luiz Santos, no apoio a mais essa reivindicação da UEPG.
OBRAS - “A Caixa é nosso primeiro parceiro nesse projeto”, afirma o reitor da UEPG, lembrando que a obra total de restauração está orçada em R$ 5 milhões.
Nesta primeira etapa, a UEPG vai executar serviços básicos no canteiro de obras, a troca de toda a cobertura do prédio construído no início do século passado, o restauro do forro de madeira, do forro de stuque (peças trabalhadas), e do forro de gesso, no andar superior. As demais etapas da obra ainda dependem de novos aportes de recursos, através da Lei Rouanet.
A partir da assinatura de convênio, o reitor João Carlos Gomes acredita que novas portas deverão se abrir para a UEPG. Nesse sentido, ele reforça a convocação para empresas de Ponta Grossa e outras regiões do Estado, para se juntarem nessa empreitada da universidade.
“Essas empresas darão sua contribuição para a preservação de um patrimônio histórico dos ponta-grossenses e terão o benefício da Lei Rouanet, com 100% de abatimento no recolhimento de tributos federais”, enfatiza o reitor.
PROJETO - O projeto de restauro do Museu Campos Gerais, que abrigou o Fórum da Comarca de Ponta Grossa, foi aprovado pelo Ministério da Cultura, em 28 de maio do ano passado, através do Programa Nacional de Cultura (Pronac), que administra a Lei Rouanet e tem a finalidade de promover o desenvolvimento e a preservação do patrimônio cultural brasileiro. Com a anuência do Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (IPHAN), a UEPG tem autorização para captar recursos na ordem de R$ 4.924,197,71.
O projeto aprovado pelo MinC inclui, além da restauração, a construção de um anexo de seis pavimentos, que vai abrigar o setor administrativo do Museu Campos Gerais, salas de reserva técnica climatizadas, de higienização e restauro de documentos, além de outras dependências destinadas a pesquisadores e para o “Café Temático Cultural”.
A restauração permitirá que o prédio do antigo Fórum volte a receber o acervo do Museu Campos Gerais instalado atualmente em espaço cedido à UEPG, na antiga sede do Banco do Estado do Paraná (Banestado).
HISTÓRICO - O Museu Campos Gerais tem sua origem na iniciativa da sociedade civil ponta-grossense, através da ação de intelectuais como escritores, jornalistas, historiadores e professores.
Na década de 1940 o grupo formava o Centro Cultural Euclides da Cunha, que tinha como um de seus objetivos reunir bens culturais do patrimônio histórico da região dos Campos Gerais.
O acervo acumulado foi confiado para a então Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ponta Grossa, pela falta de condições de preservação pelo Centro Cultural. Com a criação da Universidade Estadual de Ponta Grossa, o acervo, que estava sob a guarda do Departamento de História, foi doado à Instituição.
A partir de 28 de março de 1983, o Museu entrou em funcionamento no prédio do antigo Fórum: Rua Engenheiro Schamber, 654. O prédio foi construído em local estratégico do ponto de vista social, econômico e político e foi inaugurado em 1928.
Marcado por um estilo arquitetônico eclético, exibe uma fachada característica da época. No interior destacam-se os detalhes da escadaria e o trabalho de relevo no teto. A arquitetura exprime na materialidade uma afirmação da autoridade e do poder Jdiciário.
DATA - A solenidade de assinatura do convênio está marcada para as 16 horas do dia 28, na Sala dos Conselhos, Bloco da Reitoria, no Campus Universitário de Uvaranas, com a presença do reitor João Carlos Gomes, do superintendente nacional de Comunicação e Marketing da Caixa, Clauir Luiz Santos; do gerente nacional de Marketing, Gerson Bordignon; do superintendente regional leste, Jorge Kalache Filho; e do gerente regional de Negócios, Arielson Bittencourt.

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