Transferência de tecnologia
de empresa russa para o
Tecpar é acelerada

A empresa conseguiu no Ministério da Saúde da Rússia a autorização para comercializar o oncológico já em 2016, o que acelera o processo de transferência de tecnologia da companhia para o instituto
Publicação
21/12/2015 - 11:21

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A empresa russa Biocad, parceira do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) para produzir o Bevacizumabe, conseguiu no Ministério da Saúde da Rússia a autorização para comercializar o oncológico já em 2016, o que acelera o processo de transferência de tecnologia da companhia para o instituto. A previsão é que o Tecpar comece a produzir o medicamento em 2018.
O Bevacizumabe é usado para o tratamento de diversos tipos de câncer e degeneração macular. O Tecpar vai produzir o biológico em Maringá a partir de 2018 junto com a Biocad, com a qual atua em uma Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP). O PDP é um mecanismo utilizado pelo Ministério da Saúde para que laboratórios públicos produzam no país, em parceria com empresas privadas, medicamentos hoje importados.
IMPORTANTE PASSO - A autorização para a Biocad comercializar o Bevacizumabe na Rússia é um importante passo para a produção pelo Tecpar, analisa o diretor-presidente do instituto, Júlio Felix. “A autorização para a comercialização na Rússia pela Biocad acelera o processo de transferência de tecnologia para o instituto. Com isso, podemos dar um andamento mais rápido à implantação da planta que vai produzir o medicamento”, diz ele.
Além do Bevacizumabe, cuja produção via PDP já está aprovada pelo MS, o Tecpar concorre junto com a Biocad para fornecer ao Ministério da Saúde os biológicos Adalimumabe e Infliximabe, medicamentos usados para tratamento de artrite reumatoide, psoríase e outras doenças crônicas. A parceria é formada com o consórcio Biocad Monoclonais, composto pela representante brasileira da empresa, a Biocad Brasil, e a indústria farmacêutica Daudt, também brasileira.
Caso o projeto do Tecpar seja aprovado pelo MS, os dois produtos também devem ser comercializados a partir de 2018, na mesma planta do Bevacizumabe, em Maringá. “Os biológicos que serão produzidos pelo Tecpar vão gerar empregos na região. Mas, mais do que um produtor de medicamentos, o instituto busca, com essas parcerias, a aquisição de competências na transferência da plataforma de produção para o Paraná e o Brasil. Com isso, cada vez mais o Tecpar se firma como um centro de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação no Brasil”, destaca Felix.
PRODUTOS VIA PDP - Para se tornar o fornecedor oficial do Adalimumabe, o Tecpar concorre com outros seis laboratórios públicos. Já em relação ao Infliximabe, o Tecpar disputa com outras cinco instituições. O resultado da análise pelo MS deve ser divulgado no início de 2016.
Além do Adalimumabe e do Infliximabe, o Tecpar atualmente aguarda resultado de outras três propostas de projetos para a produção de medicamentos, como a Somatropina, com a alemã Merck, o Salbutamol, com a britânica GSK, e produtos para a saúde como aparelho auditivo retroauricular e intra-aural, com a suíça Sonova/Phonak.
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