O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e a prefeitura de Maringá assinaram na quinta-feira (10.08) a escritura do terreno onde será implantando o Parque Biotecnológico da Saúde. A escritura foi assinada pelo diretor-presidente do Tecpar, Júlio Felix, e o prefeito de Maringá, Ulisses Maia. Também foi firmado o protocolo de intenções para que a licitação do empreendimento, de 95,5 mil metros quadrados, seja iniciado em breve.
Em um primeiro momento, o Tecpar vai construir uma fábrica de finalização de medicamentos e vacinas, que dará suporte à produção da vacina antirrábica, já produzida pelo instituto, e aos demais medicamentos biológicos que serão produzidos. A unidade de fill and finish tem como objetivo realizar a formulação, envase, embalagem e armazenamento de medicamentos injetáveis produzidos pelo instituto. Nos próximos anos, novas plantas biológicas serão instaladas no local.
NOVOS PROJETOS - O Parque Biotecnológico do Tecpar vai ocupar dois terrenos cedidos pela prefeitura, em substituição à área que já havia sido doada em 2013. A troca se deu para melhor adequar os novos projetos do instituto.
O diretor-presidente do Tecpar ressaltou a descentralização do instituto e transformar Maringá em um polo farmacêutico biotecnológico. “Estamos na cidade há quase 30 anos e pretendemos reforçar ainda mais os laços com o município. O parque vai gerar empregos e absorver mão de obra qualificada na área da saúde”, ressalta.
Para o prefeito Ulisses Maia, o momento representa o processo de transformação do município na área da inovação, da ciência e da tecnologia. “Esse esforço foi feito pelo executivo e pela Câmara Municipal para garantir que sejam gerados empregos qualificados em Maringá e que a cidade continue se desenvolvendo”, disse Maia.
BIOLÓGICOS - O Tecpar se tornou responsável por fornecer novos medicamentos ao Ministério da Saúde, que publicou a medida no Diário Oficial da União, no dia 4 de agosto de 2017. Um dos produtos que serão fabricados em Maringá é o Trastuzumabe, medicamento usado para o tratamento do câncer e que hoje é importado pelo Brasil. O acordo para a transferência de tecnologia foi assinado no início de agosto com o laboratório Roche e a empresa brasileira Axis Biotec.
O acordo de transferência de tecnologia é uma das etapas do programa de Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP), do Ministério da Saúde. O programa visa fortalecer a indústria farmoquímica nacional e estimular a produção no Brasil de medicamentos distribuídos no SUS.
NOVOS MEDICAMENTOS - O Tecpar foi aprovado junto ao Ministério da Saúde para fornecer outros quatro produtos biológicos estratégicos para o SUS, que até então eram importados: Infliximabe, Rituximabe, Adalimumabe e Bevacizumabe.
Ainda em julho, o Tecpar submeteu no Ministério da Saúde sete novos projetos de Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) para concorrer à Portaria 704/17, que apresenta a lista de novos produtos estratégicos para o SUS. Dos sete projetos, três são de biológicos, três de medicamentos sintéticos e um de hemoderivados.