Técnicos da Sanepar vão apresentar seis trabalhos científicos no 26.º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, que inicia neste domingo (25) e vai até quinta-feira (29), em Porto Alegre (RS). Aprovados pela promotora do Congresso, a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), os trabalhos abordam temas significativos para o setor de saneamento.
Em três pesquisas foram estudados processos relativos ao tratamento do odor em estações de tratamento de esgoto (ETE); duas versam sobre a aplicação do lodo de esgoto na agricultura. A outra pesquisa é sobre o sistema de água. Esta buscou definir a demanda de abastecimento por meio de vários fatores como temperatura, umidade do ar, total de clientes e outros.
Tradicionalmente, os técnicos da empresa são escolhidos para apresentar trabalhos no Congresso da Abes, que é realizado a cada dois anos e é o maior do setor no país. Além dos estudos, a Sanepar também participa com estande onde serão apresentados a Trilha dos Sentidos, o Mapa Hidrográfico do Paraná e outras atrações que demonstram por que a companhia paranaense é uma das melhores empresas de saneamento do Brasil.
RESULTADOS – Um grande desafio para os pesquisadores é identificar produtos ou processos que reduzam o cheiro desagradável gerado nas estações de tratamento, que pode ser realizado pelo controle de sulfetos no meio líquido ou pelo tratamento do gás sulfídrico no meio atmosférico. O gás sulfídrico também é conhecido como sulfeto de hidrogênio.
Os pesquisadores que avaliaram o desprendimento de sulfetos em ressaltos hidráulicos em ETE identificaram grande potencial para o desprendimento de sulfeto do líquido para o ar. Em uma queda hidráulica de 1,10 metro de altura, foi possível liberar para a atmosfera aproximadamente 70% de sulfetos. Esta pesquisa tinha por objetivo subsidiar o dimensionamento de futuros projetos de sistemas que consistam no confinamento, sucção e tratamento do gás sulfídrico.
Em outro estudo, os técnicos utilizaram o peróxido de hidrogênio como oxidante do sulfeto de hidrogênio para tentar reduzir os odores gerados nas ETEs. Eles concluíram que, sob as condições avaliadas, o peróxido de hidrogênio é ótimo agente oxidante de sulfetos e por isso se qualifica como um produto de grande potencial para uso em escala real nas ETEs de tratamento anaeróbio. Quando comparado ao gás cloro, atualmente utilizado em algumas estações, a redução dos custos é de aproximadamente 23%, com eficiência, em média, 60% superior à obtida atualmente.
Os pesquisadores da Sanepar também implantaram um biofiltro em escala piloto na ETE Atuba Sul para tratar o odor proveniente de um ressalto localizado após o reator anaeróbio. As análises demonstraram que é possível abater o gás sulfídrico e reduzir em 80% a concentração do odor, o que comprova a viabilidade econômica para implantação do biofiltro em escala real.
SUSTENTABILIDADE – O processo de tratamento do esgoto gera como subproduto o lodo de esgoto. Há mais de 20 anos, a Sanepar pesquisa a aplicação do lodo na agricultura, sob vários aspectos como sanitário, agronômico, econômico e outros. Um dos estudos que será apresentado no Congresso é o que determina a taxa máxima de aplicação, por ano, de lodo de esgoto que foi higienizado por processo alcalino. A pesquisa foi desenvolvida em três solos paranaenses (Maringá, Ponta Grossa e Telêmaco Borba) e fazendo-se análise comparativa com aplicação de calcário.
A conclusão é que os solos incubados com calcário necessitam de tempo maior de reação para elevar o pH comparado aos solos incubados com lodo higienizado pelo processo de estabilização alcalina prolongada (EAP). As taxas máximas de aplicação anual para os três solos foram de 27,6 toneladas por ha-1 (tonelada por hectare) para Maringá, de 10, 8 t ha-1 para Ponta Grossa e de 28,6 t ha-1 para Telêmaco Borba.
A utilização do lodo de esgoto higienizado por diferentes processos como fertilizante de culturas em sistema de agricultura familiar também foi investigada com o objetivo de avaliar a eficiência destes materiais como fonte de nitrogênio para a produção de milho e feijão. O experimento, desenvolvido no Colégio Agrícola do Município da Lapa–PR, mostrou que a utilização de lodo de esgoto como corretivo de acidez e fertilizante do solo pode trazer maior rentabilidade na produção de feijão e milho.
ABASTECIMENTO – Os pesquisadores também realizaram estudo de caso no sistema de abastecimento de água de Arapongas. O objetivo era definir a previsão de demanda de abastecimento de água, por meio de análise de fatores multivariados por método estatístico de regressão por etapas ou Stepwise, através do qual foram observadas as demandas por água tratada durante 365 dias.
Os resultados indicaram que houve correlação entre a demanda de água e o dia da semana, a temperatura máxima do ar, o total de clientes atendidos, a insolação, a umidade relativa do ar e a velocidade do vento. Os pesquisadores concluíram que é possível utilizar a metodologia proposta para aplicação em pequenos e médios sistemas de abastecimento de água, para prever a demanda do dia seguinte, desde que os sistemas possuam histórico de produção por dia de semana, total de clientes atendidos e uma fonte confiável de previsão do tempo.
Em três pesquisas foram estudados processos relativos ao tratamento do odor em estações de tratamento de esgoto (ETE); duas versam sobre a aplicação do lodo de esgoto na agricultura. A outra pesquisa é sobre o sistema de água. Esta buscou definir a demanda de abastecimento por meio de vários fatores como temperatura, umidade do ar, total de clientes e outros.
Tradicionalmente, os técnicos da empresa são escolhidos para apresentar trabalhos no Congresso da Abes, que é realizado a cada dois anos e é o maior do setor no país. Além dos estudos, a Sanepar também participa com estande onde serão apresentados a Trilha dos Sentidos, o Mapa Hidrográfico do Paraná e outras atrações que demonstram por que a companhia paranaense é uma das melhores empresas de saneamento do Brasil.
RESULTADOS – Um grande desafio para os pesquisadores é identificar produtos ou processos que reduzam o cheiro desagradável gerado nas estações de tratamento, que pode ser realizado pelo controle de sulfetos no meio líquido ou pelo tratamento do gás sulfídrico no meio atmosférico. O gás sulfídrico também é conhecido como sulfeto de hidrogênio.
Os pesquisadores que avaliaram o desprendimento de sulfetos em ressaltos hidráulicos em ETE identificaram grande potencial para o desprendimento de sulfeto do líquido para o ar. Em uma queda hidráulica de 1,10 metro de altura, foi possível liberar para a atmosfera aproximadamente 70% de sulfetos. Esta pesquisa tinha por objetivo subsidiar o dimensionamento de futuros projetos de sistemas que consistam no confinamento, sucção e tratamento do gás sulfídrico.
Em outro estudo, os técnicos utilizaram o peróxido de hidrogênio como oxidante do sulfeto de hidrogênio para tentar reduzir os odores gerados nas ETEs. Eles concluíram que, sob as condições avaliadas, o peróxido de hidrogênio é ótimo agente oxidante de sulfetos e por isso se qualifica como um produto de grande potencial para uso em escala real nas ETEs de tratamento anaeróbio. Quando comparado ao gás cloro, atualmente utilizado em algumas estações, a redução dos custos é de aproximadamente 23%, com eficiência, em média, 60% superior à obtida atualmente.
Os pesquisadores da Sanepar também implantaram um biofiltro em escala piloto na ETE Atuba Sul para tratar o odor proveniente de um ressalto localizado após o reator anaeróbio. As análises demonstraram que é possível abater o gás sulfídrico e reduzir em 80% a concentração do odor, o que comprova a viabilidade econômica para implantação do biofiltro em escala real.
SUSTENTABILIDADE – O processo de tratamento do esgoto gera como subproduto o lodo de esgoto. Há mais de 20 anos, a Sanepar pesquisa a aplicação do lodo na agricultura, sob vários aspectos como sanitário, agronômico, econômico e outros. Um dos estudos que será apresentado no Congresso é o que determina a taxa máxima de aplicação, por ano, de lodo de esgoto que foi higienizado por processo alcalino. A pesquisa foi desenvolvida em três solos paranaenses (Maringá, Ponta Grossa e Telêmaco Borba) e fazendo-se análise comparativa com aplicação de calcário.
A conclusão é que os solos incubados com calcário necessitam de tempo maior de reação para elevar o pH comparado aos solos incubados com lodo higienizado pelo processo de estabilização alcalina prolongada (EAP). As taxas máximas de aplicação anual para os três solos foram de 27,6 toneladas por ha-1 (tonelada por hectare) para Maringá, de 10, 8 t ha-1 para Ponta Grossa e de 28,6 t ha-1 para Telêmaco Borba.
A utilização do lodo de esgoto higienizado por diferentes processos como fertilizante de culturas em sistema de agricultura familiar também foi investigada com o objetivo de avaliar a eficiência destes materiais como fonte de nitrogênio para a produção de milho e feijão. O experimento, desenvolvido no Colégio Agrícola do Município da Lapa–PR, mostrou que a utilização de lodo de esgoto como corretivo de acidez e fertilizante do solo pode trazer maior rentabilidade na produção de feijão e milho.
ABASTECIMENTO – Os pesquisadores também realizaram estudo de caso no sistema de abastecimento de água de Arapongas. O objetivo era definir a previsão de demanda de abastecimento de água, por meio de análise de fatores multivariados por método estatístico de regressão por etapas ou Stepwise, através do qual foram observadas as demandas por água tratada durante 365 dias.
Os resultados indicaram que houve correlação entre a demanda de água e o dia da semana, a temperatura máxima do ar, o total de clientes atendidos, a insolação, a umidade relativa do ar e a velocidade do vento. Os pesquisadores concluíram que é possível utilizar a metodologia proposta para aplicação em pequenos e médios sistemas de abastecimento de água, para prever a demanda do dia seguinte, desde que os sistemas possuam histórico de produção por dia de semana, total de clientes atendidos e uma fonte confiável de previsão do tempo.