Taxa de homicídios cai e Estado registra menor índice em 10 anos

O balanço de 2017 mostra queda de 19% nos casos de homicídio em Curitiba de 15,3% na região metropolitana da capital. Desde o início do atual governo, os homicídios caíram 49% em Curitiba e 33% em todo o Estado. Investimento e gestão eficiente são apontados como os fatores que propiciaram a redução
Publicação
18/01/2018 - 18:30
Editoria

Confira o áudio desta notícia

(ATUALIZADA) O número de homicídios do ano de 2017 caiu 12% em todo o Paraná quando comparado com o ano anterior. No ano passado foram 2.184 casos contra 2.476 em 2016. Em Curitiba, a queda foi de 19% (de 468 para 379 casos).

Segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária, os números de 2017 são os menores desde 2007, quando começaram a ser elaborados os relatórios estatísticos. Naquele ano, o Paraná teve 2.687 homicídios e Curitiba 589.

Em 2017, na Região Metropolitana de Curitiba a redução de assassinatos foi de 15,3% e em todo o Interior a queda registrada foi de 8%.

A redução não foi só em relação aos assassinatos. O número de roubos em todo o Paraná caiu 12,59% no ano passado. Na capital paranaense a redução ainda maior: 18%.

O secretário da Segurança Pública e Administração Penitenciária, Wagner Mesquita, afirmou que esses resultados refletem os investimentos feitos pelo Governo do Estado nos últimos sete anos, principalmente em pessoal, viaturas e armamento. Neste período, a taxa de homicídios caiu 33% em todo o Estado, saindo de 3.276 casos em 2010,  para 2.184 . Em Curitiba, a redução é ainda maior e alcança 50%. O número de ocorrências caiu de 750 (em 2010) para 379 no ano passado.

“Este é o resultado de um trabalho preventivo e ostensivo da Polícia Militar, a especialização das polícias Civil e Científica, a atuação do Departamento Penitenciário e Departamento de Inteligência”, afirma Mesquita. “Todas as vertentes da segurança pública resultaram em uma taxa abaixo de 19,26 casos por 100 mil habitantes no Paraná. Taxa esta que pela primeira vez ficou abaixo de 20, desde o início da divulgação do relatório estatístico”, avalia o secretário.

INTEGRAÇÃO - O delegado-geral da Polícia Civil, Júlio Reis, também ressalta os fatores que resultaram na queda do número de homicídios. “A importante redução de homicídios ocorreu em razão de diversos fatores, entre eles os fortes investimentos do Governo na área de segurança pública, com compra de novas viaturas, armamento e qualificação dos seus policiais. Os índices vêm apresentando queda em razão, também, dos trabalhos integrados entre as polícias Civil e Militar”, afirma Reis.

O delegado-geral lembra, também, que neste governo foi criado a Divisão de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP) na capital e em algumas delegacias de homicídios no interior, fazendo com que os policiais trabalhassem de forma mais dedicada aos crimes de homicídio, resultando todos estes fatores nessa importante redução.

MENOS ROUBO A COMÉRCIO - O roubo a comércios em todas as regiões do Paraná caiu: redução de 28,3% em Curitiba e 27,6% em todo o Estado.

Os assaltos a residências também diminuíram no ano de 2017 comparado a 2016: 26,8% em Curitiba e 9% em todo o estado. Já o roubo de veículos caiu 23,34% na capital e 9,5% no Paraná.

O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Maurício Tortato, também ressalta o processo de integração entre a Polícia Militar e a Polícia Civil. “Os protocolos estabelecidos entre as duas polícias referentes ao atendimento de locais de crimes, por exemplo, favorecem a identificação de testemunhas, a preservação da cena do crime e resulta em uma possibilidade maior de identificação de autor e prisão”, disse Tortato.

“Além disso, o acréscimo de três mil policiais militares em janeiro de 2017 melhorou a dinâmica operacional, assim como o incremento logístico, o poderio bélico e o aumento da presença policial”, afirmou.

INVESTIMENTOS -- A partir de janeiro de 2017, cerca de 3 mil novos policiais foram para as ruas de todo o Paraná para reforçar a segurança - depois de passarem pelo curso de formação. Além disso, a Secretaria da Segurança Pública comprou em 2016 e 2017 mais de 2 mil viaturas, sendo 1.528 só para a Polícia Militar, que faz o trabalho ostensivo e de patrulhamento. Sem contar, as 250 viaturas que foram alugadas e destinadas ao trabalho da PM.

Armas importadas, como as pistolas Glock, foram adquiridas e entregues aos policiais de grupos de elite das Polícias Militar e Civil. Além disso, foram comprados 8 mil coletes balísticos e recebidos pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) quase 2 mil.

Desde o primeiro ano da atual gestão já foram contratados 11 mil novos policiais e adquiridas 3 mil novas viaturas. O resultado destes investimentos fica claro quando comparados com os índices criminais de 2010 - último ano da gestão anterior.

CAIXAS ELETRÔNICOS – A redução nas explosões de caixas eletrônicos foi de 61,8 % em comparação com o ano anterior. Em 2017 foram 50 casos e em 2016, foram 131. Além disso, o índice de roubo a bancos reduziu em 30% em todo o Estado.

“Através do trabalho do Departamento de Inteligência do Paraná, investigações especializadas feitas pelo Centro Operações Policiais Especiais e outras unidades da Polícia Civil e a atuação da polícia reservada da Polícia Militar, hoje estamos com uma redução de 61% de casos de explosão de caixas eletrônicos em todo Estado”, diz o secretário Mesquita. “Instituições nacionais e outras secretarias nos procuram constantemente e solicitam informações de como fazer um enfrentamento a essa modalidade criminosa. Isso é mais uma prova de que estamos no caminho certo e devemos manter essa política de trabalho para obter também bons resultados em 2018”, conclui Mesquita.

GALERIA DE IMAGENS